Você sabia que o Cerrado é a segunda maior formação vegetal brasileira e um dos biomas de maior diversidade florística do planeta? No entanto, as espécies nativas são raras nos viveiros e os jardins e casas por aqui são, normalmente, decorados com espécies exóticas, vindas de fora.

Na contramão, o paisagismo contemporâneo busca cada vez mais expandir suas funções e contemplar não apenas a estética, mas também proporcionar qualidade ambiental, buscando equilíbrio ecológico ao ecossistema em que o projeto está inserido.

Dentro dessa narrativa, é comum encontrarmos projetos que procuram incorporar o uso de espécies nativas, em detrimento das tradicionais exóticas que dominam o mercado paisagístico.

Neste artigo, vamos apresentar para você o potencial paisagístico do Cerrado brasileiro, quais são as suas principais características e porque ele é subestimado. Acompanhe!

A savana brasileira

Árvores pequenas e retorcidas, às vezes com a casca dos troncos transformada em carvão pela passagem do fogo, em meio a um tapete de capim… Quem já viu logo reconhece o cerrado, a savana brasileira. Na África e na Austrália, os dois outros continentes em que o bioma é característico, as savanas formam paisagens muito parecidas.

Mas a semelhança é superficial, já que o cerrado tem uma biodiversidade maior a ponto de estar na lista de 34 áreas no mundo com maior riqueza de espécies, e sob ameaça de extinção.

O bioma Cerrado abrange 13 estados brasileiros, em uma área de cerca de 200 milhões de hectares, sendo a savana mais rica em diversidade do mundo e o segundo maior bioma do país. Posicionado na região central do Brasil, faz limite com a Mata Atlântica, a Floresta Amazônica, a Caatinga e o Pantanal.

Por ser um bioma bastante extenso, a vegetação do Cerrado não possui um único aspecto. É possível encontrar, ao longo de sua extensão, diversas fitofisionomias (aspectos da vegetação de uma região), nas quais há uma variedade de tipos de solo, clima e relevo.

Esse bioma conta com uma vegetação bastante diversificada, que varia das formas campestres às formações florestais densas. São encontradas no Cerrado cerca de 11627 espécies nativas, das quais 4400 são endêmicas, ou seja, existem apenas em um determinado local.

As árvores encontradas no Cerrado podem alcançar até 20 metros de altura. Em áreas de chapadões, são encontrados cactos e orquídeas. Em virtude da grande incidência solar na área abrangida por esse bioma, sua vegetação apresenta cores que variam do tom verde aos tons amarelados.

É importante ressaltar também que o bioma Cerrado compreende uma área formada por diversas bacias hidrográficas e por grandes aquíferos, representando cerca de 8% da disponibilidade de água a nível nacional.

Burle Marx e a sua paixão pelo cerrado como paisagismo

Os jardins de Burle Marx são um marco no paisagismo brasileiro. Com extenso trabalho em parceria com Oscar Niemeyer, trouxe um novo ar ao paisagismo, criando jardins mais orgânicos através do uso de curvas e de plantas nativas, explorando como ninguém as plantas do cerrado.

Burle Marx também criou um estilo novo, ao tratar jardins como telas tridimensionais. Em seus projetos, cores, texturas e desenhos se unem para criar uma experiência estética que em nada deve à arquitetura dos grandes mestres. A ruptura com as inspirações europeias que reinavam na jardinagem do país foi um dos maiores legados deixados pelo paisagista.

Como grande amante das plantas, Burle Marx viajou por todo o país explorando as vegetações e colecionou e catalogou milhares de espécies de plantas brasileiras, que empregava em seus jardins. Trabalhava com madeira de demolição nos parques e jardins que projetava, utilizando os tradicionais mosaicos e painéis de azulejos, referência da colonização portuguesa.

Em Brasilia, na Praça dos Cristais por exemplo, pode-se constatar todas essas características e ainda uma primorosa composição com plantas do cerrado, em especial os Buritis e as Guarirobas.

Cerrado brasileiro no paisagismo

Praça dos cristais de Burle Marx

Quer conhecer algumas das espécies do cerrado usadas pelo mestre do paisagismo em seus projetos? Confira:

  • Guaimbé: com folhas espetaculares, gigantes e profundamente recortadas, o Guaimbé é uma planta escultural, diferente. Possui uma coloração verde escura e muito brilhante.
  • Cambará: conhecida popularmente como camará, cambará, camaradinha ou latana, é uma planta ornamental simples, mas que traz um colorido especial ao ambiente, além de ser uma planta resistente e versátil. O camará é um bom exemplo do aproveitamento econômico da biodiversidade brasileira. Pouco tempo atrás, era considerada apenas uma invasora de pastos e lavouras.
  • Jacarandá: Trata-se de uma belíssima árvore com folhas bem miúdas e intensa floração lilás no início da primavera. É largamente utilizada na arborização urbana tanto pelas características ornamentais, quanto pelas suas raízes não agressivas e pelo rápido crescimento.
  • Trapoeraba Roxa: uma das favoritas de Burle Marx para criar manchas e contrastes. É uma planta bem rústica e de fácil cultivo, que cria um diferencial no jardim que vale a pena usar, tirando partido de sua cor, um roxo intenso, perene em todas as épocas do ano.
  • Corticeira: Trata-se de uma árvore descídua e que floresce justamente quando caem as folhas, com suas “espadinhas” vermelhas que parecem flutuar em meio à galhada. Pode-se admirá-la nos famosos jardins de Inhotim, cujos espaços tiveram a mão do grande mestre.

O potencial do cerrado brasileiro

Cerca de 200 espécies nativas do Cerrado apresentam não só potencial econômico, mas também medicinal. Segundo pesquisadores da Universidade de Brasília, espécies como alfavaca, assa-peixe, mangaba, erva-cidreira e poejo possuem fins terapêuticos. Algumas dessas espécies, inclusive, já foram patenteadas por indústrias farmacêuticas.

Além disso, o potencial paisagístico da flora do cerrado é imenso. Do ponto de vista da preservação do meio-ambiente, os jardins com plantas nativas trazem diversas vantagens. Com a sua diversidade de espécies de plantas, o cerrado pode oferecer combinações que resultam em jardins floridos ao longo de todo o ano, com grande potencial de floração inclusive em períodos de seca.

A diversidade de espécies também ajuda a atrair diferentes insetos, criando um solo rico em microrganismos. Isso tudo resulta em jardins mais resistentes e equilibrados.

Destacamos 8 espécies de ampla distribuição e exclusivas do Cerrado mais apropriadas para o paisagismo, além de algumas curiosidades sobre sua ocorrência, reconhecimento e aplicabilidade de uso. Veja!

  1. Ipê-amarelo

Embora no tamanho esta árvore seja considerada pequena (de 4 a 10 metros de altura), é na beleza e na cor de suas flores que ela chama atenção. Indiscutivelmente, é a espécie de ipê mais cultivada em praças e ruas das cidades brasileiras, atém em função do forte apelo ornamental (sobretudo quando floresce). Por causa de seu porte pequeno, tem a vantagem de ser plantada sob a fiação elétrica sem causar qualquer tipo de dano.

Além dessas características quase inerentes, a madeira dos ipês-amarelos tem vários tipos de aplicação, seja em ambientes externos (postes, peças para pontes, tábuas para cercas e currais) ou internos (na confecção de tacos e tábuas para assoalhos, rodapés, molduras entre outros).

  1. Jerivazeiro

O jerivá é rico em Omega 3, 6 e 9 e tem muita vitamina A, entre 4 e 7 vezes mais do que o Buriti. O uso do óleo retirado das amêndoas pode ser utilizado na indústria alimentícia, cosmética e na fabricação de biocombustíveis. A planta também é uma ótima opção para impermeabilização e revestimentos. Além disso, é altamente  utilizada em projetos de paisagismo em jardins, ruas e praças e para a recuperação de áreas degradadas.

  1. Mangaba

A mangabeira é uma árvore rústica que pode chegar a dez metros de altura. Sua copa larga e arredondada forma boas áreas de sombra nos períodos em que floresce e frutifica. A espécie tolera a seca e se desenvolve bem em colos ácidos e pobres e nutrientes. O fruto pequeno tem um formato similar ao da pêra, polpa branca, cremosa, de origem tupi-guarani, significa “coisa boa de comer”.

De modo geral, as flores da mangabeira aparecem principalmente de agosto a novembro, mas muitas florescem antes do tempo. Por esse motivo, há frutos nas árvores praticamente o ano todo, dependendo da região. Porém, a maior parte da produção de frutos ocorre entre outubro e abril.

Sua polpa pode ser consumida madura in natura e é matéria-prima para a produção de deliciosos produtos beneficiados como geleias, compotas, sorvetes, licores, vinho, entre outros. O tronco e as folhas da mangabeira ainda fornecem um látex conhecido como “leite de mangaba”. Tal leite tem propriedade medicinais, sendo utilizado no combate a tuberculose e para o tratamento de úlceras.

