Em nossa postagem anual sobre tendências do design e arquitetura para 2022 (leia aqui), apostamos em uma presença maior da arte nos conceitos visuais que integram a arquitetura e a decoração. Ao mesmo tempo sabemos que a biofilia (amor às coisas vivas) tem sido uma tendência em crescimento há vários anos, desde que o termo foi popularizado por Eduard Wilson, em 1984. 

O design biofílico traz sensação de tranquilidade, ao envolver o ambiente com a natureza, as plantas vivas e cores naturais, a arte produz bem estar

A busca pelo bem estar foi acelerada pela pandemia e temos visto a multiplicação dos jardins verticais, telhados verdes, o volume maior de plantas, madeira, bambu, pedras e outros materiais naturais em projetos de arquitetura. 

A quebra da rigidez estética do concreto

Da mesma forma que as plantas trazem, sensação de calma e bem estar, a arte produz novas formas de ver e pensar a vida, transforma a realidade e causa sensações diferentes de acordo com a pessoa.

Que tal sempre pensar em ambos conceitos, biofilia e arte,  na hora de conceber projetos?

Murais, telas, gravuras, sobretudo as abstratas funcionam como agregadores de cor ao ambiente, além de obviamente aumentar a beleza dos espaços. 

Cumpre lembrar que não estamos falando somente do design de interiores. Quando sugerimos misturar arte e biofilia, estamos dizendo de projetos arquitetônicos com um todo: interiores, fachadas e jardins. 

Assim, os murais podem “dialogar” com jardins verticais ou horizontais, objetos de design podem compor layouts integrados com estruturas verdes e assim por diante em uma integração sem limites para a criatividade. 

A vida da maioria das pessoas não é mais imaginável sem o design, que é visto em casa, no trabalho, no lazer, no transporte, na saúde, em qualquer horário do dia ou da noite, em qualquer tempo (BÜRDEK, 2010).

Se um projeto deve buscar conforto, ergonomia, sustentabilidade, melhor aproveitamento do espaço, móveis multiuso, nada mais sensato do ponto de vista visual que as estruturas verdes e a arte, sobretudo as planas, virem a fazer parte de uma mesma concepção em um projeto.

A influência da arte e biofilia em espaços profissionais

A influência da decoração nos ambientes relacionados à saúde como os ambientes hospitalares é amplamente estudada.

A restauração mental repercute na renovação da saúde física, como foi demonstrado em estudo de Cimprich (apud KAPLAN; KAPLAN; RYAN, 1998) ao acompanhar a recuperação de pacientes com câncer e constatar maiores ganhos entre aqueles que mantinham algum contato com a natureza, em comparação a membros de um grupo de controle. Ao longo de experimentos, observou-se que o potencial restaurador de um ambiente estava relacionado à sua capacidade de estimular a pessoa a não pensar por alguns minutos, a apenas apreciar o momento. 

Assim, podemos estender o conceito da mistura de arte e biofilia, onde a abstração e o conforto visual podem trazer benefícios que vão muito além da tendência e da beleza, causando sensações relaxantes e ao mesmo tempo propiciando um melhor equilíbrio pessoal.

Esse conforto visual e emocional não deve ser apenas mais uma preocupação das empresa e sim, um processo natural de busca pela qualidade do ambiente do trabalho que resulta em maior produtividade, redução do turn over dentro outros benefícios para o staff.

A Archscape prima por projetos ricamente elaborados por equipe própria que traz em sua metodologia um amplo estudo em conjunto com cada cliente, criando projetos inteligentes, eficazes e de rico posicionamento estratégico para empresas.

E então, gostou de conhecer mais sobre arte e biofilia? Se é este tipo de paisagismo que você idealiza para sua casa ou espaço comercial, entre em contato com a ARCHSCAPE, nossa equipe está pronta para atendê-los.

O post de hoje inaugura nosso canal de entrevistas. Começaremos de dentro pra fora, entrevistando o arquiteto chefe da Archscape, Gustavo Garrido.

Gustavo Garrido é arquiteto, formado na FAU USP em São Paulo. Foi também nos tempos de faculdade, que descobriu o gosto pela arquitetura paisagística. Desde o primeiro ano seu interesse se formava no desenho do espaço livre. Como pesquisador na universidade, se aprofundou no tema até que começou a trabalhar com um renomado paisagista.

Logo depois de formado, integrou o time da DW/Santana, a filial brasileira da Design Workshop, renomado escritório americano de arquitetura paisagística. Conduziu trabalhos que passaram a moldar sua formação profissional. Entre os destaques: a Vila Pan-americana, o Rochaverá Corporate Towers e o Infinity Towers. Esses dois últimos em especial estão em São Paulo e se constituíram em cooperação junto a escritórios de arquitetura internacionais.

De lá para cá, vieram planos de urbanização em diversas cidades brasileiras, complexos hoteleiros e comerciais, além de projetos de arquitetura e paisagismo para residências e conjuntos de edifícios multifamiliares.

A habilidade de trabalhar e de intervir na paisagem é uma atribuição exclusiva do arquiteto paisagista?

Depende da abrangência que estamos falando. O arquiteto paisagista compartilha sua atuação com geógrafos no planejamento urbano. Compartilha com engenheiros agrônomos em se tratando de recomposição florestal. Contudo, o arquiteto é o único profissional com formação para moldar o espaço de forma adequada às necessidades das pessoas e isso faz toda a diferença.
Uma coisa é você dizer quantas e quais árvores serão plantadas, outra é dispor delas, juntamente com espaços de estar e lazer, pensando no uso pelas pessoas. É bem diferente, pois entram na pauta questões como ergonomia, acessibilidade, iluminação, desempenho de materiais, idealização de cenários, sensações e demais assuntos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, existe inclusive uma formação especializada em arquitetura da paisagem, completando e aprofundando a formação do arquiteto para as questões específicas do espaço livre.

Cite algumas características que tornam o paisagismo um assunto tão evidente ultimamente.

A preocupação com a preservação ambiental e mais recentemente o confinamento causado pela pandemia, descortinou nas pessoas essa necessidade de desfrutar do espaço livre, de morar em uma casa, com quintal, jardim, ou mesmo de descobrir novos parques, praças, reforçar enfim o contato com a natureza . E isso tem tudo a ver com o trabalho de paisagismo. E Para nós que atuamos na área é necessário uma maior divulgação da importância deste trabalho que desenvolvemos e como podemos ajudar as pessoas a realizarem esse desejo de maior contato com a natureza.

Quais são suas principais referências estéticas? (podem ser outros arquitetos, obras e paisagistas).

Gosto muito da metodologia que os escritórios americanos utilizam e procuro fazer o mesmo, escritórios como a própria Design Workshop e a a SWA são empresas ativamente atuantes e com excelentes trabalhos.

Os holandeses da West 8 quebraram muitos paradigmas na virada do século, destacando o projeto Madrid Rio, na capital espanhola.

Temos também na China, o escritório do PHD em Harvard, Dr. Kongjian Yu, o Turenscape, com projetos com destaque para os elementos construídos, temos o Diller Scofidio & Renfro, autores do famoso High Line de Nova York e por último e não menos importante o fantástico trabalho de Roberto Burle Marx, seja no desenho elaborado ou no uso da vegetação nativa brasileira.

Trabalhar em uma cidade tão vertical e concreta como São Paulo favorece ou atrapalha a criatividade no paisagismo arquitetônico?

O fato de ser vertical não acredito que atrapalhe, pois temos muitos trabalhos para as áreas de lazer desses grandes condomínios.

Independente disso o mais importante no meu ponto de vista é o poder público incentivar a criação de áreas verdes, de estabelecer planejamento da paisagem urbana, de melhoria dos espaços para o pedestre, criando condições e incentivos para agentes privados participarem, abrindo mais oportunidades para os profissionais e trazendo mais qualidade de vida para as pessoas.

Ao pensar em paisagismo residencial ou corporativo, quando contratar um arquiteto e quando optar por jardinagem?

Quando falamos em planejar qualquer empreendimento torna-se obrigatória a atuação do arquiteto, ainda mais se temos uma utilização do espaço livre para o lazer. Se pensarmos apenas em contemplação e o jardim for implantado em terreno natural, o trabalho de jardinagem pode bastar. Contudo acredito que se perca uma oportunidade valiosa de contribuição do trabalho do arquiteto, para a pré visualização, trabalho com luz e sombra e toda conformação espacial que a vegetação agrega ao espaço.

A jardinagem sim é fundamental no sentido da manutenção dos espaços verdes depois de construídos.

O que você considera um grande diferencial competitivo do escritório de arquitetura Archscape?

Certamente a metodologia com que lidamos com os projetos, colocando a arte como ferramenta central do processo.

Enxergar o mundo com olhar artístico é um exercício mais trabalhoso porém com resultados muito acima da média, mas requer experiência e repertório. Desenhar a paisagem não é para nós um conceito abstrato, redesenhamos realmente a topografia de um terreno se necessário. Cuidamos para que esse desenho mantenha relação com os diversos elementos do projeto: edificações, piscinas, caminhos, vegetação se complementam e fazem sentido juntos, tanto artisticamente como funcionalmente. É como gostamos de trabalhar.

Quais os tipos mais comuns de projetos de paisagismo?

Os mais demandados para nós são os espaços de uso comum de loteamentos, condomínios e residências com grandes terrenos. Menos frequente mas muito empolgantes são os projetos de parques e resorts que também desenvolvemos.

Quais são os projetos que você mais gosta de trabalhar?

Sem dúvida são aqueles em que temos espaços generosos a tratar, como praças urbanas, parques e espaços turísticos. Contudo, uma residência com grande terreno ou uma fazenda também são desafios muito interessantes.

Como você descreveria a importância da arquitetura paisagística nas cidades em crescimento acelerado?

O crescimento acelerado gera problemas de congestionamento, degradação ambiental, ilhas de calor, insuficiência de infra estrutura, precariedade de habitação e tudo se torna muito urgente. As ferramentas para lidar com isso compreendem tanto medidas de médio prazo, por meio da promulgação dos planos diretores e lei de uso e ocupação do solo, como ações pontuais, tais como mecanismos de compensação ambiental, promoção de arborização urbana, criação de parques e áreas de lazer e promoção de turismo relacionado à natureza.

Podemos dizer assim que a arquitetura paisagística é fundamental para a promoção da qualidade de vida das pessoas já que seu foco principal é promoção da transformação do espaço livre em harmonia com o meio ambiente.

Como você enxerga o paisagismo arquitetônico como forma de valorizar imóveis e empreendimentos?

As pessoas hoje em dia compreendem mais do que nunca que uma vida saudável está intimamente relacionada a uma relação harmoniosa com a natureza e inclusive estão dispostas a investir mais para ter isso.

Assim quanto mais se investe na qualidade das áreas livres, mais valor é percebido pelas pessoas, tornando o empreendimento um objeto de desejo de estilo de vida.

Todo ano que se inicia traz aquele sentimento de que há algo a ser renovado, no design e paisagismo isso não é diferente. A palavra renovação em si, exprime duplo significado: inspira a mudança e ao mesmo tempo traz consigo a persistência da tradição, da continuidade de tudo que está dando certo.

