{"id":5837,"date":"2021-08-06T10:17:07","date_gmt":"2021-08-06T13:17:07","guid":{"rendered":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/?p=5837"},"modified":"2021-08-06T10:17:07","modified_gmt":"2021-08-06T13:17:07","slug":"vertentes-da-arquitetura-moderna","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/vertentes-da-arquitetura-moderna\/","title":{"rendered":"Vertentes da arquitetura moderna: conhe\u00e7a as principais"},"content":{"rendered":"
Influenciada pelas mudan\u00e7as tecnol\u00f3gicas e da sociedade propostas pela Revolu\u00e7\u00e3o Industrial, a arquitetura moderna assimilou esses conceitos e definiu um novo estilo de cria\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Nesse contexto, a palavra de ordem era utilizar novas e criativas propostas para criar, planejar e arquitetar obras por meio de ideias originais e de vanguarda e, tamb\u00e9m, por rejeitar o car\u00e1ter tradicional dos movimentos anteriores.<\/p>\n
Com certeza, alguns dos projetos que voc\u00ea mais gosta fazem parte da arquitetura moderna, afinal, ela trouxe caracter\u00edsticas fundamentais que s\u00e3o utilizadas em grande parte das obras que vemos hoje.<\/p>\n
Neste artigo, vamos explicar quais s\u00e3o as principais vertentes da Arquitetura Moderna e as suas principais caracter\u00edsticas. Acompanhe!<\/p>\n
A Arquitetura Moderna \u00e9 um marco na pr\u00f3pria hist\u00f3ria da humanidade, j\u00e1 que ela rompe com todos os padr\u00f5es estabelecidos at\u00e9 o momento e prop\u00f5e um conceito inovador de relacionar o homem com o meio em que ele vive.<\/p>\n
Esse mesmo modernismo que estava gerando burburinho entre artistas e designers, rapidamente se espalhou pelo mundo da arquitetura, atingindo em cheio arquitetos j\u00e1 saturados por estilos anteriores e sedentos por novas ideias.<\/p>\n
O surgimento da ind\u00fastria e as novas tecnologias proporcionaram aos arquitetos a utiliza\u00e7\u00e3o de novos materiais, especialmente o a\u00e7o, o ferro, o vidro e o concreto armado. Diante de uma nova realidade social e com materiais totalmente novos, os arquitetos tiveram pela primeira vez a oportunidade de criar obras com liberdade de formas, estruturalmente mais leves, altas e fortes.<\/p>\n
A arquitetura passa agora a ser funcional, fluida, org\u00e2nica e, acima de tudo, humana. Ficou curioso para conhecer um pouco mais sobre as vertentes do modernismo? Veja abaixo!<\/p>\n
Esse estilo arquitet\u00f4nico se desenvolveu em paralelo \u00e0s artes visuais do expressionismo, durante o per\u00edodo pr\u00e9, durante e p\u00f3s Primeira Guerra Mundial. Neste contexto pol\u00edtico, a comunidade art\u00edstica estava disposta a fornecer respostas para uma sociedade em transforma\u00e7\u00e3o, buscando assim novas solu\u00e7\u00f5es, especialmente na arquitetura.<\/p>\n
As tend\u00eancias desse per\u00edodo marcam uma busca maior por experimenta\u00e7\u00e3o, quebras de paradigmas, distor\u00e7\u00e3o de elementos, cores e formas e uso de novos materiais como o vidro. Tudo com o intuito de oferecer novas possibilidades arquitet\u00f4nicas e art\u00edsticas para uma sociedade em profunda transforma\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Entre as caracter\u00edsticas da arquitetura expressionista est\u00e3o a experimenta\u00e7\u00e3o, a inova\u00e7\u00e3o formal e os volumes extremamente incomuns.<\/p>\n
Apesar de tentar evitar os dogmas est\u00e9ticos, \u00e9 poss\u00edvel estabelecer alguns crit\u00e9rios em comum nas constru\u00e7\u00f5es da arquitetura expressionista, entre eles est\u00e3o:<\/p>\n
Templo de L\u00f3tus, em Nova D\u00e9li<\/p><\/div>\n
