{"id":5478,"date":"2021-04-16T15:05:10","date_gmt":"2021-04-16T18:05:10","guid":{"rendered":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/?p=5478"},"modified":"2021-04-19T10:39:16","modified_gmt":"2021-04-19T13:39:16","slug":"conheca-gustavo-garrido","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/conheca-gustavo-garrido\/","title":{"rendered":"Entrevista com Gustavo Garrido, o profissional por tr\u00e1s da Archscape"},"content":{"rendered":"

Certamente voc\u00ea j\u00e1 conhece um pouco sobre a hist\u00f3ria da ARCHSCAPE, mas hoje, vai conhecer um pouco mais sobre o nome que existe por tr\u00e1s do escrit\u00f3rio. Hoje, voc\u00ea confere um\u00a0papo com o arquiteto e\u00a0 paisagista Gustavo Garrido, o profissional idealizador da ARCHSCAPE.<\/p>\n

Aqui, vai\u00a0conhecer um pouco mais da sua jornada profissional, como se interessou pelo paisagismo e de que forma isso se integra nos seus projetos de casas de campo. Ah, e tamb\u00e9m vai ver um pouco sobre tend\u00eancias de arquitetura no Brasil. Confira!<\/p>\n

#1.\u00a0Como voc\u00ea descobriu que seria arquiteto e como foi o seu in\u00edcio?<\/strong><\/h3>\n

Desde pequeno eu sempre gostei de desenhar \u00e0 m\u00e3o livre\u00a0e at\u00e9 uns 7 ou 8 anos eu costumava desenhar bastante, copiava os desenhos animados. J\u00e1 na escola, eu passei a gostar muito tamb\u00e9m de desenho geom\u00e9trico, feito com r\u00e9gua e compasso.<\/p>\n

Eu n\u00e3o tinha nenhuma refer\u00eancia pr\u00f3xima, de parentes ou amigos, na arquitetura e eu nem sabia ao certo o que era. Mas eu j\u00e1 tinha um interesse dentro de mim, talvez pela minha m\u00e3e ser professora de artes e eu acompanhar de perto o of\u00edcio dela, pode ser que isso tenha alguma influ\u00eancia inconscientemente.<\/p>\n

Quando terminei o ensino fundamental, ingressei na Escola T\u00e9cnica Federal de S\u00e3o Paulo e l\u00e1 eu podia escolher algum curso t\u00e9cnico de minha prefer\u00eancia. J\u00e1 nesta \u00e9poca eu tinha na minha cabe\u00e7a edifica\u00e7\u00f5es, mas tamb\u00e9m era uma coisa n\u00e3o muito \u00f3bvia para mim.<\/p>\n

Acabei optando por mec\u00e2nica, muito mais por ouvir mais os outros do que a mim mesmo: meu pai tinha uma empresa de ret\u00edfica de motores e seria “mais f\u00e1cil” seguir seus passos. Na mec\u00e2nica tinha aulas de desenho t\u00e9cnico com escal\u00edmetro e compasso, desenho cad, confec\u00e7\u00e3o de pe\u00e7as em a\u00e7o e madeira. E apesar de gostar desse aprendizado de produzir o que projetamos, sentia que n\u00e3o o mundo da engenharia mec\u00e2nica n\u00e3o era o que queria pois faltava a arte nessa equa\u00e7\u00e3o. No \u00faltimo ano do curso, ao pesquisar mais sobre as profiss\u00f5es, percebi que era arquitetura o que eu queria.<\/p>\n

Decidi fazer o cursinho e prestar vestibular espec\u00edfico para arquitetura e passei na USP. E \u00e9 a\u00ed que entra o segundo cap\u00edtulo. Quando cheguei na USP, que \u00e9 a meca da arquitetura brasileira, foi um pouco dif\u00edcil. Como eu disse, n\u00e3o tinha nenhuma refer\u00eancia nesse meio, n\u00e3o sabia quem eram os arquitetos mais legais, quem eram as pessoas que eu tinha que conhecer.<\/p>\n

\u00c9 claro que eu ia aprender isso na faculdade, mas via colegas que j\u00e1 tinham parentes arquitetos, ou que j\u00e1 tinham alguma coisa mais espec\u00edfica de direcionamento profissional, obviamente saiam na frente.<\/p>\n

No primeiro ano eu passei pelas disciplinas e uma das que eu mais me identificava era de fazer maquete de um espa\u00e7o livre, pra\u00e7a com edifica\u00e7\u00f5es, ou alguma coisa assim. Foi a\u00ed que comecei a tomar gosto pelo projeto do espa\u00e7o livre, mas s\u00f3 vim a entrar em contato com a quest\u00e3o do paisagismo a partir do terceiro para o quarto ano.<\/p>\n