Na arquitetura, paisagismo e decoração, assim como na moda e alguns outros nichos que trazem arte embarcada, é hora da observação crítica e profissional para vislumbrar o horizonte das mudanças, as tendências!

Alguns ítens como a atenção com a sustentabilidade, o design biofílico, o olhar atento ao pedestre, são questões que persistem, pois ainda estão no ciclo de adoções. Contudo, entram no radar do horizonte próximo, as novas tecnologias e datas importantes para as profissões que orbitam o design e a arquitetura.

O centenário da semana de arte moderna incentivará novamente a quebra de paradigma através da arte, o bicentenário da independência reforçará a reafirmação de nossa cultura, flora e costumes.

Dito isso tudo, seguem as principais tendências para o paisagismo em 2022, especialmente elaboradas pela equipe da Archscape.

1- Comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.

A semana de arte moderna foi um intento realizado em 1922 que trouxe grandes quebras de paradigma no trabalho artístico. O culto a brasilidade e a ruptura com o academicismo e o tradicionalismo, assim como a aceitação das influências artísticas europeias, formaram um caldo que movimentou para sempre as artes brasileiras. Um grande destaque foi o quadro Abaporu de Anita Malfatti, cuja ruptura com padrões vigentes ficou nítida.

O primeiro impacto nas artes plásticas, logo se espalhou pela arquitetura e pouco depois para o  paisagismo.

Apostar na arte para quebrar paradigmas nos projetos será um caminho interessante a ser explorado. Imagine bancos com formas esculturais, os pisos com grafismos elaborados, trazer o colorido para as quadras esportivas, como fez o artista americano Scott Albrecht em uma intervenção no Lincoln Park em Nova York. Bem, as possibilidades são infinitas, mas uma coisa é certa: a arte invadirá múltiplos espaços.

2- A flora nativa como centro das atenções.

A reafirmação de nossa flora estará em alta como nunca. A exploração meticulosa da flora nativa nos projetos, observando o bioma onde se está inserido será muito valorizado. Isso não se restringe só à Mata Atlântica, mas também Cerrado, Restinga, Caatinga. Estudar estes biomas para elaborar novas composições paisagísticas será um caminho extremamente interessante.

3- Costumes brasileiros ditando os layouts para os projetos.

Explorar layouts com redes de balanço, espaços com fogões a lenha, áreas avarandadas estarão em grande ênfase nos novos projetos. É o culto às tradições centenárias invadindo os espaços modernos. As técnicas tradicionais serão fortemente valorizadas na escolha de peças de mobiliário de design que exprimem brasilidade. Estarão em alta não só os clássicos de Sérgio Rodrigues , Zanine Caldas, Lina Bo Bardi, mas também talentos emergentes como Rodrigo Silveira, Pedro Petry ,Eduardo Miguel Pardo, dentre outros.

4- Valorização da mistura de madeiras nativas e de procedência

A exploração de um só tipo de madeira como tendência, levou à extinção de muitas espécies. Isso ocorreu pelo fato da madeira específica ser explorada direto de matas nativas, sem nenhum cuidado de manejo. Ou seja, para se derrubar um só Jacarandá, por exemplo, o trator arrasta cerca de 50 outras árvores, totalmente ignoradas. Alguns designers, como Maurício Azeredo, foram precursores na pesquisa das espécies nativas que antes eram descartadas e descobriu um sem fim de cores e texturas, aplicando-as a seus projetos. Esse trabalho tem inspirado muitos designers hoje a buscar um extrativismo seletivo, procurando por projetos de reflorestamento nativo e realizando trabalho com comunidades locais e indígenas.

O público consumidor de paisagismo está cada vez mais conscientizado desses impactos na natureza e se preocupar com a procedência da madeira e tirar partido da riqueza das combinações nos projetos está cada vez mais em voga.

Além de ser tendência, virou lei desde 2019 para a madeira nativa usada em obras, serviços e aquisições na administração pública.

6- Mosaicos e caquinhos voltam ao design e paisagismo

De volta para a casa da avó. Um verdadeiro clássico da arquitetura brasileira das décadas de 1940 e 1950, o piso em mosaico de caquinhos cerâmicos está de volta. O visual é formado por pedacinhos de revestimentos cerâmicos que se completam dando a sensação de mosaico. Ainda hoje são encontrados em pisos e paredes de muitas casas brasileiras, sobretudo nos bairros antigos e residenciais. Estes pisos sempre foram lembrados, agora pouco a pouco têm sido introduzidos em projetos modernos e prometem agitar o visual. E vale também sofisticar: azulejos artesanais, como os da Lurca ou do Estúdio Mosaico, por exemplo, trazem este toque retrô e artístico, criando belíssimas composições artísticas, bem em sintonia com o tempo em que vivemos.

7- Composição de vasos com estruturas aramadas

Também direto da década de 50, os suportes metálicos voltaram com toda força e com muito mais riqueza para suspender os vários tipos de vasos disponíveis no mercado: vasos ovais, oblongos, jardineiras com cantos arredondados, remetendo ao art deco, etc. A regra de qualquer forma é: tirar os vasos do chão. E na composição vegetal, utilizar plantas com folhagens grandes e pendentes. Muito além dos espaços interiores, montar composições de vasos suspensos em pisos externos cai muito bem, somente tomando cuidado na correta especificação da planta de acordo com a incidência solar.

8- Maior ênfase no valor do espaço ao ar livre

As pessoas darão maior valor aos espaços ao ar livre como lugares para se exercitar, relaxar, conhecer, jantar e recrear. As indústrias (especialmente artes e entretenimento) começarão a ver eventos menores ao ar livre como formas de levar as pessoas a comparecer confortavelmente. Isto pode sobrecarregar os parques e espaços abertos nas cidades.
Os arquitetos paisagistas precisarão planejar e projetar mais espaços abertos que possam facilitar usos múltiplos.

9- Conservar e restaurar os ecossistemas

A conservação e restauração de matas, independente de sua extensão, é uma tendência que seguirá por gerações. Em algumas partes do mundo será necessária a ação de arquitetos paisagistas, ecologistas e outros planejadores ambientais a seguir com a conscientização de governos e empresas sobre a importância do tema.

Não  há mais espaço para o desenvolvimento excessivo. A necessidade agora é a de aumentar a biodiversidade, não apenas de plantas, mas também a conservação do solo, para o surgimento de ecossistemas mais saudáveis para pessoas e animais.

10- Cidades de 15 minutos

A ideia foi desenvolvida por Carlos Moreno, urbanista e docente de Sorbonne na França, ele foi o primeiro a divulgar os conceitos de “hiper proximidade” e “crono-desenvolvimento” . O foco principal consiste em planejar cidades em que seja possível fazer praticamente tudo a 15 minutos de distância a pé ou bicicleta, em detrimento dos modelos atuais que concentram moradias distantes e periféricas, ruas entupidas de carros, etc.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo usou o argumento como principal bandeira em sua campanha. Como os olhos voltados para Paris nas olimpíadas de 2024 e planos já em curso inspirados nas cidades de 15 minutos, podemos apontar como uma tendência a ser acompanhada e desenvolvida em outras partes do mundo.

Gustavo Garrido é arquiteto e dirige a Archscape, escritório de arquitetura que tem em seu portfólio uma extensa lista de grandes cases nas áreas de paisagismo, arquitetura biofílica, urbanismo inteligente e espaços diversos.

Um exemplo inspirador em nossa foto de destaque! As quadras fantásticas que existem nos EUA, concebidas por Scott Albrecht
Artwork: Scott Albrecht
Photo: Daniel Peterson/ Project Backboard

Nós já falamos aqui no blog sobre como a arquitetura biofílica é uma tendência que tem ganhado cada vez mais simpatizantes. Mas vale relembrar um pouco o assunto: em resumo, o significado da palavra biofilia é a tendência natural de voltarmos a atenção para as coisas vivas.
Após décadas seguindo um padrão de consumo excessivo e de cidades construídas para priorizar a produção – e não as pessoas – começou a surgir a necessidade de resgatar os estímulos positivos da natureza.
Tanto na arquitetura, quanto no design, esses aspectos são abordados através de uma forte presença do verde e de plantas, seja dentro de casa ou em um espaço urbano. Além da valorização de aspectos como luz e ventilação naturais e soluções que incentivem as pessoas a buscar alguma conexão com o natural.
Muito além do aspecto visual, a arquitetura biofílica contribui de inúmeras formas para a saúde e o bem-estar. E é esse assunto que vamos abordar neste artigo, acompanhe!

Arquitetura biofílica ao pé da letra

O termo Biofilia vem literalmente do grego bios, vida e philia, amor, que significa “amor pela vida”. O termo foi cunhado pelo etimologista e biólogo norte-americano Edward Osborne Wilson, que acredita que os seres humanos têm uma ligação emocional genética com a natureza.
De acordo com suas pesquisas, essa ligação tornou-se hereditária. Muito provavelmente pelo fato de que durante quase toda a nossa história não vivíamos em centros urbanos, mas sim, convivendo diretamente com a natureza.
Ou seja, a biofilia é a necessidade, quase que instintiva, que sentimos em estar diretamente em contato com a natureza, interagindo e nos relacionando com ela. Dessa forma, a arquitetura biofílica busca integrar a natureza aos ambientes, já que 90% do nosso tempo passamos em ambientes fechados.
É por isso que podemos dizer que a arquitetura biofílica é um novo olhar sobre a sustentabilidade, conforto e bem-estar. Uma das melhores experiências que podemos vivenciar enquanto seres humanos é a sensação do contato com a natureza. O verde e o meio-ambiente, em sua essência, têm um efeito transformador, trazendo sentimentos de paz, serenidade, conforto e leveza.
Os benefícios dessa relação do homem com o meio-ambiente vão muito além do campo subjetivo das sensações e emoções. O campo da pesquisa científica, que trata do objetivo e da matéria, tem reconhecido as vantagens de estar intimamente conectado a natureza.

Jardins curadores

Um dos primeiros a demonstrar – através de pesquisas científicas – que a natureza faz bem foi Roger Ulrich. Em 1984, o psicólogo americano publicou os resultados de uma pesquisa: ele revisou os prontuários e dados de pacientes que foram operados da vesícula em um hospital da Pensilvânia.
Analisou o quanto esses pacientes reclamavam de dor, chamavam os enfermeiros e pediam analgésicos ou outros remédios no pós-operatório.
A única diferença entre os dois grupos de pacientes era que eles ficaram alojados em alas distintas do hospital. Em uma delas, a vista da janela dava para um muro de tijolos, na outra, as janelas se abriam para um jardim.
Os resultados demonstraram que os pacientes com acesso ao verde saíram mais cedo do hospital, tomaram analgésicos mais fracos ou em menor quantidade, tinham menos comentários críticos sobre a enfermagem e menor número de pequenas complicações pós-cirúrgicas.
Depois, outros estudos testaram objetos coloridos, porém inanimados, no lugar de plantas, e verificaram que as plantas ofereciam benefícios ligeiramente maiores.
Com a pesquisa de Ulrich, citada como referência em centenas de trabalhos, muitos passaram a defender a implantação de mais áreas verdes em hospitais e até mesmo o contato com a natureza como uma forma de medicina preventiva.
Com o passar do tempo, foram realizadas pesquisas também nos escritórios, escolas e apartamentos, tanto sobre o uso da natureza no interior quanto ao ar livre.
A pesquisadora Tove Fjeld, da Universidade de Agricultura da Noruega, realizou um estudo em 2000 que mostrou que as reclamações de dores de garganta, por exemplo, reduziram 23% depois que um escritório foi decorado com plantas.
Já a pesquisadora Virginia Lohr, da Universidade do Estado de Washington, mostrou que a presença de plantas torna a dor mais suportável.

