Compatibilização: essa palavra por vezes desconhecida para o público leigo, representa na verdade uma questão fundamental na construção civil. Devido à complexidade atual dos sistemas dentro da arquitetura e dos processos construtivos, a compatibilização construtiva entre as especialidades é fundamental para a viabilidade econômica dos empreendimentos.

Esta atividade corresponde, numa explicação simples, da verificação contínua das informações constantes nos vários projetos que compõem um empreendimento e pode ser feita antes do início da obra (preferencialmente) ou concomitantemente a ela, quando não se tem todas as definições. Em edificações, tudo se inicia na arquitetura, a qual dá o tom da forma e função e as demais disciplinas se seguem complementando. Portanto, um ponto de ar condicionado previsto pela arquitetura deve ser atendido nos projetos específicos de climatização, e de elétrica e não conflitar com o projeto estrutural.apron wish lightweight golf shoes schuhe fila imiteret skind nederdel pantuflas hombre neon nylon

Contudo, o que parece ser razoavelmente fácil de entender no edifício, complica-se em grande escala nos pavimentos de lazer descobertos, seja sobre solo natural (no chão, digamos), seja em pavimentos sobre uma das lajes.

A arquitetura paisagística entra em cena

Hoje em dia, apesar de empresas especializadas em compatibilização se consolidarem no mercado como uma disciplina independente, quando falamos das áreas de lazer, é fundamental o conhecimento especializado de arquitetura paisagística, principalmente pela grande variação de abordagens de projeto, muito maior do que temos num andar tipo de um prédio.

Alvenarias, sistemas estruturais, impermeabilização, drenagem superficial, sistemas de irrigação, sistemas elétricos e hidráulicos, captação de águas pluviais, terraplanagem, fundações, iluminação, serralheria, carpintaria, tudo isso precisa conviver com as árvores, arbustos e forrações propostas no projeto. Além dos sistemas em si, normas específicas precisam ser seguidas, não só acessibilidade e a norma de paisagismo, mas também outras que regram a construção de playgrounds, piscinas, quadras esportivas e demais equipamentos de lazer.

Falta de conhecimento específico

Por mais que as empresas especializadas em compatibilização estejam acostumadas ao trabalho em edifícios, nas áreas de lazer é recomendado o acompanhamento do autor do projeto paisagístico, por todo conhecimento específico que envolve, principalmente com o foco em relação às plantas.

Da mesma forma que a arquitetura da o tom nas edificações, o paisagismo precisa ser alçado ao status de disciplina mestre nos projetos mais complexos de áreas de lazer, conduzindo os processos de evolução dos projetos, construindo as definições com os demais stakeholders, para que ao fim se alcance o resultado previsto no projeto.

A natureza agradece.

 

Meta-descrição: Você sabe o que é permacultura e como isso pode agregar nos imóveis? Entenda o termo e descubra qual é a relação dele com o meio ambiente.
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Permacultura e arquitetura sustentável 

Você sabe o que é permacultura? O termo em si não é muito difundido, mas com certeza você irá se familiarizar com a definição desse conceito – e vale ressaltar que ele é importante para qualquer pessoa ou empresa.

Atualmente, e felizmente, o mundo está tomando mais consciência da necessidade de cuidar do meio ambiente e o próprio mercado consumidor exige que as marcas e empresas adotem uma postura mais consciente.

Isso não seria diferente para o ramo imobiliário, visto que uma “simples” construção pode ser desenvolvida de uma forma muito mais sustentável e trazendo diversos benefícios.

Nesse artigo você vai compreender melhor do que se trata a permacultura e qual a relação dela com a setor imobiliário. 

O que é permacultura

A permacultura é, na verdade, uma filosofia de vida, sendo que um dos seus princípios é que as necessidades dos indivíduos estão relacionadas com soluções sustentáveis. É um sistema de design que busca criar assentamentos humanos sustentáveis, integrados e resilientes em relação aos ecossistemas naturais e às comunidades locais. É baseada em três princípios éticos fundamentais: cuidado com a Terra, cuidado com as pessoas e compartilhamento justo dos recursos.

A Permacultura se preocupa com a interação harmoniosa entre os seres humanos e o meio ambiente, e propõe uma abordagem holística para a criação de projetos sustentáveis, que integrem a produção de alimentos, energia, água, resíduos e recursos naturais em um sistema integrado e regenerativo

Sempre é levado em consideração o equilíbrio entre o respeito ao próximo e o ecossistema em que todos estão inseridos. 

Bill Mollison e David Holmgren foram os criadores desse conceito. Foi nos anos 70 que perceberam que os recursos naturais de onde viviam estavam acabando e, a partir disso, resolveram criar um modelo mais sustentável de agricultura. 