  1. Baruzeiro

Imperiosa árvore nativa do Cerrado brasileiro, infelizmente está ameaçada devido à extração predatória de madeira, que possui reconhecida resistência e qualidade, com propriedades fungicidas. Esta planta imponente, com copa densa, pode alcançar mais de 20 metros de altura.

O seu fruto é protegido por uma dura casca e, no interior, encontra-se uma amêndoa de sabor parecido com o do amendoim, de alto valor nutricional e muito apreciada. O baru possui cerca de 26% de teor de proteínas, mais do que o coco-da-bahia e castanha de caju. O fruto pode ser utilizado integralmente, resultando em polpas de fruta, óleos, farinha, manteiga e tortas. A ele são associadas propriedades afrodisíacas. Também são conferidas ao óleo de baru propriedades medicinais e anti-reumáticas.

A casca da amêndoa também pode ser usada para a produção de carvão ou mesmo utilizada em substituição à brita em calçamento, devido à sua resistência.

  1. Pequizeiro

Destaca-se por sua capacidade de desenvolver-se em solos pobres em minerais, a árvore pode atingir até 12 metros de altura, entretanto, essa característica depende muito do ambiente em que é encontrada.

Essa planta pode viver até 50 anos e sua floração ocorre normalmente entre setembro e novembro, e os frutos iniciam seu crescimento entre outubro e fevereiro. O pequi é um fruto muito conhecido e apreciado na cozinha local, apresentando um sabor e cheiro bastante característicos. É muito consumido em pratos típicos, como arroz com pequi e galinhada, além de serem utilizados para a produção de geleias, doces, ração e retirada e óleo.

Além do fruto ser usado na alimentação outras partes da planta podem ser aproveitadas. As folhas, por exemplo, são utilizadas no tratamento de micoses e na diminuição dos efeitos causados pela quimioterapia. Possui, portanto, propriedade terapêutica. Além disso, o tronco tem sido usado para fabricação de móveis, construção civil e até mesmo produção de carvão.

  1. Buriti

É uma planta que pode alcançar até 30 metros de altura. A espécie é encontrada com frequência nas veredas, importante fitofisionomia do Cerrado. O buriti floresce quase o ano inteiro, mas principalmente nos meses de abril a agosto e a produção de frutos é intensa.

O buriti também fornece palmito comestível, mas pouco utilizado. O óleo da polpa é usado para frituras e sua polpa, depois de fermentada, se transforma em vinho. Também é possível encontrar produtos beneficiados como doces e picolés.

O buriti também tem um alto potencial para artesanato e ornamentação. A madeira pode ser utilizada em áreas externas da casa, as fibras de suas folhas podem ser utilizadas na confecção de esteiras, cordas e chapéus. Sua amêndoa resistente também é utilizada para pequenas esculturas.

  1. Pau-de-leite

Chamada também é janaúba, pau-santo, tiborna, sucuuba e raivosa, a planta leiteira pode ser encontrada em diversas regiões do Brasil, principalmente no Sudeste, Norte e Nordeste, chegando até 3 metros de altura.

Devido às suas folhas e flores vistosas, é altamente indicada para ornamentação de jardins e vias públicas. Também é uma planta medicinal conhecida por suas propriedades cicatrizantes, analgésicas, anti-inflamatórias e germicidas.

Formada por grandes folhas verdes e delicadas flores, produz um látex lenhoso – matéria prima do leite de janaúba – muito utilizado em tratamentos caseiros. É muito parecida com o famoso Jasmim Manga (Plumeria rubra), com a vantagem adicional de ser nativa.

  1. Guariroba

Da guariroba é possível se aproveitar quase tudo. O caule é utilizado como madeira na construção civil e as folhas são utilizadas na alimentação de animais e cobertura de casas. No interior dos frutos há uma castanha muito apreciada pela população local, que serve de complemento na alimentação do gado, além de ser utilizada na fabricação de doces, licores e sorvetes. Da castanha é retirado um óleo comestível, que também pode ser utilizado na indústria de sabão. Palmeira muito utilizada como planta paisagística, é comum vê-la fazendo parte de parques, jardins e praças de municípios da região Centro-Oeste do Brasil.

Se você ficou interessado em um projeto paisagístico que valorize as plantas brasileiras, acesse o site e entre em contato conosco!

Com a ARCHSCAPE você tem à disposição um escritório de arquitetura multidisciplinar que projeta espaços construídos em sintonia total com a natureza, desde a elaboração e crítica do projeto, passando pelas soluções conceituais e construtivas até a colaboração e apoio durante a execução da obra!

A qualidade de vida tem bastante relação com o tipo de espaço que frequentamos. Isso inclui os ambientes usados para trabalho, estudo, passeio e, principalmente, o próprio lar e suas áreas externas.

Por falar nisso, a casa talvez seja o lugar mais importante nesse aspecto – ainda mais em tempos de pandemia – já que é onde passamos boa parte do dia e desfrutamos de muitos momentos de folga voltados ao lazer.

Ter uma área de lazer é um privilégio. Transformar esses locais em um espaço de relaxamento e convivência, com personalidade, tem deixado cada vez mais as pessoas interessadas em investir nessas áreas.

Mas, afinal, por que tanta gente cultiva um carinho tão especial pela área de lazer? Muitas vezes, o segredo está em uma composição bem pensada, que permita ao morador aproveitar a casa ao máximo.

Neste artigo vamos falar sobre a importância de contar com uma área externa planejada e os benefícios que ela pode trazer para o dia a dia. Além de dicas imperdíveis sobre quais móveis usar nestes espaços. Vem com a gente!

Importância e vantagens de investir nas áreas externas da casa

Hoje em dia o mercado oferece diversos empreendimentos com opções de área de lazer, seja em condomínios ou em casas. A escolha de um imóvel com essas características oferece vários benefícios para toda a família, como a melhora da qualidade de vida, segurança e mais economia nos gastos com entretenimento.

A rotina pode ser muito estressante, tanto para os adultos com suas responsabilidades profissionais e pessoais, quanto para as crianças e adolescentes que se dedicam nas atividades escolares e tarefas extras. Dessa forma, morar em um local que ofereça uma área de lazer completa e aconchegante auxilia no relaxamento e bem-estar de todos.

Mais valorizada do que nunca, a área externa é hoje sinônimo de vida saudável, liberdade segura ao ar livre e opção de lazer e entretenimento sem quebrar o isolamento social. Ou seja, o que antes era uma tendência, hoje é necessidade.

No artigo “Como um projeto da área de lazer e paisagismo podem fazer a diferença na casa”, nós mostramos como uma área de lazer, aliada ao paisagismo, reflete diretamente na beleza e funcionalidade do seu projeto, somando na qualidade de vida e conforto.

Deixar varandas, pergolados, áreas exernas de lazer, área gourmet e ambientes de fora em geral mais belos e aconchegantes é, de fato, um investimento na saúde física e mental da família. Para isto, a escolha do mobiliário adequado é fundamental.

Você pode fazer isso com a ajuda de um arquiteto paisagista, como os profissionais da ARCHSCAPE. Porém, se resolver fazer sozinho, será necessário um pouco de paciência e algumas horas de trabalho para deixar a sua área externa com um visual incrível – mas nada é impossível.

O que levar em conta ao escolher o mobiliário para áreas externas?

Para que a sua área externa seja aquilo que você realmente sonhou, é muito importante pensar na utilização do espaço. Portanto, a primeira coisa a ser feita é observar a área. Pense em situações agradáveis que você gostaria de desfrutar neste espaço: um vinho com os amigos, uma noite de lareira e jogos, assistir um filme ao ar livre ou apenas contemplar uma noite estrelada.

Um dos prontos mais importantes na hora de escolher os móveis para áreas externas é o material de fabricação, afinal, é preciso que o móvel seja resistente e consiga suportar a ação do tempo, pois ficará exposto a todo tipo de intempéries.

Confira quais são os materiais mais indicados!

Alumínio:

É bonito, eficiente e uma boa opção por ser leve, fácil de limpar e não perder a cor com o tempo. Espreguiçadeiras, mesas e cadeiras resistem bem ao vento, sol e chuva. Uma dica é optar pela cor natural, pois a pintura deste material, ao longo do tempo, pode descascar.

Madeira:

Esses móveis podem durar muitos anos quando bem cuidados, mas requerem cuidados tanto na escolha do tipo de madeira, quanto no tratamento e manutenção ao longo dos anos. O ideal é verificar com a loja se a madeira já vem tratada, pois não é um procedimento fácil de fazer.

Ferro:

São duráveis, resistentes e não dedicam tanto tempo de cuidados. Mas, assim como a madeira, é necessário tratamento adequado para que esses móveis resistam ao calor, chuva, vento sem que deteriorem.

Antes de comprar, observe o acabamento e revestimento do móvel. Para não ter erro na hora da limpeza, evite produtos abrasivos.

Tecidos:

Sempre que se tratar de áreas externas, principalmente se não há cobertura, opte pelos tecidos impermeáveis ou impermeabilizados. Esqueça tecidos como seda e veludo, opte por couro náutico e vinil, por exemplo. Quando os móveis não estiverem em uso, vale usar uma capa para protegê-los.