Aromas relaxantes

São muitos os resultados dos estudos elaborados cientificamente que dão embasamento aos benefícios da arquitetura biofílica.
Os pesquisadores da Universidade de Chiba, nos arredores de Tóquio, no Japão, por exemplo, já realizaram inúmeros estudos para entender de que forma a natureza poderia ser uma aliada da medicina preventiva – lembrando que o Japão é um dos lugares onde mais se estuda a relação entre a saúde a natureza.
A pesquisa, realizada em 2013 e liderada pelo professor Yoshifumi Miyazaki focou, mais especificamente, nos chamados fitocidas, que são os aromas dos óleos essenciais das plantas e das árvores das florestas.
Durante os estudos, os pesquisadores mediram a pressão arterial e as atividades cerebrais dos voluntários no momento em que respiravam o ar comum, depois, repetiam a experiência medindo a pressão arterial e a atividade cerebral enquanto respiravam o ar com o aroma da floresta e da árvore do Japão.
Após a coleta dos dados, eles compararam se houve um relaxamento e se houve alguma mudança nas funções.
A experiência tinha duração de dois minutos: o voluntário fecha os olhos e o fitocida começa a ser liberado – é um aroma leve e bem suave. O relaxamento que ocorre no momento em que o fitocida começa a ser liberado ficou muito evidente nos resultados.
Quando mergulhamos em uma floresta, de acordo com os pesquisadores, o nosso corpo se aproxima de um estado de bem estar que nos deixa mais resistentes.
A natureza traz muitos estímulos aos sentidos: a explosão de cores e formas, o canto de um pássaro, o doce de uma fruta, estar em contato tão próximo com o meio ambiente faz um bem enorme e todo mundo sabe!

A biofilia associada à arquitetura

Trazer o design biofílico para o projeto, como cores e texturas mais suaves, iluminação mais amena e difusa, materiais orgânicos e artesanais, colabora, juntamente ao paisagismo ou à composição de plantas nos espaços.
Dessa forma, alcançamos ambientes mais saudáveis, produtivos e simplesmente agradáveis.
A busca pelo bem-estar, neste momento, ocorre em todos os tipos de uso de ocupação dos espaços, sejam eles urbanos, comerciais, residenciais ou corporativos. Tomar como base a utilização do verde na estratégia de melhoria dos espaços, além do apelo estético, potencializa a percepção do positivo.
Confira agora 6 exemplos de construções biofílicas mais famosas e que são referência em projetos ao redor do mundo:

Jardins Suspensos

A associação é imediata: quando falamos em “jardins suspensos ou verticais”, lembramos imediatamente da antiga história sobre a Babilônia. Esta era a cidade central da Masopotâmia (hoje Iraque e Kuwait), o berço da atual civilização ocidental.
Seu auge ocorreu há mais de 3 mil anos a.C.. Segundo relatos passados de geração em geração, o Rei Nabucodonosor II teria mandado construir um grande monumento com jardins em estilo oriental. Porém, nunca houve qualquer registro oficial sobre os fatos, nem mesmo vestígios arqueológicos disso.
Tudo o que se sabe hoje a respeito da fama dos Jardins Suspensos da Babilônia começou após a análise de textos de autores como Beroso, de 290 a.C., que se preocupou em relatar alguns processos de arquitetura que eram desenvolvidos na época, comentando sobre uma grande construção de ordem do rei.
E o que foi relatado fez o mundo crer que os jardins, de fato, existiram. Uma ideia que se concretizou tanto no imaginário popular que vários artistas, posteriormente, interpretaram os jardins em suas obras. E, por fim, fez com que entrassem para a lista das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.

Fazenda Urbana

Um dos princípios fundamentais do design biofílico é colocar o homem em contato com a natureza tanto quanto possível. Na Fazenda Urbana, que fica nos escritórios do Grupo Pasona, em Tóquio, é dado um passo além. Lá, é permitindo que os usuários dos espaços possam interagir ativamente com a natureza e cultivar os alimentos que vão saborear entre uma pausa e outra.
No projeto da Kono Designs, as culturas hidropônicas e terrestres tornam-se elementos espaciais, criando divisórias entre uma instalação e outra com o maracujá e o limoeiro, enquanto os tomates descem suavemente sobre as mesas.
É dessa forma que, nos espaços onde os funcionários passam a maior parte do tempo, se tornam agricultores e consumidores do próprio alimento.

Super Hospital

O hospital é um dos lugares onde as pessoas mais sentem a necessidade de “respirar vida”. Frequentemente, porém, também são locais arquitetonicamente muito básicos e tristes, o que acaba gerando influência negativa sobre os pacientes.
Não é o caso do Hospital Khoo Teck Puat, em Cingapura que, através de seus amplos corredores luminosos, permite um contato constante com a vegetação.
Uma recirculação do ar criada por aparelhos técnicos de vanguarda, traz melhores condições aos usuários, que também se reflete na recuperação dos pacientes. Um grande exemplo de como o contato com a vida e a natureza podem auxiliar também no tratamento de doenças.

Floresta Vertical

O projeto de Stefano Boeri Architetti e Barreca & La Varra, que fica em Milão, é considerado por muitos um protótipo das cidades do amanhã. Um dos mais belos arranha-céus do mundo, a Floresta Vertical é uma nova forma de pensar a verticalidade e colocá-la em contato com a natureza e o homem através de um sistema de torres que, segundo os projetistas, contém o equivalente a 10 mil metros quadrados de floresta.
Na base, um grande parque que acentua a atenção à vida e ao desejo de deixar a natureza entrar, mesmo em uma metrópole como Milão.

Jardim do Éden

Uma antiga pedreira de caulinita na Cornualha, Reino Unido, tornou-se palco do recriar através do projeto da Grimshaw, liderada pelo arquiteto Nicholas Grimshaw. O sistema consiste em duas das maiores biosferas do mundo, dois biomas, ou seja, grandes porções da biosfera, por meio dos quais é possível estudar, cruzar e tocar a fauna e a flora do ambiente tropical e do Mediterrâneo.
Duas cúpulas gigantescas de aço e plástico formam um sistema com um imenso jardim externo, que abriga quase dois mil diferentes tipos de vegetação, o Núcleo – que é o centro educacional do complexo – e o teatro, onde acontecem importantes eventos culturais.

Tecnologia e natureza

O One Central Park, do Atelier Jean Nouvel, em Sydney, parece um edifício de aço e vidro “contaminado”, em sua totalidade, por plantas e arbustos nativos que lentamente envolvem a estrutura.
Existem muitos recursos e inovações no edifício, incluindo um grande heliostato em balanço, que captura os raios do sol a qualquer hora do dia. Além de um sistema interno de reciclagem de água e uma usina de baixo carbono.
Um imponente sistema de espelhos motorizados capta a luz do sol e a reflete nos jardins internos do edifício. Ao pôr do sol, uma grande instalação de LED do artista Yann Karsalé ganha vida, dando um show emocionante para quem olha para cima.
Ficou interessado em aplicar a biofilia ao seu projeto? Converse com a equipe ARCHSCAPE! Temos as soluções mais criativas para atender as suas necessidades.

No Brasil existem inúmeros profissionais que transformaram a visão convencional de arquitetura, adequando à realidade contemporânea e à nossa condição climática. No paisagismo, um dos responsáveis por exaltar a brasilidade, ou o paisagismo tropical, foi Roberto Burle Marx.

Iniciando sua carreira como pintor e, pasmem, tendo seu primeiro contato com a flora tropical no jardim botânico de Dahlem, na Alemanha, Burle Marx se apaixonou pelas árvores e plantas brasileiras e resolveu usá-las em jardins com formas fluidas, uma das principais características em seus trabalhos paisagísticos por toda a vida. Dessa forma, o paisagista foi o responsável por difundir o conceito de paisagismo tropical no Brasil.

O estilo é uma tendência que tem ganhado força e, por isso, apresentamos neste artigo tudo o que você precisa saber sobre paisagismo tropical. Acompanhe!

O que é paisagismo tropical?

Você já esteve em um jardim e teve a sensação de que tudo foi criado naturalmente, sem muita interferência do homem? Com linhas de contornos naturais, plantas distribuídas de formas descontraídas e sem muita preocupação com podas e simetrias? Então você já visitou um jardim com paisagismo tropical!

Este estilo procura resgatar os aspectos originais da natureza para a vida urbana, trazendo jardins com a aparência mais natural o possível. O paisagismo tropical contrasta diretamente com os jardins geométricos, onde suas formas e contornos deixam claro a interferência humana na montagem, mantendo-o “sob controle”.

A ordem aqui é investir em formas e contornos fluidos, transmitindo a sensação de que tudo o que está ali, foi obra do puro acaso.

É por isso que um jardim tropical deve ser planejado com espécies de regiões tropicais e subtropicais, plantas com variados tons de verdes e formas esculturais como bromélias, helicônias, palmeiras, orquídeas, entre outras.

Como já dissemos anteriormente, o conceito de como montar um jardim tropical foi amplamente difundido por Burle Marx, que preza pela confluência dos elementos que compõem o ambiente tropical, além das plantas, pedras, lagos ou fontes, para dar um aspecto mais natural possível para o ambiente.

Contudo, o aspecto selvagem do jardim tropical só é possível ser alcançado com o devido planejamento. Com um bom projeto, é possível ter o seu jardim tropical até mesmo em espaços pequenos, como em apartamentos!

Paisagismo tropical

Imagens do Sítio Burle Marx

Como montar um jardim tropical?

Com selvas, florestas e toda sorte de plantas, flores e árvores exóticas, o Brasil é um país com um potencial de flora gigantesco. Temos riquezas naturais que, literalmente, florescem em nossos quintais, deixando tudo mais fácil para quem deseja uma área diferente de um jardim convencional.

A ideia é ter uma pequena “selva” em casa, porém, o jardim tropical precisa também de um estudo prévio. Para que ele se desenvolver corretamente, é necessário que as plantas cresçam em um ambiente propício.

Esse estilo de jardim é muito versátil, podendo ser feito na varanda de um apartamento ou na área externa de uma casa. O tamanho depende do lugar escolhido, mas é preciso dar condições para o seu desenvolvimento. Para isso, preparamos três dicas de como montar um jardim tropical de forma prática e simples:

  1. Pesquise as plantas típicas da sua região e prepare o solo do jardim

Diferente dos outros estilos, no jardim tropical a regra é criar uma paisagem natural, onde a influência do paisagista é pouco notada. Apesar de tudo, não se engane: ela está lá!

Primeiramente, vale pesquisar sobre os tipos de plantas e flores típicas de sua região. São elas que vão se adaptar melhor ao clima ao longo do ano e transformar seu jardim em uma obra viva e original. Outro fator muito relevante é o solo, que deve ser rico em nutrientes e bem irrigado, para manter as plantas sempre saudáveis.