\"Gustavo<\/p>\n

#2.\u00a0Desde o come\u00e7o seu interesse j\u00e1 era Arquitetura e Paisagismo?<\/strong><\/h3>\n

Nas mat\u00e9rias de projeto, eu passei a me identificar muito mais com as de espa\u00e7os livres, de pra\u00e7as, parques, etc. O professor Silvio Macedo, que infelizmente faleceu de Covid recentemente, era o diretor de um grupo de pesquisa chamado Quadro do Paisagismo no Brasil e fazia pesquisa na \u00e1rea do paisagismo.<\/p>\n

Ele j\u00e1 tinha me chamado no primeiro ano e na \u00e9poca eu n\u00e3o me interessei, porque estava buscando outras linhas de pesquisa, mas desta vez decidi aceitar<\/p>\n

L\u00e1 no grupo de pesquisa, eu tinha uma liberdade bacana para fazer alguns materiais, tanto que elaborei e produzi 3 Publica\u00e7\u00f5es digitais sobre a hist\u00f3ria do paisagismo, \u00e9 claro que orientado pelo professor Silvio: Paisagismo Contempor\u00e2neo, Paisagismo Contempor\u00e2neo no Brasil e Hist\u00f3ria do Paisagismo.<\/p>\n

Quando estava nesse grupo de pesquisa, o Quap\u00e1<\/span>, uma das principais vertentes era ir as cidades e fazer um levantamento de pra\u00e7as e parques que tinham e fazer um desenho espec\u00edfico para criar um banco de dados. Esse banco de dados de pra\u00e7as e parques serviam de\u00a0material prim\u00e1rio para o desenvolvimento de uma s\u00e9rie de pesquisas acad\u00eamicas, que deram origem a v\u00e1rios livros, dos quais eu participei.<\/p>\n

Outra pessoa que foi muito chave para mim na escolha do Paisagismo foi S\u00e9rgio Santana, que \u00e9 um arquiteto paisagista formado nos Estados Unidos, com quem a gente faz muitas parcerias hoje em dia.<\/p>\n

Quando passamos a estudar projetos privados\u00a0,ou seja, condom\u00ednios com projetos de paisagismo elaborados, centros empresariais e etc., foi que o trabalho do S\u00e9rgio me saltou aos olhos, porque tinha uma quest\u00e3o de desenho muito forte presente. Eu vi os desenhos dele, e isso foi uma coisa que realmente me apaixonou, pois juntava o desenho com a quest\u00e3o do espa\u00e7o livre, das grandes \u00e1reas.\u00a0<\/span>Ele foi a pessoa que me ensinou o poder do desenho e da arte para a transforma\u00e7\u00e3o dos espa\u00e7os.<\/p>\n

Eu j\u00e1 sai da faculdade sendo direcionado para o paisagismo, porque quando me formei fui direto ao escrit\u00f3rio do S\u00e9rgio procurar emprego. E eu fui contratado! O escrit\u00f3rio tinha poucas pessoas, mas foi um processo de desenvolvimento muito grande, porque houve um boom imobili\u00e1rio e o escrit\u00f3rio cresceu rapidamente. Dentro de tr\u00eas anos eu j\u00e1 era o coordenador. Foi realmente um crescimento e um aprendizado muito grande.<\/p>\n

#3.\u00a0Como surgiu o interesse por casas de campo?<\/strong><\/h3>\n

No escrit\u00f3rio do S\u00e9rgio Santana faz\u00edamos trabalho em diversas escalas. Paralelamente, eu fazia alguns projetos de casas para um amigo ou outro, pessoas conhecidas que vinham atrav\u00e9s da minha esposa ou de amigos.<\/p>\n

Depois que sa\u00ed de l\u00e1, eu abri um escrit\u00f3rio de arquitetura com outros colegas, no qual a gente focou no mercado imobili\u00e1rio, ou seja, o projeto da edifica\u00e7\u00e3o em si e da \u00e1rea de lazer, que era a minha especialidade.<\/p>\n

Mas, ainda assim, eu percebia que o paisagismo para pr\u00e9dios tinha muitas limita\u00e7\u00f5es. No final das contas, o foco do projeto imobili\u00e1rio \u00e9, sem d\u00favida, o pr\u00e9dio, a parte da arquitetura, das unidades habitacionais. O lazer, nesses casos, serve muito mais para um maior apelo de venda para o empreendimento. Os terrenos que a gente pegava n\u00e3o eram t\u00e3o grandes, t\u00e3o generosos. Dessa forma, o peso do paisagismo n\u00e3o era muito grande.<\/p>\n