Corda náutica:

Por ter uma resistência muito maior que outros materiais aos efeitos do tempo – como chuva, vento, sol ou maresia -, a corda náutica pode ser usada para fazer tapetes, bancos, balanços e até biombos.

Com uma estética moderna, tem um design extremamente flexível e mutável, podendo ser moldado em diversos móveis.

Dica extra:

Se há espaços protegidos do sol e do tempo, você pode usar as fibras naturais, como linho e algodão, pois são leves e versáteis.

Mobiliário para áreas externas

Itens indispensáveis para áreas externas funcionais e bonitas

Como já dissemos anteriormente, pensar na funcionalidade da área externa é fundamental na hora da escolha dos móveis. Tenha em mente que espaços harmônicos e bonitos precisam ter um mobiliário proporcional ao seu tamanho, que permita uma melhor usabilidade e circulação de pessoas.

Como móveis muito grandes passam a sensação de que o espaço é menor, o ideal é optar por elementos que sejam ao mesmo tempo leves, sofisticados e robustos.

Confira algumas opções de móveis para área externa:

Bancos: podem ser poltronas, bancos retos, espreguiçadeiras e sofás. Apenas lembre-se de optar pelos materiais resistentes às ações climáticas e também ao tempo.

Fogareiro: trata-se de uma bacia metálica para colocar lenha e acender o fogo. Ideal para tomar um vinho ao ar livre nos dias mais frios.

Vasos: além de suporte para as plantas, dão um charme ao local e podem ser encontrados em vários formatos, tamanhos e materiais.

Poltronas com estrutura metálica e fibras de PVC: elas são tendência neste ano. Além disso, você também pode incluir balanços (somente assento ou com encosto) e as tradicionais redes, que devem continuar em alta por um bom tempo.

Outro ponto importante a ser considerado nas áreas externas é a iluminação. Com uma infinidade de opções, ela deve ser pensada de acordo com o design e a função. Uma boa iluminação é capaz de transmitir diversas sensações, seja para um ambiente bem iluminado ou mais intimista, de acordo com a sua necessidade.

Ficou interessado? A equipe da ARCHSCAPE pode lhe ajudar com projetos personalizados e criativos. Acesse nosso site e fale conosco!

É quase uma unanimidade: durante o inverno as pessoas preferem ficar no conforto de seus lares do que passando frio em uma área externa. Porém, isso não significa que a área de lazer da sua casa de campo não possa ser igualmente receptiva, bastam alguns ajustes necessários e este pode se tornar o melhor lugar da casa.

É fato que a área externa de lazer de uma casa costuma ser utilizada no período mais quente do ano e o espaço acaba ficando “esquecido” por meses a fio. Porém, há uma série de artifícios aos quais você pode recorrer para maximizar a utilização da área de lazer da sua casa de campo no inverno. Você tem dúvidas?

O inverno também é a temporada para olhar para fora das residências. Embora com um gradiente térmico mais baixo, o céu aberto e a ausência de chuvas são as condições favoráveis para a reforma das áreas externas.

É um bom momento para avaliar as alterações estruturais, como possíveis rachaduras nos ambientes, a substituição de revestimentos e possíveis impermeabilizações na piscina. Renovar os móveis também pode se configurar como uma vantagem econômica, já que a baixa temporada favorece preços mais atrativos no mercado.

Pensando em ajudar a valorizar esse espaço, preparamos esse artigo para você mostrando como aproveitar a área externa de lazer da sua casa de campo mesmo nos meses mais frios. Vem com a gente!

Revestimento ideal para um ambiente mais aconchegante

A chegada do inverno aumenta a vontade de ficar em ambientes aconchegantes para assistir um filme, ler um bom livro ou, para os mais habilidosos, até se aventurar na culinária. Por isso, ambientes para aproveitar a sua casa de campo durante as estações frias não devem ser uma questão de improviso. As opções de lazer para as temperaturas mais baixas, na verdade, devem estar previstas nos projetos dos arquitetos.

Não há nada pior do que acordar de manhã em um dia frio e colocar o pé no chão gelado, não é mesmo? Isso porque alguns tipos de piso não retêm calor, tornando-os uma péssima opção para a sua casa de campo. Neste caso, o uso de materiais como os decks de madeira, são indicados para deixar o local aquecido e com um ar mais despojado.

A madeira em geral é uma boa opção, já que a limpeza e a manutenção são feitas de forma simples se bem especificados, mas não é a única. Outra opção nesses casos é o modelo feito de bambu, quem além de ser mais ecológico, tem resistência à umidade. Tanto a madeira quanto o bambu precisam ser corretamente especificados com seus respectivos encaixes e interfaces com a superfície de apoio, sob pena de terem seu tempo de vida encurtado.

Você também pode tornar um espaço ainda mais convidativo com um forro de palha ou bambu no teto. O revestimento pode ser utilizado em qualquer cobertura, menos sozinho, já que não é impermeável. Além do conforto climático, traz também mais conforto estético ao lugar. O revestimento ainda pode ser utilizado em outros locais, como paredes, bases de balcões, móveis e rebaixamentos.

Invista em um jardim de inverno

Ter na sua casa de campo um bom espaço que receba a luz solar é um dos principais diferenciais para quem está à procura de um imóvel e não abre mão da qualidade de vida. Um solário, também conhecido como jardim de inverno, é um ambiente sofisticado, natural e moderno. Nele, além de tomar sol, é possível relaxar com a família e cultivar momentos deliciosos.

Seja para se divertir, fazer um happy hour com os amigos ou ampliar a área de lazer da sua casa de campo, uma coisa é certa: o solário realmente melhora a qualidade de vida dos moradores. Afinal, a área traz uma integração mais saudável com o cenário externo. Isso porque privilegia o contato com a natureza e com o sol.

Como o próprio nome diz, o solário é aquela área da casa destinada a receber a luz do sol. Sua estrutura pode ser feita de diversas formas para ser aproveitado tanto em dias de sol, quanto em dias chuvosos. Com isso, é possível construí-lo com esquadrias de alumínio, vidro, madeira e blocos de concreto, por exemplo.

Este espaço pode ser adaptado tanto para áreas externas, quanto internas da casa. Nos fundos ou terraço, a estrutura é versátil e pode ser coberto ou a céu aberto. Dá até mesmo para contemplar uma piscina ou hidromassagem. O importante é garantir que seja apropriado para receber a iluminação solar.

Em lugares internos, vale muito a pena integrar o espaço com uma boa mesa para café ou biblioteca para leitura. Dessa forma, proporciona aquele cantinho ideal para descansar, estudar ou se preparar para um dia de trabalho. Nesse caso, o solário de vidro com o teto aberto possibilita olhar as estrelas ou ver o pôr do sol todos os dias. Um cantinho realmente especial!

Importante é se atentar ao correto controle da ventilação natural, para que no verão ele não se torne uma verdadeira estufa. Utilizar a correta orientação solar e ventilação cruzada com controle, são as orientações, mas que devem ser estudadas desde os primeiros traços do projeto.

Já na área externa, pode-se apostar em um belo jardim, com horta, flores e várias plantas pelo local. Também há a possibilidade de incluir uma piscina e itens para um spa day, já pensou? Vale ressaltar que se feito fora de casa, é essencial que os móveis escolhidos para a sua decoração sejam mais resistentes, por conta da influência direta do sol e da chuva.

Quais plantas usar, afinal?

Existem muitas espécies de plantas para jardim que podem deixar sua área externa – ou interna – verde e perfeita para relaxar e desfrutar da natureza. Mas, para ter um espaço funcional e sempre belo, é importante levar em consideração as características das vegetações escolhidas, como necessidade de manutenção, resistência ao sol, à chuva, porte e tipo de cultivo. E quando falamos de curtir o espaço no inverno, obviamente queremos ver a exuberância do jardim também nesta estação.

Pensando assim em valorizar o jardim no inverno, algumas  árvores são excelentes opções, como a Pata de Vaca, Ipê Roxo e Mulungu. A primeira começa a florir em maio e adentra junho. O Ipê Roxo começa em junho, cai todas as folhas e fica lindíssimo todo roxo. A árvore Mulungu (Erythrina speciosa) é especialmente interessante pelo fato de, além de ser caducifólia e florir no inverno, sua galhada delicada cria uma textura bem interessante contrastando com as flores em formato de espadinhas. Já para os arbustos que tem floração no inverno, temos a Gardênia, com suas flores brancas e perfumadas, a Falsa Íris, com belas flores cor lilás e mais no finalzinho do inverno a Clivia, uma das poucas herbáceas de sombra que dá flores, estas alaranjadas.

Área de lazer em integração com outros ambientes

De que adianta estar em meio à natureza, se você não consegue apreciá-la a qualquer momento? Aposte em janelas amplas que facilitem a visão da parte externa. E se o projeto permitir, invista em paredes e corredores de vidro. Esses elementos dão a sensação de integração com o entorno da casa, trazendo ainda mais conforto e tranquilidade.