Como o jardim é inspirado nas florestas tropicais, a liberdade de criação é total, sem desenhos padronizados. O lugar deve ser assimétrico para transmitir a sensação de estar em uma floresta. Uma das principais inspirações para o jardim tropical é a flora da Mata Atlântica, com suas plantas de folhas grandes e texturas diversas. Filodendros, Helicônias, Marantas, Bromélias, Alpíneas, Calatéias, Chamaedóreas, são algumas das plantas indicadas.

  1. Água, pedras e decoração

Além de abusar de cores, formas e texturas nas plantas, o jardim tropical também pede elementos como água, pedras e objetos de decoração.

O jardim tropical pode ser um ambiente propício para as aves. Neste caso é uma boa ideia ter água limpa para eles beberem. Você pode inserir a água através de pequenos lagos, espelhos d’água ou fontes no espaço. Também é um elemento que pode trazer frescor ao ambiente, e deixar o seu jardim com um ar ainda mais tropical.

Caminhos por entre as plantas de terra batida, pedra e madeira são bem vindos, podendo até mesmo ser irregulares e sinuosos, com uma extensão conforme a área do seu jardim.

As plantas devem ser colocadas em volta da fonte ou lago, compondo, dessa forma, um ambiente mais harmonioso. Caso opte por vasos, dê preferência aos materiais como barro, argila ou cerâmica.

Você também pode inserir iluminação artificial no seu jardim tropical, mas ela deve se integrar com o ambiente. Invista em luminárias discretas, de preferência, feitas com materiais naturais ou, se forem feitas de aço ou alumínio, opte pela cor preta, de forma que se mimetizem no espaço. O fundamental é que o lugar tenha o seu toque exótico preservado, como se fosse realmente uma floresta tropical.

  1. Sol, irrigação e outros cuidados

Mesmo com sua aparência natural, é preciso um bom planejamento para que o jardim tropical esteja sempre verde e frondoso. De início, observe as condições de insolação em cada parte de sua casa. Além disso, é indicado que seja irrigado frequentemente, sendo assim, é necessário um estudo minucioso antes de construí-lo.

Cada planta tropical precisa de uma condição diferente se insolação: umas precisa de incidência direta de luz solar, outras não toleram essa condição. Classificamos popularmente assim as plantas em plantas de sol e plantas de meia sombra. Por isso, a distribuição deve ser pensada para que aquelas que precisem de maior incidência de sol fiquem mais expostas, fazendo “sombra” as que precisem de menos.

A água é outro fator importante no desenvolvimento das plantas tropicais. Como a floresta costuma ser um local úmido, elas precisam de um ambiente igual para crescerem saudáveis. Se você vive em um local mais seco, por exemplo, você pode borrifar água nas plantas regularmente, ou se o jardim tem um porte maior, invista em um projeto de irrigação. Porém, cuidado com os excessos, pois elas não precisam de um solo encharcado.

Mantenha o solo rico em matéria orgânica e, para isso, ele deve ser preparado com adubo antes de receber as plantas. Opte pelo adubo orgânico e lembre-se de ter esse cuidado de tempos em tempos para que as plantas conservem sua saúde e vitalidade.

Quais são as espécies mais utilizadas no paisagismo tropical?

Quando o assunto é jardim tropical, a receita do mestre Burle Marx é: menos flores, mais folhagens! E o que não nos falta são folhagens lindas, de todas as formas e cores, capazes de valorizar qualquer ambiente. Mas, na hora da escolha das plantas, a principal regra é optar pelas nativas, pois são elas que vão se adaptar melhor às características do clima da sua região.

Paisagismo tropical

Locais com alta exposição solar e chuvas esparsas costumam passar por uma temporada de seca marcante. Plantas como moréia, palmeira-fênix, sagu, agave e as bravas clúsias mantêm a beleza ao longo de todo o ano.

Já regiões litorâneas pedem espécies de folhas rígidas para resistir à brisa local. Aposte em pleomeles e pitosporos, nas versões verdes e manchadas de branco ou amarelo. As agaves e clúsias também resistem muito bem ao clima praiano.

Nas florestas, os fiodendros são encontrados embaixo de grandes árvores, que filtram os raios de sol e mantém a umidade em alta. A família é gigante e possui espécies como Guaimbê, pacová, filodendro-wilsoni e filodendro-chocolate. Sozinhas ou combinadas, elas se destacam no ambiente.

Uma planta coringa, que desenvolve bem em diferentes lugares, é a helicônia, que prefere locais ensolarados, mas também tolera meia-sombra. Em um solo bem adubado, apresenta uma folha modificada e exuberante, capaz de atrair beija-flores e borboletas.

Confira a lista que preparamos com algumas das plantas mais famosas:

  • Palmito Juçara;
  • Cataléias;
  • Bromélias;
  • Orquídeas;
  • Boungavílias;
  • Marantas;
  • Helicônias;
  • Pândanos;
  • Dracenas;
  • Agaves;
  • Bananeira ornamental;
  • Costela-de-adão;
  • Samambaias;
  • Filodendros;
  • Estrelitzas.

Para se inspirar: Sítio Burle Marx

Localizado em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o sítio abriga uma coleção de mais de 3.500 espécies de plantas de regiões tropicais e semi-tropicais. Burle Marx comprou a propriedade em parceria com o irmão, Siegfried, em 1949 e fez dela um laboratório para estudar a flora brasileira, até então pouco valorizada nos projetos paisagísticos.

A partir dessas experiências, ele criou o jardim tropical moderno, que representa uma mudança de paradigma no paisagismo, uma grande contribuição para a humanidade.

Grande parte das plantas que podem ser vistas no sítio hoje são oriundas das excursões que Burle Marx fazia pelos diversos biomas brasileiros. Nessas expedições o paisagista chegou a descobrir cerca de 50 novas espécies, muitas batizadas com o seu nome, como o Orthophytum burle-marxii.

Paisagismo tropical

O paisagista foi precursor em muitas coisas, como, por exemplo, o aproveitamento de materiais de prédios demolidos para fazer calçamentos, cascatas, portas e fachadas na propriedade. Em entrevista ao programa O Mundo Mágico, que faz parte do arquivo da TV Brasil, Burle Marx disse:

“Se eu procurei compreender o jardim aplicado à nossa natureza, vamos dizer, à nossa natureza humana e sobretudo às necessidades brasileiras, é porque eu não quero fazer apenas jardins para uma casa de milionários. Eu gostaria de fazer jardins que o povo pudesse participar”.

Preocupado com a preservação do seu acervo, Burle Marx doou o sítio ainda em vida para o governo federal, em 1985, nove anos antes de morrer. Hoje o espaço está sob responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan. Em julho deste ano, o Sítio Roberto Burle Marx foi reconhecido como Patrimônio Mundial ad Unesco.

E então, gostou de conhecer mais sobre o paisagismo tropical? Se é este tipo de paisagismo que você idealiza para sua casa ou espaço comercial, entre em contato com a ARCHSCAPE!

Com a vida nos centros urbanos, o sonho das hortas em casa tornou-se distante para muitas famílias que passaram a viver em apartamentos, sem quintal ou jardim. O prazer de plantar o que se come ficou reservado às gerações antigas, quase sempre associado à época em que viviam em casas com grandes quintais de terra, sítios ou fazendas.

Mas, assim como as hortas da cidade estão na contramão de uma urbanização acelerada, há também uma nova onda de busca crescente por alimentos orgânicos e cultivados sem agrotóxicos ou por meio de outras tecnologias.

O movimento é chamado de “slowfood”, em contraponto com o conceito de “fastfood”, e vem impulsionando o aumento de cultivos individuais, sejam eles hortas em casas, apartamentos ou até em pequenos vasos.

Se você está se perguntando se é muito difícil cultivar seus alimentos em espaços pequenos, a resposta é não! Um dos projetos mais conhecidos veio de Milão, na Itália.

O condomínio Bosco Verticale, inaugurado em 2014, abriga quase 800 árvores de pequeno, médio e grande porte, além de 11 mil plantas perenes e rasteiras e ainda 5 mil arbustos. O projeto proporciona aos seus moradores a satisfação de morar em um apartamento e poder colher e consumir frutos plantados dentro de casa.

O fato é que ter uma horta em casa pode ser muito mais fácil do que você imagina. Para ter sucesso no seu projeto, é preciso planejamento, como a escolha do local e das plantas. Pensando em te ajudar, elaboramos esse artigo com muitas dicas e alguns exemplos de hortas que você pode aplicar em qualquer espaço. Vem com a gente!

7 Vantagens de ter uma horta em casa

Cultivar uma horta em casa proporciona maior qualidade de vida, pois traz um incentivo extra para o consumo de vegetais e garante hortaliças livres de agrotóxicos. Além disso, a prática pode representar uma economia para o bolso, já que ajuda a reduzir o gasto com feiras e mercados.

Outro benefício da horta doméstica pode se dar através do envolvimento das crianças nos cuidados com as plantas. Gerando oportunidade de aprender lições de responsabilidade, aproveitando momentos prazerosos em família e mantendo o contato com a natureza.

O cultivo em casa ainda tem mais uma vantagem: ajudam na decoração, deixando o ambiente mais acolhedor, com mais vida e frescor.

Nós listamos abaixo 7 vantagens que vão te convencer a ter uma horta em casa. Confira:

  1. Alimentos frescos, livres de agrotóxicos, o que os torna muito mais saudáveis.
  2. Não precisa correr no supermercado toda vez que precisar de algum tempero, hortaliça ou até mesmo um vegetal.
  3. É possível ter uma horta em qualquer espaço, seja grande ou pequeno, desde que receba um pouco de ventilação e iluminação solar.
  4. Cuidar da própria horta é uma forma de relaxar e se desintoxicar do estresse diário.
  5. É o novo luxo, colher o que se planta, se alimentar do que se cultiva e saber a origem do que se está ingerindo.
  6. Chegar em casa e sentir o aroma do hortelã, do manjericão e do alecrim, por exemplo, vindos direto da sua horta é uma sensação refrescante após um dia cansativo.
  7. Incentivar as crianças a terem uma alimentação saudável e um contato mais próximo com as plantas.

Hortas para todos os tipos de espaços

Existem diferentes maneiras de projetar hortas caseiras. Antes de decidir, é preciso considerar o clima, a quantidade de luz solar e o tipo de solo. Esses fatores podem afetar o crescimento dos legumes e verduras cultivados. Também determinará quais podem ser cultivados e quais não podem.

  1. Hortas caseiras no jardim

As hortas caseiras podem ser instaladas no jardim, em uma janela de cozinha ou na varanda, ou ainda em outros espaços internos. Vale ressaltar que o local deve ser funcional para que possa ser manipulado facilmente. Além disso, também pode somar – e muito! – com a estética da sua casa.

Separar um espaço no jardim para cultivar legumes e verduras é o ideal, mas o fato é que nem todos têm um jardim à disposição. Porém, há sempre um cantinho dentro de casa que pode ser usado.

No caso das hortas caseiras no jardim, a extensão e profundidade do solo do jardim vão ajudar no crescimento da planta, ao contrário de outras hortas com espaço mais limitado. Isso permite cultivar ervas aromáticas, verduras e tubérculos.