O construtivismo na arte foi o \u00faltimo e mais importante movimento de arte moderna russa do s\u00e9culo XX. Ele iniciou em 1915, mas ganhou for\u00e7a, de fato, dois anos depois, com a Revolu\u00e7\u00e3o Russa.<\/p>\n
Apesar de influenciada por outras vanguardas europeias, como o cubismo e o futurismo, a arte construtivista teve ideias e narrativas totalmente inovadoras.<\/p>\n
Foi um movimento que buscou romper com a preocupa\u00e7\u00e3o art\u00edstica tradicional em compor obras orientadas pela est\u00e9tica, substituindo essa ideia pela constru\u00e7\u00e3o, combinando imagens industriais e composi\u00e7\u00f5es geom\u00e9tricas. O construtivismo negava o papel decorativo da arte e enaltecia a modernidade e o uso de t\u00e9cnicas avan\u00e7adas.<\/p>\n
Muito mais focada no espa\u00e7o do que na mat\u00e9ria, a arte construtivista era mais t\u00e9cnica do que criativa. Esse aspecto era t\u00e3o valorizado que os pintores do movimento eram conhecidos como engenheiros. J\u00e1 seus pinc\u00e9is funcionam n\u00e3o s\u00f3 como instrumentos art\u00edsticos, mas como ferramentas sociais.<\/p>\n
A est\u00e9tica da corrente apresentava uma linguagem abstrata e composi\u00e7\u00f5es geom\u00e9tricas, trazendo cores e linhas que pareciam vibrar e dan\u00e7ar entre si, o movimento exaltava a narrativa anal\u00edtica e valorizava o car\u00e1ter funcional das obras.<\/p>\n
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Liderado pelo pintor modernista Piet Mondrian e pelo arquiteto e tamb\u00e9m pintor Theo van Doesburg, o De Stijl foi um movimento que teve origem na Holanda, em 1917.<\/p>\n
Essa corrente de vanguarda foi influenciada pela est\u00e9tica da arte cubista e se estendeu para a arquitetura, o design, o mobili\u00e1rio, a moda, a literatura e a fotografia. Teve como base de seus ideais a valoriza\u00e7\u00e3o da pureza das formas, o uso de cores prim\u00e1rias e a inser\u00e7\u00e3o de figuras geom\u00e9tricas.<\/p>\n
Sendo assim, buscou desenvolver uma linguagem totalmente abstrata e que se opunha \u00e0 representa\u00e7\u00e3o da arte figurativa, devido ao seu car\u00e1ter tradicional.<\/p>\n
No entanto, muito se engana quem pensa que as formas e linhas eram colocadas ao acaso. Isso porque o De Stijl de Mondrian funcionava com base em regras e na explora\u00e7\u00e3o de diversas possibilidades. Entre as principais caracter\u00edsticas do De Stijl, podemos destacar:<\/p>\n
Pavillon Le Corbusier, Su\u00ed\u00e7a<\/p><\/div>\n
A primeira metade do s\u00e9culo XX conheceu uma das maiores revolu\u00e7\u00f5es na arquitetura e no urbanismo \u2013 o nascimento do Funcionalismo.<\/p>\n
A Revolu\u00e7\u00e3o Industrial abriu caminho \u00e0 inova\u00e7\u00e3o, introduzindo nos edif\u00edcios fabris o ferro, o a\u00e7o, o concreto e o vidro em larga escala e chamando a aten\u00e7\u00e3o para a necessidade de construir habita\u00e7\u00f5es oper\u00e1rias de qualidade.<\/p>\n
A cria\u00e7\u00e3o da escola Bauhaus fez com que se estudasse exaustivamente a rela\u00e7\u00e3o entre a forma e a fun\u00e7\u00e3o na produ\u00e7\u00e3o de diversos objetos e nos edif\u00edcios arquitet\u00f4nicos. Da reflex\u00e3o sobre a forma e a fun\u00e7\u00e3o nasceu a arquitetura moderna, sob o paradigma funcionalista.<\/p>\n
O arquiteto franc\u00eas Le Corbusier defendeu o Funcionalismo (ou Racionalismo) com base nos seguintes princ\u00edpios:<\/p>\n
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Foi uma escola de artes fundada em 1919 pelo arquiteto Walter Gropius, em Weimer, Alemanha. Ela revolucionou o design moderno ao buscar formas e linhas simplificadas, definidas pela fun\u00e7\u00e3o do objeto.<\/p>\n