Cobrir e vedar a área externa da sua casa com janelas e portas amplas, ou paredes de vidro, vai deixá-la mais agradável nos meses mais frios do ano.

O ideal é utilizar uma estrutura translúcida, permitindo que haja incidência de luz solar – isso, aliás, é essencial se você deseja que o ambiente fique mais quente no inverno. Ao vedar, você reduz o frio, já que impossibilita a troca de calor entre o ambiente interno e o externo. O ideal é ter o controle de iluminação natural por meio de brise soleil ou muxarabis, que consistem em elementos arquitetônicos que são projetados para controle da luz solar, de acordo com a latitude do terreno e a orientação solar. Bem projetados, estes elementos deixam o sol entrar controladamente no inverno e barram os raios no verão, propiciando o desejado equilíbrio de conforto térmico.

Em muitos casos, o que impede a utilização da área externa da casa não é o frio em si, mas o vento. Muitas vezes, portanto, investir em vedar a estrutura é o suficiente para mitigar o problema. Um artifício por exemplo é especificar um guarda-corpo de vidro mais alto, cerca de 1,80 m para se proteger dos ventos gelados, como se faz nos rooftops de lazer dos edifícios residenciais.

Essas estruturas são excelentes para acabar por completo com a incidência de vento em um local, e são altamente recomendadas para casas que estão em regiões mais altas, nos quais o vento é muito forte.

Escolha os móveis adequados para cada ambiente

Na hora de escolher os móveis deixe os modelos feitos de ferro passarem longe! Novamente, madeira e bambu são os mais indicados. Dependendo do espaço disponível, você pode dar ainda mais conforto colocando um sofá ou conjunto de poltronas. Neste momento você também deve pensar nos estofados e almofadas, que são essenciais para deixar o local mais aconchegante.

O ideal é optar por tecidos feitos de lã, pois ajudam a esquentar e manter o calor. É claro que nada impede de entregar mantas para os convidados, caso as temperaturas estejam muito baixas. O cobertor pode, inclusive, ser utilizado como parte da decoração do sofá.

Use mantas de texturas fartas espalhadas por cadeiras, bancos e poltronas, e cortinas, especialmente as de tramas mais fechadas. A dica é optar pelos modelos duplos, com a parte externa feita de tecido impermeável. No inverno, a ideia é trocar a cartela de cor da área de lazer.

Os tons mais escuros e fechados têm tudo a ver com os dias mais frios, por isso, escolha os tons terrosos, que remetem ao aconchego. Você não precisa trocar todos os móveis, basta incluir através dos acessórios, como mantas, almofadas, tapetes e cortinas.

Os tecidos, em geral, já dão a sensação de lugar mais aconchegante. Ao contrário do que muita gente pensa, não há nada de errado em usar tapetes e cortinas na área externa, muito pelo contrário. Basta evitar que fiquem desprotegidos da chuva.

De acordo com a National Energy Foundation (NEF) – uma fundação inglesa que incentiva o uso eficiente de energia – 10% do calor de uma residência é perdido através do piso. No inverso, os tapetes cumprem uma função isolante, evitando essa perda de calor e mantendo os espaços mais aquecidos.

Dessa forma, os tapetes em pergolados, áreas gourmets, varandas e terraços cobertos, dão a sensação de conforto estético e ainda conferem mais estilo ao conjunto, ajudando a valorizar os móveis.

Incluir uma bela mesa de chá também é uma ótima opção para sua área de lazer de inverno. Deixe uma caixa com vários sabores da bebida por perto, bem como jogos de louça bem bonitos. É uma delícia bastante saudável para ajudar a aquecer as tardes frias.

Você pode acrescentar também uma boa mesa de jogos, forrada com camurça verde, bem tradicional. Coloque à disposição uma caixa de jogos, com baralhos, dados e jogos de tabuleiro. É uma ótima opção para chamar os amigos e animar noites frias!

Aposte em lareiras externas

Se ainda assim o frio por muito intenso, uma boa ideia é instalar uma lareira na área externa. Existem modelos variados, desde os que queimam lenha aos ligados a gás ou por álcool gel. O ideal é avaliar primeiro a área disponível: os que necessitam álcool gel podem ser utilizados em pequenos espaços.

O que utiliza lenha precisa de uma área maior e mais aberta por causa da fumaça. O mais importante em relação ao modelo a gás é lembrar que este precisa devidamente ser previsto no projeto de instalações.

As lareiras de chão também são uma sensação para áreas de lazer no inverno. Há uma infinidade de modelos – inclusive sustentáveis à gás ou com pedras vulcânicas – que podem ser colocados com total segurança sobre um deck de madeira ou, até mesmo, no gramado.

É uma ótima oportunidade para reunir os amigos em torno do fogo, seja para uma roda de violão, tomar um bom vinho, jogar conversa fora ou apenas apreciar o céu.

A iluminação certa faz toda diferença

O paisagismo tem lá seus segredinhos, e criar um clima especial através da iluminação é um deles! As lâmpadas de tonalidade branco frio aumentam a atenção e o foco, por isso já não são indicadas para locais de relaxamento. Elas também dão a sensação de frieza ao ambiente, que se torna ainda mais evidente nos espaços abertos.

A dica é trocar as lâmpadas por tonalidades quentes, como as amareladas, que são mais propícias ao lazer e dão a sensação de conforto. Outra sugestão é colocar os focos de luz mais baixos, o que traz mais aconchego.

A verdade é que não existe um padrão que deva obrigatoriamente ser seguido, mas essas dicas ajudam a compor o visual de uma casa de campo desenhada para pessoas que querem um refúgio. Entender os desejos e as necessidades do cliente é o caminho inicial e somar isso as ideias de espaços e conceitos, ajuda a tornar o projeto único e diferenciado.

Essas são apenas algumas ideias para ajudar na construção de uma casa de campo. Se você se interessou e quer aprofundar o assunto, entre em contato com a ARCHSCAPE! Contamos com uma equipe experiente e criativa, com as melhores soluções para o seu projeto.

Nós propomos um exercício para você que tem planta em casa: escolha uma e procure a sua origem. São grandes as chances de a resposta ser Ásia ou África. Isso porque, mesmo que o Brasil seja um dos campeões da biodiversidade no mundo, é fato que o paisagismo brasileiro é, na verdade, exótico.

Atualmente há um movimento no Brasil que busca por um “paisagismo ecológico”, que prioriza o estudo e o respeito às plantas nativas, preteridas por estrangeiras que um dia vieram ao Brasil e tomaram o seu lugar.

A estimativa, com base em alguns estudos de amostragem, é de que acima de 90% das plantas mais utilizadas no paisagismo brasileiro são exóticas.

Essa mistura de espécies gera uma série de problemas, tanto de ordem ambiental como cultural. Quando substituímos uma área de biodiversidade milenar por um conjunto de plantas estrangeiras, o resultado é um “holocausto ambiental”, extinguindo seres que estavam ali muito tempo antes.

Além disso, ao desconectar as pessoas do convívio com a vegetação nativa da região, elas deixam de valorizar essas espécies, causando um prejuízo em cascata.

Neste artigo, vamos um pouco sobre a biodiversidade da Mata Atlântica e como ela pode ser aproveitada em um paisagismo sustentável para casas com grandes terrenos. Confira!

Terra a vista… ou seria VERDE a vista?

Quando os portugueses chegaram ao Brasil por volta de 1500, o bioma que recepcionou as caravelas foi a exuberante e diversa Mata Atlântica. Este bioma ocupava uma área que correspondia a 15% do território nacional, mas hoje, restam cerca de 12,5% da floresta que existia originalmente.

É constituída, principalmente, por mata ao longo da costa litorânea, que vai do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.

A Mata Atlântica apresenta uma variedade de formações, engloba um diversificado conjunto de ecossistemas florestais com estrutura e composições florísticas bastante diferenciadas, acompanhando as características climáticas da região onde ocorre.

Cerca de 70% da população brasileira vive no território da Mata Atlântica. Se você reside nos estados litorâneos, é bem provável que o seu terreno já foi no passado um trecho dessa floresta.

As nascentes e mananciais abastecem as cidades, sendo um dos fatores que têm contribuído com os problemas de crise hídrica, associados à escassez, ao desperdício, à má utilização da água, ao desmatamento e à poluição.

Logo em seguida ao descobrimento, grande parte da vegetação da Mata Atlântica foi destruída devido à exploração intensiva e desordenada da floresta. O Pau-Brasil foi o principal alvo de extração e exportação dos exploradores que colonizaram a região e hoje está quase extinto.

O primeiro contrato comercial para a exploração do pau-brasil foi feito em 1502, o que levou o Brasil a ser conhecido como “Terra Brasilis”, ligando o nome do país à exploração dessa madeira avermelhada como brasa.

Outras madeiras de valor também foram exploradas até a extinção, como por exemplo, a tapinhoã, sucupira, canela, canjarana, jacarandá, araribá, pequi, jenipaparana, peroba, urucurana e vinhático.

Além da exploração predatória dos recursos florestais, houve também um significativo comércio e exportação de couros e peles de animais. Hoje, praticamente 90% da Mata Atlântica em toda a extensão territorial brasileira está totalmente destruída.