O primeiro passo é escolher uma parte do jardim onde você vai instalar a sua horta. Certifique-se de limpar bem o solo de raízes de grama e de qualquer outra planta, depois separe o espaço de cultivo por fileiras.

Em cada fileira, cultive um tipo de verdura ou legume deixando, no mínimo, 15 centímetros de distância entre cada um deles. A escolha dos legumes e verduras da sua horta deve ser feita de acordo com o clima, a sombra e a luz do sol no seu jardim.

  1. Hortas caseiras em vasos

Se o seu jardim é muito pequeno ou se você simplesmente não tem um jardim em casa, a opção pode ser uma horta em vasos, que podem ser instalados dentro ou fora de casa. As hortas caseiras com vasos permitem que você faça a colheita facilmente, por isso, podemos dizer que elas são uma opção muito versátil e conveniente.

Se optar por deixar dentro de casa, certifique-se de que estejam em lugares bem iluminados. Já o tamanho dos vasos dependerá das plantas que você quer cultivar e do espaço destinado à horta. Os vasos menores, por exemplo, são excelentes para ervas aromáticas, tais como manjericão, hortelã, salsa e menta.

Os vasos médios são ideais para alface e repolho, e vasos ligeiramente maiores para pimentões e tomates. Mas, uma das desvantagens deste tipo de horta é que você não poderá cultivar tubérculos como batatas e cenouras, por exemplo.

Esses vegetais precisam de maior quantidade de solo para estender as suas raízes e crescer adequadamente. Um vaso não oferece o espaço suficiente para o seu desenvolvimento, então, se crescerem, serão de tamanho “miniatura”.

  1. Hortas caseiras na vertical

As hortas caseiras suspensas podem ser a solução quando o espaço é mais restrito na sua casa. Essas hortas podem ser penduradas perto de uma janela, dentro ou fora da casa. O importante é que as plantas recebam luz solar suficiente.

Além de extremamente funcionais, as hortas verticais também funcionam muito bem como elemento decorativo. Mas, preste atenção a alguns cuidados especiais que você precisa ter com este tipo de jardim, principalmente com a irrigação.

Regar com água demais fará com que os vasos drenem o excesso por baixo. Esse excedente cairá sobre o vaso seguinte ou no chão. Além de trazer um problema de limpeza, os seus vegetais podem murchar por receber mais água do que o necessário. Por isso, usar um pulverizador é a melhor opção para regar as plantas.

  1. Hortas caseiras modulares

Construir uma prateleira de madeira é outra maneira de projetar a sua horta caseira, especialmente se você tiver pouco espaço em casa. Esta prateleira pode ser colocada fora da sua casa, presa a uma parede que receba luz solar, e pode ser construída com 3 ou 4 níveis, de acordo com a sua necessidade.

Em casa nível, você pode colocar vasos com plantas e esse design é ideal para colheita de plantas aromáticas e medicinais, como salsa, hortelã, alecrim, tomilho, manjericão e menta.

Geralmente, essas plantas precisam de apenas 4 horas de luz solar direta por dia para crescer. Considerando que as prateleiras possam fazer um pouco de sombra, estas plantas se adaptam perfeitamente.

  1. Hortas em mandala

De horta você já ouviu falar. De mandala, muito provavelmente. Mas, e de horta em forma de mandala? Parece estranho? Pois saiba que o sistema não só é possível, como também mais sustentável!

Essa forma de horta foi inserida através da permacultura, que consiste no sistema de design para a criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza. A horta em mandala economiza água, trabalha com a diversidade de plantas, aproveita melhor o espaço, usa fertilizantes apenas orgânicos e poupa o solo.

Mas, por que optar por esse formato ao invés de outros? Um dos princípios dessa forma de horta é: copiar o desenho da natureza. Se observarmos não existe muita coisa quadrada ou retangular na natureza e, sim, formas arredondadas.

Existem diversos modelos de horta em forma de mandala e você pode escolher de acordo com a disponibilidade de área para a instalação da mesma.

Você sabe o que são as Plantas Alimentícias Não Convencionais?

Mais conhecidas pela sigla Pancs, são plantas que não costumamos consumir como forma de alimento, seja por falta de costume ou de conhecimento. Além disso, elas não são facilmente encontradas em mercados e geralmente são consideradas “mato”, ervas daninhas” ou “invasoras”, porque algumas delas crescem espontaneamente  junto com plantas que cultivamos ou em vasos e calçadas.

Jogando-as fora, estamos perdendo a oportunidade de consumir alimentos com alto valor nutricional por falta de informação.

Antigamente, as plantas alimentícias não convencionais eram mais consumidas. Mas, com a falta de contato com a natureza que a vida na cidade proporcionou, esses alimentos começaram a ser esquecidos.

Para ter uma ideia, a rúcula que consumimos hoje era considerada erva daninha até pouco tempo atrás. Também são consideradas Pancs as plantas que são subaproveitadas, como a bananeira. Além dos frutos, os mangarás (corações ou umbigos) podem ser aproveitados, mas acabam desperdiçados.

De maneira geral, as Pancs são alimentos alternativos nutritivos e acessíveis, podendo compor perfeitamente a sua horta e o cardápio do dia a dia. Porém, é fundamental observar quais plantas se adaptam ao clima brasileiro.

Por ser um país tropical, habitualmente, é uma ótima região para cultivar espécies que preferem locais quentes e úmidos. Por outro lado, no Sul e Sudeste do Brasil, o inverno é época perfeita para cultivar plantas que se adaptam ao frio, como amor-perfeito, sálvia, lavandas e astromélias, por exemplo.

Além de contribuir para uma alimentação mais saudável, as Pancs também podem ser usadas na decoração da casa, já que muitas delas têm flores e uma aparência atraente. Nós listamos abaixo seis opções de plantas comestíveis que você pode cultivar em casa, veja:

Peixinho-da-Horta

Cada vez mais utilizada na gastronomia, suas folhas são macias e aromáticas, muito gostosas quando empanadas e fritas. Ela tem o sabor e textura do peixe frito, o que fez com que ganhasse esse nome popular: peixinho.

É uma planta perene e resistente a pragas e doenças porém, em países tropicais, tem limitações no cultivo, pois prefere climas mais amenos.

Vinagreira-roxa

Mais conhecida mundialmente pelo chá de hibisco, sua infusão tem alto potencial antioxidante. Entre os seus compostos, o que prevalece é a antocianina, pigmento responsável pela cor púrpura das folhas, cálices e frutos.

Ela age no combate ao envelhecimento das células, na prevenção de doenças degenerativas e no suporte ao sistema imunológico.

Azedinha

Com um sabor ácido e intenso, essa hortaliça já tem “temperada direto da horta” e pode ser consumida crua, sem nenhum condimento para realçar seu sabor. Possui gosto ácido e intenso. Ela é uma verdura ancestral, consumida desde a antiguidade por gregos, romanos e egípcios.

Capuchinha

A capuchinha é toda comestível. Você pode consumir os talos, folhas, flores e frutos. Suas flores lembram o gosto do agrião e são levemente picantes. Ela é ideal para dar mais cor às saladas e para a finalização de risotos e massas. Alguns chefs a elegeram como a vedete das flores comestíveis.

Dália

A dália é um ícone dos jardins, cultivada em canteiros a pleno sol para fins ornamentais. O que muita gente não sabe é que suas raízes tuberosas e inflorescências (partes em que se localizam as flores) são comestíveis. E todas as cores de flores podem ser consumidas!

Ora-pro-nóbis

É uma Panc de fácil cultivo e suas flores são lindas e decorativas. Pode ser propagada por estacas e cultivadas em vasos. No entanto, é preciso ter cuidado, pois ela apresenta espinhos, que podem ser perigosos para crianças e animais domésticos. Pode ser cultivada em pleno sol ou meia-sombra.

Ficou interessado em ter uma horta na as casa? Conte com a experiência dos profissionais da ARCHSCAPE quando o assunto é paisagismo. Entre em contato e faça um orçamento!

Projetar imóveis que consideram a privacidade sem isolar os moradores. Pensar o espaço urbano residencial com acesso fácil a comércio, serviços e lazer. Integrar ao máximo o empreendimento à natureza com o paisagismo. Tudo isso já é uma realidade na arquitetura e no planejamento urbano que vem sendo praticado em várias cidades ao redor do mundo, e também no Brasil.

Condomínios com conceito, home design e eco residenciais, entre outros nomes e adjetivos, são indicativos dessa visão voltada para a sustentabilidade das relações individuais e do meio ambiente.

Alguns partem da opinião de que não existe tendência no paisagismo, mas o fato é que, quando falamos em tendência, estamos falando sobre o comportamento das pessoas, movimentos econômicos e sociais, novas descobertas e criações de influenciam um mercado.

Com um olhar tento a tudo o que estamos vivenciando, apresentamos nesse artigo algumas tendências que podem influenciar as demandas que vão surgir a partir de agora. O paisagismo vai muito além de um jardim bonito, e ele assume um papel cada vez mais relevante na construção de espaços mais inteligentes no que diz respeito à relação do homem com o planeta.

Confira agora quais são as tendências mundiais quando pensamos em paisagismo!

Interior e exterior integrados

A integração do interior com a área externa, um jardim ou uma varanda continua em alta, mas a função das áreas externas passa a se vista com outros olhos. O que antes era pensado apenas para finais de semana, agora ganha utilidade para home office, ginástica em casa ou até mesmo para atividades cotidianas como uma refeição em família.

Dessa forma, cria-se ambientes multifuncionais, que podem demandar soluções mais criativas, inclusive para encontrar espaço para valorizar o verde dentro e fora.

Busca pelo design biofílico

Novos estudos sobre o design biofílico comprovam a importância do entendimento da relação do homem com a biofilia (amor à vida) para a criação de espaços que tragam mais saúde e bem-estar.

O design biofílico vai muito além do uso de elementos naturais, portanto esta é uma tendência que os arquitetos, designers e paisagistas precisam ficar atentos.

Neste artigo você pode entender um pouco mais sobre a arquitetura biofílica!

Horta em casa

O cuidado com o corpo e a alimentação tem despertado mais interesse das pessoas pela possibilidade de cultivar alimentos em pequenos espaços. Vegetais, frutas e jardins de ervas continuarão a ter alta demanda.

Com as lições aprendidas dos jardins improvisados da quarentena, estes espaços agora tendem a ser mais bem pensados e soluções mais profissionais devem ser demandadas. Canteiros elevados e ervas em vasos continuam em alta, ganhando soluções bonitas e funcionais com o olhar de arquitetos paisagistas.

Espaços ao ar livre e sistemas de lazer

É o estilo “resort” de viver dentro das cidades, permitindo a prática de esportes ao ar livre. Piscinas, quadras poliesportivas, academias, quadras de vôlei e tênis, bicicletário, pista de skate e playgrounds trazem benefícios para a saúde do indivíduo, melhorando o convívio em casa e aumentando a interação entre vizinhos.