Bauhaus \u00e9 a jun\u00e7\u00e3o de \u201cbauen\u201d (para construir, em alem\u00e3o) e \u201chaus\u201d (casa). L\u00e1, os alunos encontravam uma vis\u00e3o interdisciplinar pioneira, j\u00e1 que todas as artes eram apresentadas de maneira interligada.<\/p>\n
A Bauhaus unificou disciplinas como arquitetura, escultura, pintura e desenho industrial. E n\u00e3o desprezava nem as artes consideradas \u201cmenores\u201d na \u00e9poca, por sua liga\u00e7\u00e3o direta com trabalhos mais manuais, como cer\u00e2mica, tecelagem e marcenaria.<\/p>\n
A escola introduziu ainda o uso de novos materiais pr\u00e9-fabricados, a simplifica\u00e7\u00e3o dos volumes, geometriza\u00e7\u00e3o das formas e predom\u00ednio de linhas retas, em tudo que era produzido.<\/p>\n
Especificamente na arquitetura, a Bauhaus ficou conhecida pelas paredes lisas e, geralmente, brancas, abolindo a decora\u00e7\u00e3o. Outra marca da escola foi a aboli\u00e7\u00e3o das paredes internas (como nos lofts), somadas a amplas janelas e fachadas de vidro.<\/p>\n
Nem os telhados resistiram \u00e0s inova\u00e7\u00f5es da Bauhaus, que popularizou as coberturas planas, transformadas em terra\u00e7os.<\/p>\n
Entre as principais caracter\u00edsticas da escola Bauhaus, destacam-se:<\/p>\n
Escola Bauhaus, na Alemanha<\/p><\/div>\n
O minimalismo \u00e9 um movimento que n\u00e3o abrange s\u00f3 a arquitetura, mas tamb\u00e9m a arte e o design, assim como n\u00e3o deixa de ser tamb\u00e9m um estilo de vida.<\/p>\n
Valorizando o vazio dos espa\u00e7os, a simplicidade e a limpeza est\u00e9tica, a arquitetura minimalista foi inspirada nos movimentos do cubismo de De Stijl e Bauhaus da d\u00e9cada de 1920.<\/p>\n
Foi em 1947 que a filosofia do estilo minimalista foi cunhada na c\u00e9lebre frase do arquiteto Ludwig Mies Van der Rohe: \u201cmenos \u00e9 mais\u201d. Essa express\u00e3o faz refer\u00eancia \u00e0 aplica\u00e7\u00e3o de formas geom\u00e9tricas simples e \u00e0 sofistica\u00e7\u00e3o de obras compostas de a\u00e7o e vidro.<\/p>\n
Al\u00e9m de ser influenciada por Bauhaus e De Stijl, a arquitetura minimalista tamb\u00e9m apresenta forte conex\u00e3o com a arquitetura tradicional japonesa. Afinal, o conceito do design tradicional japon\u00eas se concentra na remo\u00e7\u00e3o do que \u00e9 sup\u00e9rfluo, valorizando a essencialidade dos elementos.<\/p>\n
No decorrer dos anos, o minimalismo tornou-se bastante popular tanto como estilo de vida como conceito de design. Com o objetivo de representar um design de alto padr\u00e3o, a arquitetura minimalista se baseia na simplicidade dos elementos, valorizando esse conceito tanto na forma como no espa\u00e7o e nas cores.<\/p>\n
Entre as principais caracter\u00edsticas do minimalismo na arquitetura, destacam-se:<\/p>\n
Pavilh\u00e3o Alem\u00e3o, Alemanha<\/p><\/div>\n
A Arquitetura Brutalista nasceu nos anos 1950, inspirada na Arquitetura Moderna e Minimalista, e esteve presente com for\u00e7a em alguns pa\u00edses at\u00e9 o fim dos anos 1970.<\/p>\n
Ela nasceu ap\u00f3s a 2\u00aa Guerra Mundial, \u00e9poca em que os pa\u00edses Europeus precisavam se reerguer depois de tanta devasta\u00e7\u00e3o. Nesse contexto, havia a necessidade de usar materiais mais baratos na constru\u00e7\u00e3o de grandes obras, focando em sua funcionalidade ao inv\u00e9s da est\u00e9tica rebuscada.<\/p>\n
O termo brutalismo vem do termo franc\u00eas \u201cb\u00e9ton brut\u201d, que significa \u201cconcreto bruto\u201d. Quem batizou e consolidou os ideais do estilo foi Le Corbusier, que o aplicou pela primeira vez na Unit\u00e9 d\u2019Habitation da Fran\u00e7a, inaugurada em 1946.<\/p>\n
As principais caracter\u00edsticas do estilo s\u00e3o:<\/p>\n
Complexo Habitat 67, no Canad\u00e1<\/p><\/div>\n