É a segunda floresta mais ameaçada de extinção do mundo. Este ritmo de desmatamento é 2,5 vezes superior ao encontrado na Amazônia no mesmo período, segundo o Instituto Brasileiro de Florestas.

Uma prática colonial

Os motivos que explicam a preferência pelas plantas exótica remontam os séculos de história brasileira, pois esta é uma tradição que veio a partir dos imigrantes que colonizaram o Brasil, no período da vinda da família real portuguesa.

O primeiro grande projeto de reflorestamento do país foi a floresta da Tijuca. Dom Pedro, na época, decidiu usar espécies das quais gostava – como a jaqueira, por exemplo.

Esse costume de reproduzir em terras tropicais os jardins europeus trouxe suas consequências comerciais. Como, na Europa, o cultivo de espécies ornamentais já era difundido, era mais fácil obter mudas e sementes das espécies exóticas do que se voltar a produção nacional.

A questão mercadológica tem grande peso na continuidade desta prática, deixando o paisagismo vinculado apenas à decoração e à estética, o que é apenas uma parte do paisagismo em si.

Confira algumas curiosidades sobre a Mata Atlântica:

  • 454 espécies de árvores por hectare — no Sul da Bahia;
  • Animais: aproximadamente 1.600.000 espécies, incluindo insetos;
  • Mamíferos, aves, répteis e anfíbios: 1361 espécies, 567 endêmicas;
  • 2% de todas as espécies do planeta somente para estes grupos de vertebrados;
  • 3% felinos.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério do Meio Ambiente, há, aproximadamente, 20 mil espécies vegetais que correspondem a mais de 30% das espécies existentes em território brasileiro.

A flora da Mata Atlântica conta com algumas das espécies mais conhecidas, como:

  • Ipês;
  • Guarapuruvu;
  • Cedro;
  • Jambo;
  • Peroba;
  • Briófitas;
  • Begônias;
  • Manacás;
  • Orquídeas;
  • Bromélias;
  • Jacarandá; e
  • Palmito-juçara.

Cabe mencionar que as variações ambientais acontecem em virtude da latitude, longitude e outras condições.

Agroecologia e paisagismo sustentável na busca pela preservação

Em meio a tantas áreas do conhecimento que vêm surgindo para nos apoiar nesta transição da humanidade para um momento de maior harmonia com a natureza, a agroecologia é sem dúvida, assunto importantíssimo a ser estudado por aqueles que buscam um paisagismo mais consciente.

O seu conjunto de técnicas de produção respeitam e imitam a natureza, usam os recursos disponíveis evitando o transporte de insumos a longas distâncias, eliminam o uso de químicos, tóxicos e poluentes para a produção de alimentos limpos e saudáveis.

A agroecologia apoia o paisagismo sustentável, levando em consideração a integração com a comunidade que cerca estes espaços e também trazendo um conjunto de técnicas que farão a diferença para uma integração ecológica.

Confira algumas estratégias úteis:

Escolha das plantas: valorizar a biodiversidade local é uma chave especial para mantermos a vida no planeta equilibrada. As plantas nativas são mais adaptadas ao clima e podem produzir alimento para a fauna local, como passarinhos e outros. Ainda, podem-se escolher espécies úteis como plantas medicinais, aromáticas, alimentícias ou que produzem materiais úteis para artesanato, construção, etc.

– O uso de cobertura morta, ou mulch: cobrir a terra com uma camada de material vegetal ajuda a proteger e enriquecer o solo progressivamente, manter a umidade e controlar as plantas espontâneas (conhecidas popularmente como ervas daninhas, que são, na verdade, como um curativo da natureza para solos descobertos e desprotegidos).

– Policultivos: plantar várias espécies em consórcio, misturadas. Um estudo sobre companheirismo pode mostrar plantas que se ajudam mutuamente e fazem o sistema ficar mais resistente e equilibrado. Policultura é o contrário de monocultura (o plantio de uma só espécie). Estas monoculturas precisam de estratégias para manter a sua permanência, e daí vem o uso de agrotóxicos, herbicidas e fertilizantes, pois o solo está sempre sendo exaurido. As policulturas ajudam a manter a qualidade do solo por muito mais tempo e proporcionam um melhor aproveitamento do espaço.

– Aproveitamento do espaço: o paisagismo sustentável ensina a planejar um design inteligente e eficiente para o uso dos espaços disponíveis da melhor forma. Uma estratégia comum é o uso de hortas verticais, que podem ajudar a produzir alimentos saudáveis em apartamentos, casas, restaurantes, escolas, etc.

– Controle ecológico de desequilíbrios: existem maneiras de proteger as plantas de insetos, fungos e doenças. A primeira estratégia é manter um solo rico e com boa estrutura, e os adubos orgânicos e húmus de minhoca podem, até mesmo, serem produzidos em casa ou coletivamente em condomínios.

Mas, afinal, quais espécies usar?

O paisagismo ecológico traz uma valorização cultural da propriedade e das áreas públicas, já que boa parte dos arquitetos paisagistas tem procurado adequar seus projetos às novas concepções ecológicas.

Alguns setores relacionados ao paisagismo ecológico têm surgido, como viveiros certificados de mudas nacionais, produtores de adubo orgânico, produtos de manuseio reciclável, entre outros.

Este novo movimento deve direcionar a atenção para o desenvolvimento de jardins com plantas nativas, no caso brasileiras, valorizando nossa riquíssima flora, colaborando assim com o aprendizado sobre a nossa natureza, bem como evitar a introdução indiscriminada de espécies exóticas, o que não se justifica em vista da enorme diversidade da flora brasileira.

A verdade é que o paisagismo ecológico é aquele que não parece feito pela mão do homem, mas pela própria natureza. Jardins que exigem cuidados excessivos é um desejo de imposição sobre a natureza que não cabe mais no século 21.

Além disso, um dos principais problemas aprontados pelos botânicos ao mesclar espécies de origens diferentes é a competição biológica, pois ao usar plantas exóticas, você pode usar uma espécie que se torna agressiva e compete com as nativas, substituindo-as.

Há uma perda da diversidade em função disso. Já entre as plantas nativas, esse problema não acontece, porque elas já estão bem ambientadas e, portanto, não são prejudiciais.

Por isso, é essencial que o arquiteto paisagista não hesite em aprender sobre a vegetação de um país.

Segundo o Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a flora brasileira é composta por 46.714 espécies reconhecidas. Excluindo algumas e fungos, sobram 36.239 espécies espalhadas pelo território. Dentro deste universo, o próximo passo é estudar.

A partir de um estudo prévio de campo e bibliográfico, é elaborada uma lista de espécies encontradas. Desta forma, é feito um projeto que respeite, da melhor forma possível, a biodiversidade e a reconexão cultural das pessoas com a paisagem, sem nunca deixar de lado a estética.

Ainda de acordo com o Jardim Botânico, as espécies do bioma Mata Atlântica que mais se popularizaram, são:

  • Açucena;
  • Manacá;
  • Filodendros;
  • Bromélia;
  • Clúsia;
  • Marantas;
  • Avenca;
  • Pitanguinha;
  • Dicorisandra;
  • Alpinea.

Roberto Burle Marx e o seu amor pela Mata Atlântica

Poucos sabem, mas Roberto Burle Marx – referência máxima do paisagismo brasileiro – nasceu em São Paulo, em agosto de 1909. Filho de imigrantes europeus, foi educado em lar privilegiado e culto. Roberto herdou dos pais o amor pela música e pelas plantas e, ainda na infância, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou sua própria coleção de espécies vegetais com apenas 8 anos.

Por causa de um problema nos olhos, o então jovem Burle Marx mudou-se com a família para a Alemanha, à procura de um tratamento. Embora tenha sido criado no Brasil, foi em terras alemãs que ele viu despertar sua paixão pela flora brasileira: ao visitar um jardim botânico com estufa de plantas de florestas tropicais, como a Mata Atlântica, ele ficou encantado e percebeu que seu futuro estava no paisagismo. Quando voltou ao Brasil, ele ingressou na Escola de Belas Artes incentivado pelo antigo vizinho Lucio Costa e assim começou a conviver com Oscar Niemeyer, Milton Roberto e outros profissionais que se tornariam conhecidos na arquitetura moderna nacional.

A admiração e o resgate de espécies nativas brasileiras, até então desconhecidas mesmo por botânicos, foi o grande diferencial do paisagista, que gostava de fazer incursões na mata, onde passava dias até voltar com um arsenal de bromélias, orquídeas, plameiras, fiodendros e monsteras que as pessoas não conheciam. Usando-as em seus projetos, ele inseria um toque fantástico e incomum nos jardins, que na época estavam cheios de pinheirinhos, gramas, buchinhos e azaléias – plantas que nada têm a ver com a nossa vegetação. Burle Marx teve uma presença e um trabalho totalmente biofílico (inserir artigo sobre biofilia), muito antes deste termo ter sido cunhado!