Ambientes dedicados à socialização

Em tempos de comunicação digital onipresente, a conexão real entre as pessoas foi reduzida. Espaços como churrasqueiras, cozinhas gourmet, salão de festas, piscinas, entre outros, convidam a uma interação mais direta e com frequência substituem as saídas caras para almoçar e jantar na rua com os amigos.

Eco Living

Uma forma de reconectar moradores é a criação de playgorunds, lounges, spas, áreas de descanso, redários e hortas coletivas – espaços que encorajam famílias e amigos a uma pausa junto à natureza.

Paisagismo em locais públicos, espaços comerciais e corporativos

Não são só as casas e apartamentos que se modificaram para acolher este novo olhar do ser humano para suas prioridades e seu estilo de vida.

Praças, parques, shoppings e escritórios também estão se reinventando para acolher as pessoas de forma mais humana. Movimentos como o varejo biofílico, por exemplo, já são realidade e os arquitetos paisagistas já tem se especializado no estudo de soluções para este tipo de ambiente.

Valorização das espécies nativas e do natural

O simples e o natural estão cada vez mais valorizados. Nesta perspectiva de menor intervenção humana e mais respeito à natureza, as plantas nativas chamam atenção dos profissionais da área e também das pessoas que buscam soluções mais sustentáveis.

Elas têm um desempenho comprovado em sua área, resistem melhor às intempéries e se adaptam com mais naturalidade aos elementos da sua região. O uso de plantas nativas é também uma opção mais sustentável, como já mostramos aqui.

Paredes verdes

À primeira vista, paredes verdes em ambientes da casa onde há maior circulação ou permanência de pessoas colabora para que os moradores tenham a sensação de estar em contato com a natureza. Isso traz mais bem estar para o dia a dia, o que é extremamente positivo para todos.

Além disso, as paredes verdes – ou jardins verticais – também trazem benefícios como a purificação e o aumento da umidade do ar, a diminuição de ruídos e a queda da temperatura do ambiente.

Urban Jungle

Conhecidas também como florestas urbanas, o conceito de Urban Jungle traz as plantas como protagonistas da decoração. E neste conceito, quanto mais plantas melhor. Além de apostar na diversidade de espécies de plantas e investir em paredes verdes, na sua floresta urbana você pode abusar de outros materiais encontrados na natureza, como madeiras e pedras, por exemplo.

Isso certamente vai reforçar o conceito do Urban Jungle que é, antes de mais nada, pensado para trazer a natureza para dentro da vida urbana, como o próprio nome diz.

Pátios interiores

Os pátios interiores são mais encontrados em projetos na Europa e América do Sul, funcionando como elementos de transição entre os ambientes interno e externo, conectando espaços diferentes da casa. Isso permite que diferentes espaços tenham vistas para o jardim, estando dentro ou fora de casa.

Um destaque para as plantas nativas

Com um olhar mais atento sobre a paisagem, os profissionais têm buscado explorar o tropical das plantas nativas, trazendo novas espécies para os projetos. O resultado é um paisagismo elegante e surpreendente, que exalta o que é belo, funcional e mais sustentável.

Confira uma lista das plantas que são tendência!

  1. Primaveras

As cores vibrantes da Primavera são características a esta espécie nativa do Brasil. É uma planta resistente e, assim, uma excelente escolha para quem busca cultivar flores em varandas fechadas. Você pode amarrá-las em um suporte de bambu para dar um charme na sua varanda, por exemplo.

  1. Bromélia

Com folhas em formato de roseta, seu visual é exótico e cheio de cores. A Bromélia também é uma planta bastante utilizada na ornamentação de jardins e canteiros, mas também pode ser cultivada em vasos para decorar ambientes internos, ou compondo jardins verticais.

  1. Filodendros

Uma planta exuberante e fácil de cuidar, o filodendro possui várias espécies e, por isso, mesmo pode aparecer em variadas formas e tamanhos. Por ser muito versátil, o filodendro pode combinar com casas de diferentes estilos, e ficam lindos em grandes vasos espalhados pela casa e jardins.

  1. Costela-de-Adão

Sua folhagem lembra uma costela e também o formato de um coração. É uma planta que se adapta aos ambientes internos e é fácil de cuidar. É uma planta de meia sombra, por isso é ideal para ambientes onde a incidência de raios solares seja indireta ou quase nula.

O fato é que temos passado mais tempo dentro de casa do que fora dela. Sendo assim, por que não transformar o ambiente com o paisagismo residencial moderno?

Trazer a natureza para dentro de nossas casas, quintais e varandas é uma tendência que ganha cada vez mais força. E os números não mentem! De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Floricultura, a venda de plantas ornamentais e flores subiu 10% em 2020.

Se você também quer incorporar plantas nos seus jardins e espaços interiores de uma forma inteligente e eficiente, consulte a equipe da ARCHSCAPE! Nossos profissionais especializados garantem soluções criativas e modernas para o seu jardim dos sonhos!

É só cair a temperatura, que as buscas por aquecedores e lareiras nas residências dispara. Você pode até duvidar, mas a estação mais fria do ano também é o momento ideal para começar a pensar na piscina e na área externa, normalmente mais desfrutadas no verão.

Poder dar um mergulho refrescante a qualquer hora do dia ou da noite sem precisar sair do conforto do seu lar é uma ideia tentadora, não? Mas, antes de iniciar a empreitada é importante que você conheça melhor as diferentes opções disponíveis no mercado e escolha aquela que atenda às suas necessidades.

Mesmo em espaços menores, é possível construir uma piscina moderna e convidativa, utilizando a criatividade e um bom planejamento do espaço.

Com o avanço das tecnologias envolvidas em sua construção, as piscinas podem oferecer um amplo conjunto de opções em acabamentos, formatos, medidas e acessórios, inseridas em espaços modernos e que conversem com o paisagismo. Além, é claro, de ajudar a aliviar o calor!

Como estamos sempre atentos às tendências mundiais, trouxemos este artigo com informações que vão ajudar na hora de fazer a escolha. Acompanhe!

O que configura um espaço de piscina modernista?

Idealizado como um contraponto para os ornamentos pesados típicos do século XIX, o modernismo traz como lema a célebre frase: “a forma segue a função”. E para as decorações modernistas não seria diferente: a funcionalidade é uma característica primordial. Dessa forma, acessórios excessivos são descartados do ambiente.

Essa escola de arquitetura tem espaço para todos. Mesmo que tenha um gosto oposto ao estilo moderno – rústico, por exemplo – ainda assim existem elementos dessa decoração que podem atraí-lo. O estilo é voltado para o básico, então valoriza materiais naturais, como vidro, cimento, fibras naturais, metais e madeiras sem muito tratamento, evitando ao máximo elementos muito elaborados.

Mas, mesmo as opções mais brilhantes são aproveitadas, como alumínio, cobre espelhado e aço inoxidável. Esses componentes têm sido muito utilizados para a construção de uma área de lazer com piscina moderna.

Esses padrões estéticos aparentes e bem definidos auxiliam na construção de piscinas equilibradas e harmônicas com todo o ambiente, em que cada detalhe tem uma funcionalidade, sem chamar muita atenção ou causar confusões visuais.

Mesmo sendo um estilo “simples” e que recusa excessos, a arquitetura modernista não é “simplista” e tem muita autenticidade. Na verdade, os arquitetos paisagistas têm desenvolvido alguns dos projetos mais originais no que diz respeito à piscina e área de lazer.

Dessa maneira, uma piscina modernista é tudo, menos padrão! Basta olhar para a originalidade dos ângulos, linhas e curvas presentes em seu design: elas são exclusivas.

Personalidade para a área externa: descubra o que está em alta

Com espaços cada vez mais enxutos, os ambientes são cada vez mais pensados de forma integrada e, com as piscinas, isso não é diferente. As “prainhas” e os spas, antes reservados a lugares exclusivos, por exemplo, agora começam a aparecer conectados com o resto da piscina, ganhando novos formatos e opções.

A ilusão de ótica criada pela borda infinita também aparece, atualmente, de forma corriqueira nos projetos, além de outras tendências e materiais que chegam para deixar a área externa com personalidade. Veja algumas opções que são tendência para quem busca piscinas funcionais e exclusivas:

Piscina de concreto

É uma excelente opção para quem deseja ter uma piscina para a vida toda, sem precisar se preocupar com muitos reparos. Além de oferecer alta resistência devido a sua estrutura, que mescla concreto e aço, esse tipo de piscina também é muito moderna e versátil.

Podendo ser construída nos mais diferentes formatos e estilos, com revestimentos que vão desde a tradicional cerâmica até as modernas pastilhas coloridas.

Alvenaria

A piscina de alvenaria é uma das opções favoritas de quem procura por versatilidade, pois é adaptável aos mais diversos tamanhos, profundidades e acabamentos. A estrutura da piscina de alvenaria é composta por tijolos revestidos por uma camada de concreto, o que faz com que ela também seja uma opção resistente e durável.

Vinil

Quem deseja ter mais praticidade na hora de revestir a piscina de alvenaria ou de concreto pode optar pelo vinil como uma excelente opção de acabamento. O vinil ajuda a impermeabilizar a piscina e está disponível em uma ampla variedade de cores e estampas que permitem personalizar a piscina de acordo com o seu gosto pessoal.

Piscina elevada

Se você gosta de fugir do tradicional e deseja ter uma piscina mais moderna na sua área de lazer, então pode pensar na possibilidade de construir um modelo com a estrutura elevada, que fica parcialmente acima do solo.

Além de ser uma opção elegante, esse tipo de piscina também apresenta custos mais reduzidos para construção, já que não é necessário escavar o terreno tão profundamente como nos modelos convencionais.

Borda infinita

Muito provavelmente você já deve ter visto alguma piscina com borda infinita, já que elas estão muito em alta e vem ganhando cada vez mais admiradores. A principal característica de uma piscina com borda infinita está no fato de ela se integrar à paisagem, criando um efeito de continuidade com o cenário ao redor.

Normalmente a água transborda em uma das laterais da piscina com borda infinita e é jogada novamente para o interior dela através de bombas.

Vidro

O vidro é um material que por si só transmite um toque sofisticado quando usado da forma correta, e por isso, as piscinas de vidro podem ser a escolha certa para quem não abre mão de um efeito elegante.

Você pode optar pela construção de uma piscina inteira de vidro ou mesclar esse material com o concreto e a alvenaria, dependendo do resultado desejado. Porém, esta alternativa requer cálculos estruturais especializados e investimentos significativos.

Piscina natural

Procura por uma opção de piscina com menos produtos químicos e mais integrada à natureza? Você pode investir na piscina natural. Ela deve contar com uma região com plantas e cascalhos para atuarem como uma espécie de filtro e contribuir com a limpeza da água.

As plantas ajudam a oxigenar a água e ainda eliminam nutrientes que podem criar algas e outros micro-organismos de fácil propagação. Além disso, o ideal é que a piscina natural conte com um mecanismo de bombas para circular a água e filtrá-la.

Bordas térmicas

Os pisos cimentícios em cores claras podem ser atérmicos e, por isso, ideais para áreas de piscina. O conforto para o usuário é o ponto-chave, podendo entrar e suar da piscina sem se preocupar com o chão quente. Além disso, a beleza do piso cimentício, combinando com suas bordas e gelhas, traz um visual sofisticado e clássico.