Anos depois, quando abri a ARCHSCAPE e voltei a fazer projetos de resid\u00eancia, percebi que, quando a gente pega uma casa de campo, pega um terreno maior, o peso do paisagismo cresce substancialmente em termos de foco, de dimens\u00e3o e de import\u00e2ncia, pois quem vai para uma casa de campo, o diferencial \u00e9 o jardim, obviamente.<\/p>\n

Se quisesse apenas o espa\u00e7o constru\u00eddo, voc\u00ea fica em um apartamento na cidade, n\u00e3o \u00e9 mesmo? No interior, ou numa casa de campo, o terreno \u00e9 mais barato, ent\u00e3o voc\u00ea consegue comprar uma \u00e1rea maior para fazer a casa.<\/p>\n

Nisso, eu vi uma grande oportunidade para as casas de campo, de poder fazer uma coisa muito legal no \u00e2mbito da arquitetura e paisagismo na casa de campo, sendo que o paisagismo seria a grande vedete, o grande apelo e onde eu teria um espa\u00e7o muito maior para colocar minhas ideias.<\/p>\n

#4.\u00a0Como voc\u00ea v\u00ea a import\u00e2ncia da integra\u00e7\u00e3o entre os dois?<\/strong><\/h3>\n

Eu acho importante pelo simples fato de que quando voc\u00ea constr\u00f3i, \u00e9 sobre um terreno e essa \u00e1rea precisa ser trabalhada, modelada. Quando voc\u00ea trabalha s\u00f3 com foco nas \u00e1reas internas, resulta em gerar uma arquitetura muito pobre, que muito pouco explora as oportunidades de insola\u00e7\u00e3o e conv\u00edvio com o espa\u00e7o externo, \u00e9 quase como se fizesse um apartamento que est\u00e1 descolado do ch\u00e3o.<\/p>\n

A import\u00e2ncia da integra\u00e7\u00e3o \u00e9 justamente voc\u00ea, ao conceber a casa, enxergar as oportunidades de integra\u00e7\u00e3o entre ambientes internos e externos que, mais uma vez eu digo, \u00e9 a grande vantagem de se ter uma casa em rela\u00e7\u00e3o a um apartamento.<\/p>\n

Quando voc\u00ea trabalha, principalmente casas de campo em terrenos maiores, a import\u00e2ncia do terreno se torna cada vez maior.<\/p>\n

O que a gente pode somar tamb\u00e9m a essa quest\u00e3o \u00e9 que a integra\u00e7\u00e3o entre espa\u00e7os internos e externos propicia maior amplitude de espa\u00e7os. Por exemplo, vamos supor que voc\u00ea tenha um terreno de 800 m\u00b2, \u00e9 um terreno grande, mas n\u00e3o gigantesco.<\/p>\n

Em um projeto arquitet\u00f4nico-paisag\u00edstico bem elaborado, os espa\u00e7os acabam parecendo maior do que eles realmente s\u00e3o, justamente por esse fato de n\u00e3o ficar necessariamente delimitado por uma parede interna.<\/p>\n

Essa integra\u00e7\u00e3o proporciona um trabalho diferenciado em v\u00e1rios aspectos e o trato com a \u00e1gua \u00e9 um deles. Ela pode n\u00e3o ficar limitada apenas a um espelho d\u2019\u00e1gua, ela pode adentrar a sala, por exemplo, trazendo inclusive vantagens t\u00e9rmicas para o ambiente, com t\u00e9cnicas para refrescar a casa.<\/p>\n

Por que os projetos das casas de campo te atraem\/interessam?<\/strong><\/em><\/h3>\n

Esse tema da casa de campo me interessa justamente por poder proporcionar mais integra\u00e7\u00e3o entre espa\u00e7o interno e externo. No interior, em geral, as cidades s\u00e3o menos violentas, as pessoas t\u00eam uma postura menos defensiva, as casas n\u00e3o t\u00eam tantas grades, muros e toda aquela parafern\u00e1lia de seguran\u00e7a que, na cidade grande, temos que acabar optando por utilizar.<\/p>\n

Eu tamb\u00e9m acho que, numa casa de campo, as pessoas est\u00e3o mais abertas a novas experi\u00eancias, diferentemente de uma casa urbana. O que eu quero dizer com isso \u00e9 que o arquiteto tem mais liberdade para criar.<\/p>\n

