A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) acaba de publicar a parte 4 da NBR-16.636, uma norma brasileira que descreve e organiza as atividades técnicas envolvidas no desenvolvimento do projeto de arquitetura paisagística. Esta norma faz parte de uma série que trata da elaboração de projetos arquitetônicos e urbanísticos, agora concentrando-se especificamente no design dos espaços livres em áreas urbanas, sejam eles públicos ou privados.
Começando com os termos frequentemente ambíguos que eram usados e passando por boas práticas e pelo conjunto de conhecimentos necessários, esta norma foi criada para sistematizar as atividades que caracterizam a arquitetura paisagística. Ela aborda conceitos arquitetônicos que muitas vezes são considerados estabelecidos, mas que na prática são inadequados para ambientes externos. Essa publicação serve como uma ferramenta para melhorar a qualidade dos espaços livres, tanto para arquitetos quanto para urbanistas. Alguns aspectos destacados incluem:
1. Diversidade
As medidas anteriormente consideradas “consagradas” agora levam em consideração diferentes faixas etárias e condições de mobilidade.
2. Mobilidade
O dimensionamento de ciclovias agora possui parâmetros práticos e objetivos para o seu planejamento nas malhas cicloviárias das cidades.
3. Especialização
Além da famosa fórmula de Blondel, a norma aborda de maneira mais apropriada o dimensionamento de escadas a serem usadas em áreas externas, levando em consideração as características específicas de uso dos espaços livres.
4. Interdisciplinaridade
Da mesma forma como se molda o formato das construções com intenções estéticas e funcionais, a modelagem do terreno é abordada de maneira similar, oferecendo mais ferramentas para enriquecer o projeto e a comunicação com os serviços de terraplanagem. Além disso, são abordados temas como jardins sobre laje, interfaces com engenharias e redes públicas, e parâmetros de arborização urbana.
5. Adequação
A norma vai além de uma classificação botânica e estabelece parâmetros para a classificação da volumetria da vegetação, o que é fundamental para a elaboração dos projetos e para padronizar as discussões entre especialistas e executores.
A norma está disponível para consulta no site: normas.com.br