Se você deseja ter um jardim adequado às questões ecológicas, conte com a criatividade e experiência da equipe ARCHSCAPE. Acesse nosso site e tire suas dúvidas!

Certamente você é uma dessas pessoas que sempre busca o melhor para você e sua família. Isto acontece em várias situações, desde a escolha do seu médico, a escola dos seus filhos. Assim deve ser também na hora de contratar o seu arquiteto para um projeto de paisagismo.

Você precisa sentir segurança e afinidade também por este profissional. Você deve se sentir tranquilo com relação aos conhecimentos necessários que ele tem para resolver todas as questões que possam surgir tanto na fase de desenvolvimento, quanto execução do seu projeto.

Dependendo da complexidade, poderá ser composto por projetos: arquitetônico “hardscape”, plantio, de engenharia civil, hidráulico, elétrico; memoriais descritivos e botânicos, além de orientações para implantação e manejo de área. Se você tiver afinidade com o profissional, também sentirá mais liberdade para fazer as colocações e os pedidos que você desejar.

Neste artigo, vamos falar sobre os cuidados que você deve ter ao fechar com um arquiteto para fazer um projeto de paisagismo. Continue a leitura e veja o que você precisa saber para não cair em uma cilada e esteja preparado para todas as etapas. Confira!

O bom resultado no projeto de paisagismo depende de planejamento

O jardim pronto é apenas o resultado final de várias etapas do paisagismo, desde um simples vaso na sala até um complexo jardim com fontes de água que integram ambientes, o planejamento é fundamental para que tudo saia conforme o que foi idealizado.

Você quer uma área de lazer para a sua casa, casa de campo, comércio, escritório? Quais espaços de lazer você deseja? Vai ter piscina, espelho d´água, fonte? Como arranjar o layout desses espaços?  Quais os mobiliários que ficam adequados? Quais os revestimentos mais recomendados? Quais são as plantas mais indicadas para cada um desses ambientes? Qual planta é de sol ou de sombra? Haverá irrigação?  As plantas serão colocadas em vasos? De qual tipo, cor e tamanho? Quais são os valores de mercado de todos esses materiais?

É um processo que requer muita informação técnica importante, além de procedimentos como a elaboração dos projetos para documentação das etapas, contatos com fornecedores, estudo de ambiente para checar a viabilidade das intervenções e entregas.

Dessa forma fica mais fácil de entender como um jardim bonito é apenas a ponta de uma série de processos. Ao contratar um projeto de paisagismo, é preciso ter em mente que todo esse caminho será trilhado com o profissional da sua escolha.

Avaliar a experiência e o portfólio do profissional antes de contratar ajuda a evitar problemas ao longo do processo. Você pode procurar por antigos clientes para saber mais detalhes do serviço prestado.

O trabalho do arquiteto paisagista é entrar na mente do cliente para colher as principais informações a respeito da composição do projeto. E esse não é um processo que é feito em uma conversa de 5 minutos, nem em troca de mensagens rápidas pelo celular.

Durante o processo de elaboração do projeto de paisagismo, o cliente e o profissional precisam de algumas reuniões para alinhar detalhes e expectativas. Um projeto não é um produto pronto, é um processo de criação em conjunto, através do conhecimento do arquiteto paisagista, sobre as expectativas do cliente.

Ao contratar um serviço de paisagismo, é preciso ter em mente que precisará ter disponibilidade para reuniões. A relação entre paisagista e cliente é como um “casamento”, para colher os frutos dessa união, é preciso conversa, compreensão, confiança e comprometimento.

Para te ajudar na hora de escolher o profissional para o seu projeto de paisagismo, elaboramos um roteiro. Veja só:

4 perguntas que você deve fazer antes de fechar o projeto de paisagismo

  1. Qual o seu nível de experiência?

Desenvolver e executar um projeto de paisagismo vai muito além de simplesmente fazer um belo jardim. O profissional que você está contratando deve ser capaz de, primeiramente, ter soluções criativas para as mais variadas características que a área a ser trabalhada tenha.

Além de trabalhar em conformidade com todas as questões legais da profissão e também que um projeto exija. Por isso, confira suas credenciais! Anos no negócio e experiência fazem toda a diferença para que você alcance os melhores possíveis.

  1. Qual é a extensão do escopo de seus serviços?

Alguns profissionais só prestam um tipo específico de serviço e se limitam ao projeto de plantio, por exemplo. Mas, além disso, tem os trabalhos de modelagem de terreno, projeto dos elementos construídos, como caminhos, muretas, fontes, piscinas, pergolados, etc. Se você busca por algo mais elaborado e personalizado, fique atento a isso!

  1. Está incluso o acompanhamento de execução?

Ter uma boa administração da obra é fundamental, tanto na questão de hardscape, quanto no controle de especificações, ou seja, se estão sendo aplicados os materiais especificados. Existem várias normas, como as de acessibilidade e de desempenho, a troca de materiais sem a anuência do arquiteto pode comprometer esses quesitos. Já na etapa de plantio, a presença do arquiteto paisagista é fundamental para garantir que você não esteja comprando gato por lebre e o fornecedor de plantas entregue a espécie correta com as características das mudas especificadas no projeto.

  1. Qual a expectativa de execução?

O tempo de execução de um projeto de paisagismo depende de fatores como tamanho da área a ser trabalhada e disponibilidade dos produtos e mão de obra que serão utilizados, complexidade do programa de necessidades e condições climáticas.

Embora possa haver contratempos imprevistos, é importante ter uma ideia de cronograma. Isso ajuda a planejar com antecedência a conclusão do projeto, além de evitar frustrações.

Projeto de paisagismo

Quais as etapas de um projeto paisagístico?

  1. Levantamento de dados e briefing

Esta etapa consiste em visitas ao local para levantamento fotográfico e verificação das condicionantes do entorno. Caso não exista um levantamento planialtimétrico, será necessário produzir um. É neste momento também que cliente e arquiteto paisagista alinham as expectativas com relação ao programa de necessidades, ou seja, os elementos que serão implantados, tais como piscina, fonte, horta, pomar, playgorund, quadras, etc.

  1. Estudo preliminar

Esta etapa compreende a análise do material levantado na fase anterior e do programa de necessidades, conforme o alinhado com o cliente. Este estudo interpreta as condicionantes espaciais, características de flora e visuais, ressaltando conflitos e oportunidades para o desenvolvimento do projeto e para traçar as diretrizes básicas que nortearão o projeto.

Dessa forma, serão definidas as direções tomadas, mostrando os espaços propostos em forma de planta paisagística e imagens de referência de projetos similares, norteando o direcionamento estético e funcional do projeto. Geralmente esta fase contempla desenhos à mão, diagramas e imagens de referência.

  1. Anteprojeto

É a evolução do estudo preliminar, com a elaboração de desenhos em escala e em formato digital (CAD ou BIM). Estes desenhos apresentam detalhamentos preliminares dos elementos do projeto, mostrando sua volumetria, devendo contar com perspectivas artísticas para facilitar o entendimento da proposta.

  1. Projeto executivo

Esta etapa contempla todos os detalhes técnicos e construtivos do projeto, assim como as especificações e orçamentos de mobiliário, equipamento, vegetação e insumos de jardim. Isto possibilita a plena execução no canteiro de obras.

Neste momento, o cliente deve receber os seguintes desenhos:

  • Planta de civil e acabamentos;
  • Projeto luminotécnico externo com locação e especificação de luminárias;
  • Locação de pontos de hidráulica (torneiras ou necessidade específica de irrigação);
  • Especificação e locação de mobiliário externo;

O resultado se dá por meio de envio de projeto contendo especificações e quantitativos, além da apresentação dos orçamentos específicos, com o efeito de referência de valor, para a contratação de serviços de execução.

Um jardim só é possível se houver boa infraestrutura e cuidado

Plantas são seres vivos, que necessitam de cuidados específicos. Um jardim não pode ser colocado em qualquer lugar, de qualquer jeito. As plantas precisam de iluminação natural e isso é o básico para qualquer jardim. Mesmo inseridas na sombra, dentro de casa, tem uma planta certa para cada lugar.

Além de luz natural, um jardim precisa de terra, seja com vasos ou canteiros, irrigação. O jardim é um sistema artificialmente construído, então é errado pensar que apenas a água da chuva dará conta de manter as plantas irrigadas. Seja manual ou automática, um jardim precisa de irrigação constante, pois sem água não será possível um jardim de qualidade.

Para atender a esses pontos básicos, é necessário infraestrutura, além de monitorar o ambiente para ver se as plantas estão se desenvolvendo bem, verificar se a irrigação está funcionando, se existem plantas daninhas ou insetos prejudiciais.

É preciso estar envolvido com o jardim e esse contato pode ser feito por você mesmo, ou demandado a um jardineiro encarregado pela manutenção, mas um jardim deve ser acompanhado de perto.

Já falamos muito sobre como o contato com a natureza tem efeitos terapêuticos, melhorando a nossa saúde, reduzindo estresse, além das áreas de lazer serem espaços para recreação, cultivo de relações humanas, convívio familiar e também ajuda no equilíbrio do meio ambiente.