Eu j\u00e1 fiz alguns projetos onde n\u00e3o h\u00e1 um corredor de circula\u00e7\u00e3o interno para os quartos, voc\u00ea acessa os c\u00f4modos pelo ambiente externo. Ou conceber uma casa, por exemplo, como se fosse um conjunto de bangal\u00f4s, onde voc\u00ea circula por espa\u00e7os abertos, por\u00e9m cobertos.<\/p>\n

Essas experi\u00eancias sensoriais que s\u00e3o interessantes numa casa de campo, em geral, as pessoas n\u00e3o se sentem muito \u00e0 vontade nos centros urbanos, principalmente pela quest\u00e3o da seguran\u00e7a. Voc\u00ea dispor tamb\u00e9m de terra\u00e7os habit\u00e1veis para ter uma vista bonita, todas essas alternativas, numa casa de campo, s\u00e3o mais do que desej\u00e1veis!<\/p>\n

As pessoas j\u00e1 v\u00e3o com o esp\u00edrito de querer aproveitar todas as possibilidades que o terreno pode proporcionar, e elas t\u00eam sempre o lazer na cabe\u00e7a. Lembrando que, quando se fala em lazer, se fala em paisagismo, se fala nos espa\u00e7os livres. \u00c9 por isso que eu acho que o tema da casa de campo \u00e9 um perfeito trabalho em conjunto entre arquitetura e paisagismo.<\/p>\n

Quais as tend\u00eancias da arquitetura contempor\u00e2nea e como devemos pensar no desenvolvimento dessa arquitetura?<\/strong><\/em><\/h3>\n

\u00c9 justamente essa integra\u00e7\u00e3o dos espa\u00e7os internos e externos. Outra tend\u00eancia \u00e9 a utiliza\u00e7\u00e3o dos materiais nas suas texturas e caracter\u00edsticas originais. Por exemplo, se voc\u00ea usa o concreto, deixa ele aparente, se usa a madeira, usa ela aparente.<\/p>\n

Materiais que \u201cimitam\u201d texturas est\u00e3o totalmente fora de contexto: porcelanato que imita madeira; papel de parede que imita pedra, etc,\u00a0<\/span>s\u00e3o coisas abomin\u00e1veis e muito pobres em termos de experi\u00eancia sensorial..\u00a0A tend\u00eancia \u00e9 usar a pr\u00f3pria pedra, madeira, concreto e deixar isso aparente.<\/p>\n

Em termos de espa\u00e7o, refor\u00e7o que \u00e9 a integra\u00e7\u00e3o entre ambientes interno e externo, dando mais amplitude para a casa.\u00a0<\/span>Criar espa\u00e7os inusitados, como salas com ilumina\u00e7\u00e3o zenital, home office integrado ao estar, jardins internos, s\u00e3o estrat\u00e9gias interessantes. Fazer com que a casa seja menos aquilo que estamos acostumados a ver em sites e revistas de arquitetura, uma coisa super arrumada, que n\u00e3o tem uma almofada fora do lugar.<\/p>\n

O que est\u00e1 em alta agora \u00e9 casa com afeto, com vida, com cara de casa mesmo, que tenha aquela \u201cbagun\u00e7a organizada\u201d. Essa bagun\u00e7a do dia a dia com o espa\u00e7o para essa nova arquitetura. Al\u00e9m, \u00e9 claro, da arquitetura biof\u00edlica (que voc\u00ea pode ler mais sobre clicando aqui). Acredito que essas s\u00e3o as grandes tend\u00eancias hoje em dia.<\/p>\n

Como \u00e9 a arquitetura contempor\u00e2nea no Brasil?<\/strong><\/em><\/h3>\n

A gente vive um momento muito rico no Brasil em termos de arquitetura. Vivemos um per\u00edodo anterior, na d\u00e9cada de 80 e 90, que se copiava muitas coisas de d\u00e9cadas passadas. Aquelas arquiteturas tem\u00e1ticas, focadas no passado cl\u00e1ssico. Isso se foi.<\/p>\n

Hoje, a arquitetura est\u00e1 muito mais brasileira, principalmente, est\u00e1 muito mais explorando essas novas tend\u00eancias. Acho que h\u00e1 dois pontos a\u00ed que s\u00e3o muito importantes, um deles \u00e9 a quest\u00e3o da revaloriza\u00e7\u00e3o da arquitetura moderna.<\/p>\n