Ganhando mais amplitude nos espaços

Apesar de o padrão estético ser “clean”, não há dúvidas de que há comodidade nesse tipo de arquitetura. Além disso, a maioria das plantas modernistas contam com menos paredes, de modo a criar espaços amplos e acolhedores. Por isso, integrar área interna e externa é uma excelente opção para ganhar amplitude.

Projetos que fazem uso desses artifícios contam com ambientes mais iluminados, muitas vezes melhor ventilados e permitem que a paisagem externa se torne elemento da decoração interior, seja por painéis de vidro, postas de correr ou aberturas nas paredes.

O interessante é que o conceito se aplica tanto para os espaços amplos quanto à área enxuta. Nesse caso, especificamente, a vantagem é otimizar o espaço interno e ampliar visualmente a construção. Por isso mesmo é preciso uma atenção especial na hora de integrar os espaços, porque todos os cômodos, tanto do interior, quanto da área externa, precisam estar em perfeita harmonia.

Certamente, menos é mais quando o assunto é decorar uma área de lazer com ares modernistas. Afinal de contas, porque iria querer ocultar todos os belíssimos detalhes do projeto, colocando ornamentos desnecessários?

O design foi feito para falar por si, com sua funcionalidade, simplicidade e estrutura em destaque. Tudo é básico, de forma que a planta do espaço e os materiais aplicados na composição arquitetônica sejam o centro das atenções.

Porém, uma área de lazer moderna também pode aproveitar de cores e adicionar personalidade ao paisagismo. Para isso, basta escolher os toques que acrescentem na construção da arquitetura moderna, com cuidado para não prejudicar.

Muitos projetos de área de lazer modernos apresentam componentes que são convidativos e aconchegantes, como pedras, madeira e fibras naturais. Lareiras, grandes aberturas que permitem uma maior quantidade de luz natural e postes com vigas são alguns elementos que adicionam calor e personalidade para o lugar.

A iluminação da área é essencial para um bom visual à noite, além de despertar sensações. E, com boa criatividade, pode-se trazer a iluminação para dentro da piscina também.

Lembre-se de que os objetos decorativos não devem ser somente bonitos, eles também precisam ter uma funcionalidade que atendam às suas necessidades.

Nesse sentido, o minimalismo oferece elementos que todos os moradores podem desfrutar, onde cada peça  – mobiliária, armário, prateleira, escultura, obra de arte ou até mesmo as plantas – tem funções distintas e necessárias na decoração.

Conte com ajuda especializada!

Por fim, independentemente de você optar por aplicar os conceitos modernistas ao seu projeto, contar com bons profissionais é algo imprescindível para ter sucesso nesse desafio. Elaborar um bom projeto não requer apenas dedicação, mas também experiência, expertise e criatividade nas ações que podem ser propostas.

A ARCHSCAPE conta com especialistas gabaritados em projetos que ofereçam uma melhor qualidade de vida e funcionalidade, sem perder a estética. Entre em contato e fale com nossos profissionais!

A internet ajuda muito paisagismo em interiores, nunca foi tão fácil descobrir quais as melhores opções e cuidados com plantas.

Casas repletas e coloridas de verde, com plantas de vários tipos e tamanhos, exemplares colocados estrategicamente em vários lugares. Ter o verde por perto não é um privilégio apenas de quem mora em cidades pequenas ou em casas com amplos espaços.

É possível, sim, desfrutar de uma bela paisagem mesmo se você vive em um apartamento com ou sem varanda ou em uma casa com pouco ou nenhum quintal. Espaço não é um problema para quem é apaixonado por plantas.

Há muitas espécies que se adaptam bem à vida dentro de casas e apartamentos, inclusive as que precisam de sol constante. Além disso, os arquitetos paisagistas têm desenvolvido várias possibilidades criativas e técnicas que permitem ter, até mesmo, uma mini floresta dentro de casa.

Neste artigo, vamos apresentar as possibilidades de ter o paisagismo dentro de casa, trazendo o verde para o interior de forma funcional e aconchegante, além de dicas, inspirações e cuidados. Veja!

O verde dentro de casa: as possibilidades do paisagismo de interiores

Plantas dentro de casa não servem somente para deixar o ambiente mais bonito, estes organismos vivos interagem com o nosso corpo, mente e casa de forma a melhorar a nossa qualidade de vida.

Nós somos instintivamente atraídos pela natureza das plantas, mas às vezes, é preciso de uma ajudinha para entender melhor como coloca-las nos ambientes.

O plantscaping, ou paisagismo em interiores, é um tipo de estratégia que os arquitetos paisagistas usam para acrescentar o verde em suas propostas. Trata-se de uma combinação de arte, design psicologia ambiental e técnicas de cultivo para personalizar espaços internos.

É um jeito criativo de imitar o ambiente natural e transmitir as sensações mais agradáveis, mesmo em locais “estéreis” como os escritórios.

Um projeto de paisagismo em interiores bem elaborado reduz a umidade, controla o excesso de calor, melhora a qualidade do ar e a acústica dos ambientes. Além disso, a presença do verde proporciona calma, produtividade e estimula o aprendizado e a criatividade.

A técnica de plantscaping não possui uma receita exata, podendo ser distribuído pelo ambiente em pequenos e diversos nichos, ou concentrando somente em uma região.

Para ajudar a entender melhor, separamos algumas das possibilidades de plantscaping que são tendência e podem ser aplicadas na sua casa:

JARDIM DE INVERNO

Uma das possibilidades do paisagismo em interiores, é um tipo de jardim que fica dentro de casa, e teve sua origem nos países mais frios, onde as pessoas queriam cultivar o verde mesmo em meio à neve.

Como grande parte das plantas não sobrevive em baixas temperaturas, a solução foi criar um ambiente acoplado a casa, que pode ser uma varanda fechada ou algum anexo, com abertura externa ou muita entrada de luz.

Conceitualmente, o jardim de inverno é utilizado para recreação ou lazer no período mais frio do ano, geralmente outono e inverno. Porém, na prática ele é usado também para o cultivo de plantas, flores e outros itens de jardinagem.

Quando usado desta forma, geralmente tem o objetivo de integrar o jardim com o restante da casa, já que o espaço necessita de luz natural, e por isso, deve contar com janelas grandes ou claraboias.

JARDIM VERTICAL

Uma tendência do paisagismo em interiores que vem com a premissa de quebrar a sobriedade dos grandes centros urbanos, promovendo um ambiente mais agradável, aconchegante e próximo à natureza.

Também conhecido como “parede verde”, o jardim vertical é uma técnica que também traz a natureza para dentro de casa. Dessa forma, é possível ter uma decoração inovadora, em uma mistura de plantas, flores e cores.

Aliás, qualquer superfície pode receber uma estrutura para jardim vertical, incluindo os altíssimos edifícios ou pequenas paredes internas em apartamentos. Quando muito grandes, os jardins verticais recebem o nome de “parques verticais”.

URBAN JUNGLE

Outra técnica que está muito em alta é a urban jungle, que se tornou uma tendência a partir da falta que os moradores de grandes centros urbanos, especialmente na Europa e Estados Unidos, sentiam de conviver com a natureza.

A premissa básica do estilo peculiar de decoração de ambientes é resgatar a natureza para dentro do cotidiano, sem comedimento. Optar por esse caminho é permitir-se estar conectado ao verde em todo tempo, sem restrições.

O conceito do estilo é literalmente levar a floresta para dentro de casa, tenha ela o tamanho que tiver. Essa tendência faz sucesso também no Brasil porque vivemos em um país tropical, com uma das maiores variedades de vegetação do mundo, o que torna a transformação da decoração de casa com plantas mais acessível para todos.

Além do verde como protagonista, também há a tendência de criar um ambiente com materiais naturais, como madeira, palha e outros elementos que remetem ao ambiente externo.

Muito mais do que um estilo com regras definidas, é um movimento de conexão, versatilidade e com um nível elevado de adaptação. Qualquer pessoa que queira ter um contato mais próximo com as plantas pode explorar essa possibilidade.

Onde e como aplicar?

Qualquer ambiente fica muito mais aconchegante com plantas e, dependendo da espécie, pode ser muito fácil de cuidar. A chave para a sua decoração é combinar o tipo de planta com o seu estilo de vida e o espaço que você tem. Confira algumas dicas de como inserir o verde na sua decoração:

Suportes:

Nenhuma casa é pequena ou grande demais para plantas. Elas sempre cabem em algum cantinho, ainda mais com a ajuda dos suportes. Há modelos de todos os estilos, alturas e tamanhos.

Escadas:

Se a sua casa possui escada, você pode aproveitar muito bem esse espaço colocando as suas plantas. Os vasos podem ser posicionados nas laterais, ou ainda preencher as paredes com vasos suspensos. Se houver vão embaixo da escada, você ganha espaço até mesmo para um minijardim.

Banheiro:

Algumas plantas gostam de ambientes mais fechados e úmidos. É o caso das samambaias e babosas, por exemplo. Elas ajudam a melhorar a circulação do ar e, claro, deixam o lugar mais elegante.

Quarto:

Seja para embelezar, purificar o ar, perfumar ou trazer boas energias, ter plantas no quarto não só é possível como indicado. Se você ainda tem receio de cultivar espécies neste ambiente, saiba que não há problema algum. Lavanda, filodendro, espada-de-são-jorge, gardênia e hera são algumas das mais indicadas.

Cozinha:

Nem todas as plantas são indicadas para decorar a cozinha, já que algumas espécies necessitam de alta luminosidade e são sensíveis ao calor. Por isso, as características do espaço, com iluminação, temperatura e ventilação, vão ditar as plantas ideias para o seu canto.

Algumas variedades como cactos, suculentas, ervas, temperos e folhagens se adaptam muito bem ao local.

Quais são os cuidados necessários?

Ter plantas dentro de casa exige certa dedicação, mas, certamente é algo que pode ser acrescentado com facilidade à nossa rotina. A primeira coisa é se informar sobre a necessidade de luz solar de cada espécie e posiciona-la em um espaço que possa receber a luz do sol na frequência adequada.

Para saber, você deve identificar se é uma planta de sombra, meia-sombra ou sol. Esses são os três conceitos utilizados para definir a quantidade de luz que uma espécie precisa para sobreviver, elaborados com base na forma como as plantas eram encontradas em seu habitat natural. Confira:

Plantas de sombra: sobrevivem apenas com iluminação indireta, já que na natureza ficavam “escondidas” atrás e debaixo de plantas maiores. Por isso, podem apresentar queimaduras se ficarem expostas à luz solar direta.

Plantas de meia-sombra: são aquelas que se adaptam recebendo luz solar direta durante um período do sai (cerca de quatro horas). Normalmente são plantas com folhas largas, para aumentar a área de absorção de luz e costumam ser mais indicadas para apartamentos.

Plantas de sol: são aquelas que precisam de todo sol possível e só sobrevivem com longas horas de luz direta – como os cactos e as suculentas, nativos de regiões áridas.

Também é necessário separar um período na manhã para as regas. A água é fundamental para que as plantas absorvam os nutrientes do solo e realizem a fotossíntese. O melhor horário é sempre pela manhã, mas não entre em pânico se tiver algum compromisso cedo e não der tempo, a rega após as 15h também funciona nesses casos.