O processo de elaboração do jardim parece ser cheio de etapas, mas é um caminho muito prazeroso a seguir. O processo de desenvolvimento do projeto de um jardim envolve muita energia criativa, com cores, texturas, perfumes, sabores e desafios.

Se você sempre quis um jardim em seu ambiente residencial ou comercial e ainda está com dúvidas sobre o projeto de paisagismo, entre em contato com a ARCHSCAPE. Estamos à disposição para conversar e tirar suas dúvidas!

Escapismo é o nome que se dá ao desejo de fugir da rotina e se afastar das obrigações, de forma a reencontrar-se em uma paisagem campestre, bucólica. As casas de campo se apropriam deste mesmo princípio e são um refúgio distante da cidade onde é possível aproveitar o silêncio em meio a uma decoração aconchegante, que envolve o morador.

Seja como cabana ou chalé, como principal residência ou casa sazonal, a ideia da casa de campo é aproveitar as idílicas paisagens naturais sem abrir mão de boa arquitetura e design.

Dessa forma, o paisagismo é a integração do homem com a natureza, proporcionando melhores condições de vida pelo equilíbrio do meio ambiente. Ele abrange todas as áreas onde se registra a presença do ser humano.

Até mesmo nos desertos só é notada a presença dos seres humanos nos oásis, onde existe vegetação nativa ligada à água. Desde as áreas rurais até as regiões metropolitanas, o paisagismo deve atuar como fator de equilíbrio entre o homem e o ambiente.

E é por isso que a integração da arquitetura e paisagismo também em casas de campo é fundamental, e neste artigo vamos falar um pouco mais sobre esse assunto. Confira!

Paisagismo na casa de campo é a integração total com a natureza

O principal objetivo de quem procura por uma casa de campo é espaço, dessa forma, já partimos do princípio de que o imóvel contará com uma boa área externa para jardim. Se você realmente busca por espaços livres, precisa planejá-lo com critério para não perder boas oportunidades de uso.

Lembre-se que nem sempre o terreno é plano, às vezes tem declives, aclives, nascentes de água e várias outras condições naturais que devem ser criteriosamente analisadas.

Essa é a preocupação inicial do arquiteto paisagista: a locação da construção no terreno, e por isso, desde o início do projeto é fundamental a participação deste profissional especializado para planejar, não só tendo em vista os usos que o cliente pretende, mas como também desfrutando das melhores vistas e inserção do terreno.

O paisagismo vai muito além da escolha de plantas. É uma arte que visa o projeto e a composição de um espaço livre com diversas espécies de vegetações e equipamentos, como piscinas, caminhos, pergolados, fontes e cercas. É uma área que está diretamente relacionada com Arquitetura e Urbanismo, além disso, cria diversas possibilidades de interação com a natureza.

É claro que as plantas são uma parte importante da composição da paisagem e a escolha adequada das espécies faz toda a diferença no paisagismo.

É fundamental levar em consideração as principais características do local, como quantidade de luz solar e o espaço disponível para o cultivo. Bem como considerar os atributos de cada planta, como o porte, época de floração, necessidade de manutenção, produção de frutos, cores e texturas.

Existe um ecossistema presente que precisa ser respeitado na hora da escolha da vegetação. Além disso, também há normas ambientais a serem seguidas, como das Áreas de Preservação Permanente, por exemplo.

O paisagista também leva em consideração a vegetação já existente para propor espécies que integrem com o que já está no local e tragam possibilidade da atração de pássaros e outros animais silvestres.

Muitas vezes, o paisagismo é confundido com a jardinagem. Porém, enquanto o paisagista tem a função de planejar espaços verdes, a jardinagem é a responsável por executar aquilo que está no projeto. São distintas, mas precisam estar alinhadas para um resultado satisfatório.

O jardineiro, assim como o pedreiro, tem grande familiaridade com a execução da obra, neste caso, a obra do jardim. Um profissional experiente e com formação adequada agrega conhecimento complementar ao do arquiteto paisagista, podendo contribuir com informações mais específicas de cada espécie, tais como os adubos indicados, a qualidade do solo, as características de enraizamento e orientações na manutenção.

O trabalho do jardineiro em parceria com o arquiteto paisagista é fundamental na implantação do jardim, bem como na manutenção do mesmo e, é claro, no resultado do projeto.

Procure um profissional especializado

Devido à variedade de escalas em que o trabalho de paisagismo é realizado, é importante encontrar um profissional que esteja familiarizado com as particularidades da sua obra. Trabalhar paisagismo no ambiente interno da casa ou apartamento é bem diferente de trabalhar em uma fazenda. E mesmo na fazenda, existem situações de contemplar a paisagem de longe, exigindo criação de grandes maciços e outras onde admiramos de perto o padrão de faixas de uma folha.

Quando falamos de grandes áreas, os custos podem atingir valores desproporcionais, às vezes, por uma escolha equivocada de planta. Um maciço de orquídea joia e um de lambari roxo criam o mesmo efeito se visualizados de uma distância de 20 m, mas com custos totalmente discrepantes. Conhecer os parâmetros de valores das plantas é fundamental para uma correta abordagem de projeto no sentido de se buscar os efeitos pretendidos a custos adequados.

O mesmo raciocínio vale para as extensões e especificações de pisos, luminárias, revestimentos de muros, gradis e demais elementos construídos. Entender o custo-benefício de cada escolha e potencializar seus efeitos é também tarefa do arquiteto paisagista.

Procure conhecer o trabalho do profissional e entender como lida com essas questões e seu repertório de soluções.

Para além da estética: projetos paisagísticos integram ambientes

Um projeto paisagístico vai para muito além da beleza e do apelo estético, pois trabalha com o uso das formas, volumes, dimensões, cores e aliados à função específica de cada espaço. Um projeto criativo e encantador incorpora assim os recursos de criação específicos da arte, com o compromisso de exequibilidade, e atendimento à função e desempenho próprios da arquitetura e engenharia.

Tais abordagens costumam trabalhar com o conceito de espaço de forma artística. Isso significa que, num plano geral, o arquiteto paisagista concebe o projeto da mesma forma como um pintor cria um quadro abstrato: pensando na relação e equilíbrio entre formas, texturas, ritmos, com o compromisso adicional do atendimento dos requisitos de espaços.

Utilizando nessa criação uma mescla dos recursos naturais, elementos construtivos e mesmo as estruturas próprias da edificação, o conjunto resultante forma composições agradáveis aos olhos e sentidos, integrando os espaços.

Um projeto que tem como principais pilares a arte, condições climáticas, a estética e a função, tornam claros os benefícios gerados pelo paisagismo. Já que são características capazes de elevar o bem estar e até a qualidade de vida, mesmo que momentaneamente (em espaços públicos, por exemplo), das pessoas que entram em contato com uma obra do tipo.

Um bom projeto reduz custos e aumenta o valor do imóvel

Quando há um trabalho de paisagismo bem estruturado, com elementos como piscina, quadra, área gourmet, distorcem e muito a conta do valor do imóvel por metro quadrado. O ideal é que, ao fazer esse tipo de conta, separe a área construída da casa e área do terreno.

No projeto você também deve estar atento para separar qual valor será aplicado na estrutura da casa e quanto será aplicado no terreno em si para construção de muros, muretas, movimento de terra, piscina e plantas, inclusive. É muito importante ter um planejamento específico para lidar com a questão do próprio terreno.

Por isso, optar por contratar um profissional que tenha expertise nas áreas e trabalhe com ambas em conjunto é super importante e também reduz custos na execução do projeto.

Na ARCHSCAPE você conta com profissionais altamente qualificados e prontos para apresentar soluções eficientes e criativas. Acesse nosso site e fale conosco!

Quem ama a natureza, provavelmente conta com um pequeno jardim em sua casa. Então certamente, quanto maior a paixão e o espaço livre, mais plantas estarão presentes no imóvel.

Entretanto, o paisagismo vai muito além do que apenas espalhar plantas em diversos lugares, ele visa promover uma integração do homem com a natureza. Ele proporciona uma utilização mais racional e inteligente dos espaços, que reverbera na qualidade de vida da população principalmente nas grandes cidades, onde acontece maior degradação do meio ambiente.

Neste artigo vamos mostrar como uma área de lazer e o paisagismo refletem diretamente na beleza e funcionalidade do seu projeto, além de somar na qualidade de vida e conforto. Confira!

A importância do paisagismo nos ambientes

Os projetos paisagísticos se baseiam no conceito de que os empreendimentos podem ser mais bem aproveitados, ter um visual atrativo e tornar-se mais aconchegantes. O resultado disso agrega mais valor para casas, apartamentos ou qualquer outro tipo de edificação.

Porém, é muito importante contar com a orientação de um bom profissional arquiteto paisagista. Estas pessoas possuem conhecimento técnico para direcionar as melhores escolhas de plantas de acordo com o clima local, as condições de iluminação presente no ambiente e, claro, o tempo disponível para o cuidado com as plantas.

E estas escolhas vão muito além de embelezar a casa. Áreas de lazer e espaços verdes bem cuidados podem trazer valorização de até 15% aos imóveis.