O metabolismo \u00e9 um movimento de arquitetura moderna originado no Jap\u00e3o, na d\u00e9cada de 1960. A grosso modo, o movimento defendia uma cidade toda estruturada por arranha-c\u00e9us, conectados entre si por passarelas. Tudo estaria de alguma forma ligado em uma esp\u00e9cie de imensa e \u00fanica obra.<\/p>\n
Formalizado na d\u00e9cada de 60, com a publica\u00e7\u00e3o do manifesto intitulado \u201cMetabolismo 1960: As propostas para um novo urbanismo\u201d, o metabolismo sintetiza um dos lemas da arquitetura japonesa at\u00e9 hoje.<\/p>\n
O pensamento dominante entre os jovens arquitetos japoneses que impulsionaram o movimento era, de certa forma, reproduzir o processo metab\u00f3lico aplicado aos edif\u00edcios, como se fossem seres vivos.<\/p>\n
O objetivo era desafiar as velhas ideias europeias sobre o urbanismo est\u00e1tico, da\u00ed o nome Metabolismo, o que faz muito sentido para a popula\u00e7\u00e3o oriental.<\/p>\n
Na rota de constantes desastres naturais e o hist\u00f3rico com guerras, os japoneses aprenderam a crescer sob constante esp\u00edrito de reconstru\u00e7\u00e3o. Mas, como todo movimento vision\u00e1rio demais, muitas das ideias de seus fundadores, entre eles o arquiteto Kenzo Tange e Arata Isozaki, o designer gr\u00e1fico Kiyoshi Awazu e o critico Noboru Kawazoe, n\u00e3o foram para frente.<\/p>\n
Por\u00e9m, a escola metabolista continua a exercer uma influ\u00eancia bastante significativa na arquitetura atual. A explica\u00e7\u00e3o para essa popularidade vem da forma como os japoneses sempre conseguiram aliar o eterno apre\u00e7o pela novidade com as regras da tradi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Al\u00e9m disso, enquanto o movimento deixou de existir como tal, muitos outros arquitetos adotaram alguns de seus princ\u00edpios para desenvolver projetos, incluindo a vontade de criar edif\u00edcios mais sustent\u00e1veis.<\/p>\n
Pavilh\u00e3o Takara Beautilion, Osaka<\/p><\/div>\n
A arquitetura moderna est\u00e1 em todos os lugares do mundo, refletindo a evolu\u00e7\u00e3o das ideias em constru\u00e7\u00f5es que buscam solucionar os problemas de habita\u00e7\u00e3o e crescimento urbano, al\u00e9m de trazer o olhar humano para a sa\u00fade, bem-estar e sustentabilidade.<\/p>\n
Quer saber como esses conceitos da arquitetura moderna podem estar presentes no seu projeto? Entre em contato com a nossa equipe e conhe\u00e7a as solu\u00e7\u00f5es criativas da ARCHSCAPE!<\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Influenciada pelas mudan\u00e7as tecnol\u00f3gicas e da sociedade propostas pela Revolu\u00e7\u00e3o Industrial, a arquitetura moderna assimilou esses conceitos e definiu um novo estilo de cria\u00e7\u00e3o. Nesse contexto, a palavra de ordem era utilizar novas e criativas propostas para criar, planejar e arquitetar obras por meio de ideias originais e de vanguarda e, tamb\u00e9m, por rejeitar o […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":5846,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[54],"tags":[],"class_list":["post-5837","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-arquitetura"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/5837","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=5837"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/5837\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/media\/5846"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=5837"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=5837"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/archscape.com.br\/2024\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=5837"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}