A dica de ouro é evitar molhar as plantas em horários muito quentes, pois a água evapora muito rápido. Regar à noite também não é indicado, pois a absorção da água é menor e isso faz com que as folhas demorem para secar.

Outro cuidado a ser tomado é se você possui um bichinho de estimação. Certos tipos de plantas devem ser mantidos longe de cães e gatos por serem potencialmente tóxicas e, ao serem ingeridas, podem causar problemas de saúde que vão desde náuseas até problemas mais graves.

A importância de contar com profissionais qualificados no seu projeto

A presença de um arquiteto paisagista desde o começo do seu projeto ajuda a atenuar, consideravelmente, diversas dores de cabeça lá na frente. Há muitas coisas que um profissional da área pode fazer para melhorar sua qualidade de vida, além de trazer mais estilo e beleza para casa.

O arquiteto paisagista é capaz de escolher exatamente as plantas adequadas para a sua casa, não somente com base no estilo da residência, mas também levando em consideração as características de clima, iluminação, necessidade de água, as particularidades de cada espécie vegetal.

Com a ajuda de um profissional especializado para criar um projeto de paisagismo em interiores, você terá a garantia de que toda a parte paisagística estará em perfeita sintonia com o estilo de construção e decoração da sua casa.

Você poderá perceber a diferença da harmonia de um projeto quando ele é feito por um paisagista profissional, pois tem a habilidade criativa de transformar um lugar para que as pessoas tenham mais vontade de permanecer. Seja uma pequena varanda, um cantinho da sala ou uma parede em branco, tudo pode ser aproveitado de uma maneira mais orgânica.

A equipe do escritório de arquitetura ARCHSCAPE está preparada para auxiliar no seu projeto, deixando sua casa mais aconchegante com um projeto que se adequa às suas características. Entre em contato conosco e tire suas dúvidas!

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que saúde é um “estado completo de bem-estar físico, mental e social”, não apenas o estado de ausência de doenças. Nesse contexto, um crescente número de pesquisas nas mais diversas áreas de conhecimento – que vai da arquitetura à saúde -, acumulam evidências científicas de que o contato e, sobretudo, a conexão com a natureza trazem benefícios à nossa saúde em muitos graus.

Nos últimos tempos, as limitações impostas pela quarentena, têm nos privado desse contato e essa ausência tem sido profundamente sentida.

Como você já viu neste artigo, biofilia é o termo utilizado para os estudos e ações que conectam a nossa necessidade de estar em contato com a natureza mesmo em ambientes modernos e projetados pelos homens.

Os estudos nessa área começaram na década de 1960, mas ganharam força nos anos 80 com resultado de pesquisas científicas publicadas em revistas de referência.

Já se passaram mais de 30 anos desde o estudo pioneiro do Professor Roger Ulrich (um dos pesquisadores mais citados na biofilia), publicado na prestigiada revista Science, demonstrando que a natureza é capaz de promover um ambiente restaurador para a saúde humana, mesmo em pacientes cirúrgicos internados.

Seus resultados demonstram que, pessoas internadas em quartos com vista para áreas verdes, tiveram menor tempo de internação e menor requisição de analgésicos em relação aos que tinham vista para construções.

Diante dessas evidências científicas, os arquitetos paisagistas e designers de interiores se voltaram com dedicação para o tema, e vem apresentando cada vez mais soluções criativas de ambientes totalmente integrados com a natureza.

Neste artigo, vamos mostrar para você como o paisagismo tem o poder transformador no ambiente, proporcionando esta conexão com a natureza para quem mora ou trabalha no espaço. Além de explicar de que forma o paisagismo é pensado e aplicado para que se chegue neste resultado. Confira!

Natureza em integração

O poder transformador do paisagismo em espaços integrados

Um exercício essencial do arquiteto é lidar com o contexto onde está inserido o projeto, seja excluindo ou incorporando os elementos preexistentes e todas as características naturais da área.

Entender o que há em volta é fator determinante nos desenhos e organizações do espaço, e vai muito além de apenas considerar uma boa vista, ventilação ou iluminação natural. Trata-se de enxergar essas condições e incluí-las como parte criativa no projeto.

É por isso que arquitetura e paisagismo andam juntas ao criar experiências memoráveis na transição entre ambientes internos e externos, bem como áreas de lazer ou convívio coletivo. Nesse sentido, ambientes integrados com a natureza são fortes aliados na criação de espaços mais fluidos e aconchegantes.

Daí a importância da arquitetura biofílica: na intenção deliberada de traduzir para o ambiente construído a inclinação nata do ser humano em se sentir bem em contato com a natureza.

Este novo conceito em trabalhar o ambiente construído tem por objetivo conceber espaços capazes de promoverem a saúde, o desenvolvimento e a qualidade de vida das pessoas, que passam a ser entendidas como organismos vivos, inseridos em um sistema natural do qual fazem parte.

Muito mais do que um luxo, o contato com o ambiente natural é entendido como uma necessidade para a saúde física e mental do homem contemporâneo. Porém, a arquitetura biofílica tem por fundamento reimaginar a relação entre homem e natureza, com o objetivo de enriquecer tanto um quanto outro, em uma relação de integridade e adaptação, não mais de degradação e subjugação.

A arquitetura biofílica propõe trazer a natureza para o desenho de forma consciente, incluindo sistemas e processos naturais em edifícios e paisagens construídas.

Dessa maneira, podemos conectar inconscientemente o espaço construído com o mundo natural, não apenas inserindo um objeto da natureza em um ambiente construído, mas criando um habitat que funcione no melhor interesse do ecossistema.

Um dos precursores do design biofílico, Stephen Kellert, montou um esquema com seis elementos e mais de setenta atributos que têm como finalidade implementar experiências biofílicas. Porém, em 2017 Kellert, em parceria com a arquiteta Elizabeth Calabrese, simplificaram o esquema e estabeleceram os três pilares do design biofílico.

#1. Experiência direta com a natureza

  • luz
  • ar
  • água
  • plantas
  • animais
  • materiais naturais
  • clima
  • paisagens naturais e ecossistemas
  • fogo

#2. Experiência indireta com a natureza

  • imagens da natureza
  • materiais naturais
  • cores naturais
  • simulação natural de luz e ar
  • formas naturais
  • evocando a natureza
  • riqueza de informação
  • idade, mudança e detonação do tempo
  • geometrias naturais
  • biomimética

#3. Experiência de espaço e lugar

  • prospecção e refúgio
  • complexidade organizada
  • idade, mudança e detonação do tempo
  • espaços de transição
  • mobilidade e orientação
  • vínculos culturais e ecológicos com o local

Mas, afinal, como aplicar a biofilia na arquitetura?

Confira alguns exemplos práticos dentro desses grupos e de como aplicar alguns desses padrões em seus projetos:

Conexão visual e não visual com a natureza: alguns edifícios possuem janelas com vistas privilegiadas para paisagens arrebatadoras do oceano ou uma abundância de árvores.

Mas, outros não. Ao criar projetos para locais mais urbanos, os arquitetos paisagistas podem optar por projetar espaços de pátio ou jardim com árvores nativas, por exemplo, para oferecer aos ocupantes vistas agradáveis e acesso à natureza.

Variação térmica e de fluxo de ar: as pessoas que passam a maior parte do tempo em ambientes fechados, geralmente fazem uma pausa para “tomar um ar”.

Os projetos podem atender a esse anseio usando recursos da biofilia, com muitas janelas, portas de correr que se abrem para áreas externas, claraboias ou sistemas que ajudam a promover uma troca de ar saudável.

Luz dinâmica e difusa: o acesso á luz natural é um fator grande a ser considerado no bem-estar das pessoas. Aproveitar a variação de intensidade de luz e da sombra que muda ao longo do tempo recria condições semelhantes as que acontecem na natureza.

Embora fornecer muitas janelas seja a solução mais simples para isso, nem sempre é possível. Algumas alternativas para resolver o problema incluem a implantação de tubos solares ou átrios que permitem que a luz natural difusa penetre nos espaços interiores.

Paredes e telhados verdes: esses sistemas não apenas acrescentam oportunidades visuais para se conectar a natureza, mas também colaboram com o meio ambiente. Uma fachada verde colocada sobre uma parede existente ou uma “parede viva” composta de plantas pode ajudar a reduzir o efeito da ilha de calor urbano.

Em climas quentes, um telhado verde atua como um fator de resfriamento, evitando a penetração da luz solar. Já em climas mais frios, fornece maior isolamento, o que resulta em menor demanda de aquecimento.

Refúgio: o descanso é tão importante quanto o esforço para aumentar a produtividade. É por isso que a criação de espaços para descanso ou cura, que permita as pessoas recarregarem as energias também faz parte do design biofílico.

Relações de cultura e local: as relações afetivas também são consideradas na biofilia. Através da familiaridade, gera-se o sentimento de pertencimento e cuidado. Essa sensação pode ser destacada pela geografia, através da valorização da vegetação local. É possível destacar essa vegetação com vistas, jardins e paisagismo. Ou até na forma das construções inspirada nas formas da vegetação.

Padrões e processos naturais: esse item remete às diferentes sensações que a natureza nos proporciona. Essa variabilidade sensorial pode ser representada por sons, cheiros, texturas e experiências. Em ambientes amplos, a riqueza de informações pode encorajar as pessoas a explorarem o local.

Por outro lado, espaços delimitados e menores passam a sensação de segurança. Na biofilia, os padrões e formas podem ser planejados para facilitar a leitura dos espaços. Outro fator é a idade e a denotação do tempo. Elementos que contam histórias através da aparência valorizam a cultura local.

Da mesma maneira, elementos naturais que crescem e se transformam com o tempo geram um sentimento de prazer e satisfação.

Panorama: projetar espaços com uma visão aberta à distância com o intuito de estimular a vigilância e o planejamento. Os elementos que melhor representam isso incluem a adição de varandas, janelas ou claraboias grandes, mezaninos, espaços de plano aberto ou transparências que proporcionam vistas ininterruptas.

Relações humanas com a natureza: você já parou para pensar nos sentimentos que a natureza transmite? Por exemplo, ao ver uma cachoeira muito grande, você já sentiu medo? Alguns elementos naturais imponentes como esse causam sentimento de reverência e respeito.

A busca pela beleza e atração nos espaços sempre foi natural do ser humano. Locais bonitos estimulam nossa curiosidade e imaginação. Ao passo que locais que demonstram a engenhosidade humana geram confiança e autoestima. Espaços fechados e cobertos transmitem segurança e acolhimento. Já lugares muito complexos, com excessos de cores e formas podem causar confusão.

Se você pretende aplicar estes preceitos no seu projeto, a primeira coisa a fazer é prestar atenção nos sentimentos que você deseja gerar. Com um propósito definido, é mais fácil alinhar quais aspectos serão mais importantes.

A biofilia é uma forma de criar espaços que respeitam as pessoas. Ela transforma a nossa relação com o ambiente construído, além de garantir vantagens econômicas, sociais e ambientais. Desta forma, percebemos que a biofilia é também uma grande aliada da sustentabilidade.

Entre em contato com a equipe da ARCHSCAPE e garanta um projeto alinhado às suas expectativas, com soluções criativas e modernas.