Levar a natureza para os ambientes residenciais também é aposta na arquitetura de alto padrão. Os jardins internos ganham destaque tanto dentro das casas e apartamentos, quanto nas áreas comuns dos condomínios.

Não tem como não citar o paisagismo como característica fundamental em um condomínio sustentável de alto padrão. Um bom exemplo disso é a utilização de plantas nativas que preservam o bioma local e ainda decoram em grande estilo praças temáticas. Em muitos casos, o paisagismo ganha forma em espaços para meditação, labirintos verdes e desenhos de piso.

Paisagismo: um braço da arquitetura

O paisagismo pode ser considerado um braço da arquitetura que se estende ao planejamento de áreas externas públicas e privadas. O profissional arquiteto paisagista é responsável por planejar e executar obras de criação, preservação e gestão de espaços livres.

Cabe a esse profissional realizar uma integração harmoniosa entre o homem e a natureza de modo a agregar no mesmo projeto conceitos funcionais, estéticos e artísticos.

É importante frisar também que um trabalho paisagístico completo vai muito além da estética. O arquiteto paisagista precisa conciliar a beleza das plantas com o cenário urbano ou rural, favorecer a circulação das pessoas e prezar por espaços livres de contemplação.

Atualmente o paisagismo é altamente qualificado, ou seja, é desenvolvido por profissionais competentes, como um arquiteto paisagista, um engenheiro agrônomo ou outro profissional especializado.

Para se tornar um paisagista é necessário realizar cursos específicos. Atualmente existem cursos livres de paisagismo, cursos técnicos ou ainda a opção de estudar arquitetura e obter o título de arquiteto paisagista.

Qual a diferença entre paisagismo e jardinagem?

Muita gente confunde paisagismo com jardinagem. E a confusão é compreensível, já que uma área está diretamente ligada à outra. Podemos dizer, de modo resumido, que o paisagismo tem a função de elaborar e planejar projetos verdes, enquanto a jardinagem executa e dá vida ao que está no papel.

Um arquiteto paisagista precisa ter sensibilidade para perceber as necessidades de seus clientes e saber combinar plantas e demais elementos construídos com maestria. A criatividade é outra habilidade indispensável para esse profissional, afinal um trabalho paisagístico não deixa de ser um trabalho artístico e autoral.

Por fim, também é fundamental que o arquiteto paisagista goste e tenha familiaridade no trato com a terra e as plantas.

A importância do paisagismo na qualidade de vida

Um projeto paisagístico tem como etapas principais: estudos preliminares, anteprojeto e projeto executivo. Na elaboração dos estudos preliminares são colhidas informações básicas que estão diretamente ligadas ao terreno, tais como levantamento planialtimétrico, lavantamento arbóreo cadastral e também elementos ligados ao dia a dia do cliente.

Esses dados vão servir como base para a realização do projeto buscando se moldar às necessidades do cliente e promover melhorias na qualidade de vida e dos espaços já existentes.

Mas também é necessário fazer uma análise minuciosa do ambiente para identificar possíveis problemas onde o projeto será executado. Essa etapa é primordial, pois em caso de construções em locais não adequados para determinadas vegetações podem trazer muitos prejuízos para o cliente.

Além de toda a questão da vegetação, é de responsabilidade do arquiteto paisagista:

-Especificação de pisos externos bem como a paginação dos mesmos;

-Especificação de equipamentos para playground e mobiliário externo, etc;

-Locação e especificação de pontos de iluminação externos;

-Dimensionamento de jardineiras, pisos, escadas e rampas;

-Detalhamento de gradis, guarda-corpos e corrimãos nas áreas de escopo;

-Locação de pontos de torneira externos para lavagem de pisos e irrigação;

-Detalhamento de floreiras, escadas e rampas, pergolados, fontes, etc.

Em relação à qualidade de vida, a proposta de áreas verdes busca:

  • Reduzir a temperatura ambiente;
  • Amenizar a poluição sonora pela absorção de ruídos da rua;
  • Gerar sombreamento dos espaços – nada melhor do que uma sombra fresca após o almoço;
  • Criar espaços de plantio de hortas e espécies frutíferas, como aquela cebolinha fresca e o tomatinho colhido na hora;
  • Aprimorar ambientes valorizando seu potencial estético;
  • Gerar espaços relaxantes que promovam o bem-estar e comodidade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a umidade relativa do ar recomendável é de 60%. Entretanto, em tempos de seca, ela pode baixar muito, e o paisagismo é um dos recursos mais inteligentes para manter o conforto em casa, pois as plantas retêm a umidade do ambiente.

Além disso, o desconforto causado pelo ressecamento das vias aéreas diminui, já que as áreas verdes proporcionam um ambiente menos poluído, prevenindo doenças como bronquite, sinusite, asma, etc.

A umidade das plantas mantém os lugares mais frescos, reduzindo a temperatura e diminuindo a sensação de calor. Assim, o paisagismo diminui a necessidade de climatização do ambiente com aparelhos de ar-condicionado. Pode-se também utilizar as plantas como um tipo de “cortina verde” próximo às janelas, para reduzir a entrada dos raios solares e melhorar o conforto térmico.

O paisagismo também permite uma alimentação saudável, caso o projeto inclua uma horta caseira, com ervas aromáticas, temperos e outras folhagens que favorecem a saúde.

Paisagismo

Área de lazer: um espaço para relaxar

A rotina pode ser algo bem estressante e cansativo, tanto para os adultos, em suas atividades cotidianas, quanto para as crianças e adolescentes, com suas tarefas escolares e atividades extras, como aulas de inglês, natação, ballet, entre outras. Por isso, ter em sua residência ou condomínio um espaço dedicado ao lazer ajuda a relaxar e esquecer as preocupações do dia a dia.

Algumas opções de áreas de lazer que os condomínios oferecem são:

  • Playground;
  • Áreas verdes;
  • Brinquedoteca;
  • Piscina;
  • Espaço para caminhadas e corridas;
  • Sauna;
  • Academia de ginástica;
  • Salão de jogos;
  • Quadras;
  • Salão de festas;
  • Churrasqueiras

Todas esses espaços são objeto de trabalho do arquiteto paisagista, o qual trabalha, muito além da questão da vegetação, todos seus aspectos arquitetônicos e construtivos. Atenção especial deve ser dada aos aspectos de acessibilidade aos espaços, questão objeto inclusive de grande arcabouço de normas e leis dedicadas a este assunto.

Um espaço de lazer em casa ou no condomínio proporciona diversos benefícios aos moradores. Nada mais agradável do que chegar em casa depois de um dia estressante e poder relaxar em uma sauna ou descontrair no salão de jogos, ali mesmo, sem precisar sair do condomínio.

Ter um espaço especial para as crianças brincarem permite que elas gastem as energias diárias com várias opções de divertimento, como o playground, a brinquedoteca ou brincando nas áreas comuns.

Se você optar por condomínios de alto padrão que já ofereçam áreas de lazer, os espaços são compartilhados entre todos os moradores, portanto é uma ótima oportunidade de socialização com a família e os vizinhos. As atividades esportivas são um bom exemplo, muitos condomínios contratam profissionais de educação física para dar aulas, que podem ser na academia ou áreas comuns.

Mais economia e valorização do imóvel

Colocando na ponta do lápis o quanto gastaria para ter disponíveis todas essas opções que um condomínio oferece, como academia e clube, você verá que vale à pena um empreendimento com essas opções de lazer.

Ao fazer esses cálculos, estime também o tempo de deslocamento e o gasto com combustível. Os valores cobrados para a reserva de espaços, como salão de festas, churrasqueira e área gourmet, são simbólicos.

Além disso, as opções de lazer em um condomínio ajudam a valorizar o imóvel, isso é um fato. Em qualquer situação de negociação do imóvel, a área de lazer e projeto paisagístico sempre serão vistas como fatores positivos.

Essa é uma tendência de mercado, já que a maior parte dos novos empreendimentos contam com essa opção completa. Isso significa maior valorização do imóvel na hora da negociação. A facilidade de venda é outro fator que deve ser considerado. Por todas as razões listadas até aqui, as pessoas entendem que essa é uma boa opção de negócio.

Se o seu objetivo é comprar um imóvel como forma de investimento ou com o propósito de alugar posteriormente, deve se preocupar com o lazer oferecido pelo empreendimento. Isso porque as pessoas que estão buscando imóveis tendem a dar preferência aos que têm lazer completo. Além disso, essas opções ajudam a melhorar o cobrado pelo aluguel.

Os benefícios dessa escolha são diversos, como oferecer uma melhor qualidade de vida, mais segurança para a família nos momentos de descontração e divertimento, além de valorizar o imóvel na hora da negociação.

Os projetos de área de lazer e paisagísticos na ARCHSCAPE são realizados para criar melhores condições de conforto ambiental e estética, desde jardins de casa, apartamento e casa de campo, até espaços comuns de áreas públicas e corporativas. Acesse nosso site e conheça um pouco mais sobre o nosso trabalho!