Esse movimento, que come\u00e7ou na d\u00e9cada de 30, presava pelo uso dos materiais nas suas caracter\u00edsticas, principalmente do concreto e no potencial pl\u00e1stico que esse material permite.<\/p>\n

At\u00e9 ent\u00e3o, o potencial do concreto armado n\u00e3o era explorado. Ele pode ser moldado de v\u00e1rias formas, \u00e9 como se fosse um bolo: voc\u00ea faz a forma, concreta e d\u00e1 a forma que voc\u00ea quiser. As formas que a gente v\u00ea hoje na arquitetura s\u00e3o, em grande parte, resultado das possibilidades que o concreto armado ofereceu l\u00e1 atr\u00e1s.<\/p>\n

Hoje, temos essa revisita\u00e7\u00e3o aos grandes arquitetos modernos, como Paulo Mendes da Rocha e, numa vertente mais contextualista, destacaria tamb\u00e9m os trabalhos de Richard Neutra e Frank Lloyd Wright. Esses s\u00e3o os principais que eu poderia destacar.<\/p>\n

Outra quest\u00e3o que tamb\u00e9m influencia na arquitetura contempor\u00e2nea \u00e9 a crescente qualifica\u00e7\u00e3o e, consequentemente, valoriza\u00e7\u00e3o da m\u00e3o de obra. Isso acaba encarecendo as obras<\/span>, mas nos dirige a possibilidades pr\u00e9-fabricadas, que antes n\u00e3o eram t\u00e3o exploradas<\/span>. Temos a possibilidade de pr\u00e9-fabricar toda uma casa, por exemplo, viabilizando obras em locais remotos, de dif\u00edcil acesso e sem m\u00e3o de obra local. Essas solu\u00e7\u00f5es contudo ainda s\u00e3o mais onerosas, principalmente por quest\u00f5es fiscais sobre produtos industrializados.<\/p>\n

Ent\u00e3o acredito que a arquitetura brasileira est\u00e1 hoje ocupando seu lugar de import\u00e2ncia no panorama mundial, retomando a sua relev\u00e2ncia que tinha num passado distante.<\/p>\n

Quem s\u00e3o suas inspira\u00e7\u00f5es na arquitetura mundial hoje em dia?<\/strong><\/em><\/h3>\n

As minhas maiores inspira\u00e7\u00f5es s\u00e3o as obras n\u00e3o s\u00f3 de Paulo Mendes da Rocha e Jo\u00e3o Vilanova Artigas, Lina Bo Bardi, Le Corbusier, mas da gera\u00e7\u00e3o anterior \u00e0 minha, como o \u00c2ngelo Bucci e Marcos Acayaba, meus antigos professores que possuem obras maravilhosas. Destaco ainda o Jader Almeida, que tem se destacado principalmente em projetos de interiores minimalistas.<\/span><\/p>\n

Os trabalhos do Frank Lloyd Wright<\/span>\u00a0e Richard Neutra, s\u00e3o sempre atuais e ainda hoje inspiram muitos escrit\u00f3rios que revisitam essas fontes e prop\u00f5em novas ideias.<\/p>\n

Tamb\u00e9m acho muito importante prestar aten\u00e7\u00e3o nos grandes escrit\u00f3rios de arquitetura paisag\u00edstica no mundo, que est\u00e3o fazendo coisas muito interessantes no sentido de integrar arquitetura e paisagismo. Escrit\u00f3rios como o Turenscape, a Design Workshop, SWA, s\u00e3o escrit\u00f3rios de ponta que est\u00e3o fazendo coisas muito interessantes e que s\u00e3o facilmente traduz\u00edveis numa arquitetura residencial para o bem-estar das pessoas.<\/p>\n

Para conhecer mais sobre os projetos de Gustavo e da pr\u00f3pria ARCHSCAPE<\/span>, confira o portf\u00f3lio de projetos<\/a>!<\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Certamente voc\u00ea j\u00e1 conhece um pouco sobre a hist\u00f3ria da ARCHSCAPE, mas hoje, vai conhecer um pouco mais sobre o nome que existe por tr\u00e1s do escrit\u00f3rio. Hoje, voc\u00ea confere um\u00a0papo com o arquiteto e\u00a0 paisagista Gustavo Garrido, o profissional idealizador da ARCHSCAPE. Aqui, vai\u00a0conhecer um pouco mais da sua jornada profissional, como se interessou […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":5479,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[54],"tags":[],"class_list":["post-5478","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-arquitetura"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/5478","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=5478"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/5478\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/media\/5479"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=5478"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=5478"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=5478"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}