Agricultura permanente era como a permacultura se chamava antigamente e o seu princípio era o cultivo muito relacionado com o meio ambiente. 

De acordo com os idealizadores dessa filosofia, a permacultura estimula o desenvolvimento sustentável do ambiente, sendo que a produtividade não é algo que seja prejudicado nessa linha estratégica. 

É considerado como um meio de justiça ambiental e, hoje, já foi mais do que provado a possibilidade de empreendimentos altamente sustentáveis e lucrativos. 

Permacultura x imóveis 

Seja uma obra de um apartamento, condomínio, casa ou até mesmo um grande empreendimento, existem formas de desenvolver o projeto de uma maneira muito mais sustentável.

Além de ser algo ambientalmente correto, isso agrega mais para o projeto do que os responsáveis possam imaginar.

Isso porque a permacultura pode ser incorporada não só na edificação, mas também na arquitetura paisagística e, no final das contas, o projeto ficará muito mais atrativo – além de econômico a curto e longo prazo. 

Através da arquitetura paisagística, é possível planejar e projetar espaços verdes urbanos e rurais, que promovam a biodiversidade, incorporando também a produção de alimentos, a conservação de água e a redução de resíduos.

Algumas das técnicas utilizadas na arquitetura paisagística permacultural incluem a utilização de plantas comestíveis e medicinais em jardins e canteiros, a criação de sistemas de coleta de água da chuva e de tratamento de esgoto, o uso de materiais naturais e reciclados na construção e paisagismo, e a implementação de sistemas de energia renovável, como painéis solares e turbinas eólicas.

O mercado imobiliário já está ciente de que é possível agregar mais valor com essa linha sustentável e, por isso, algumas empresas já estão trazendo projetos que funcionam em simbiose com o meio ambiente.

Além de trazer um visual extremamente agradável e reconfortante, há diversos benefícios que são agregados no dia a dia dos moradores. 

Quais são os benefícios da permacultura nas construções 

Falando sobre os benefícios que a permacultura pode proporcionar, tanto para as construtoras quanto para os moradores, podemos citar:

Clima mais agradável 

Quando o projeto tem áreas verdes, reservatórios a céu aberto e outras medidas que agregam no microclima, a temperatura acaba ficando mais fresca. Considerando que o Brasil é quente, isso faz toda a diferença. 

Ar menos poluído 

Quem mora nas grandes cidades sabe que o ar é muito mais poluído. Uma obra sustentável com muito verde consegue fazer com que o ar daquele perímetro seja mais limpo. 

Maior umidade 

Plantas e gramas promovem mais umidade, ideal para regiões de pouca chuva (isso ajuda na respiração). 

Conforto 

A permacultura promove o conforto de modo geral para o morador, pois a natureza sempre traz sensação de paz e tranquilidade. 

Projeto com economia a longo prazo 

E, claro, um projeto feito de forma inteligente pode gerar economia a longo prazo para os moradores (economia com energia e água, por exemplo).

Se você está em busca de um imóvel ideal e que promova a filosofia da permacultura, não deixe de conhecer os projetos da Archscape

 

A cada dia que passa as pessoas têm se preocupado mais com a aparência das áreas externas de suas residências e até mesmo dos seus ambientes corporativos, optando por um paisagismo de luxo para tornar esses locais mais agradáveis. apron wish lightweight golf shoes schuhe fila imiteret skind nederdel pantuflas hombre neon nylon 

Ocorre que escolher um paisagismo de luxo requer a procura de profissionais extremamente qualificados para que o projeto seja entregue da forma desejada e evite frustrações.

Sendo assim, neste texto vamos abordar as particularidades do paisagismo de luxo, bem como o que esse mercado tem procurado na hora de elaborar os seus projetos. 

O que as pessoas têm procurado no paisagismo de luxo?

O paisagismo de luxo tem sido muito procurado por pessoas que querem unir a natureza e arte em suas residências ou ambientes corporativos, incorporando ao ambiente não somente a botânica, mas também cultura e uma boa estética por meio de projetos sofisticados. 

Essa busca por um maior contato com a natureza, principalmente dentro de casa, cresceu ainda mais com a pandemia, eis que as pessoas querem um ambiente tranquilo, decorado e verde, seja para tomar rum café, refazer ioga ou até mesmo trabalhar.

O paisagismo de luxo é muito mais que adicionar vasos de plantas em locais vazios da residência, eis que ele envolve inúmeras particularidades que são estudadas pelo arquiteto paisagista que tem como foco oferecer ao morador uma melhor forma de se viver e até de organizar o ambiente. 

Quais são as particularidades do paisagismo de luxo?

O arquiteto que elabora um paisagismo de luxo se preocupa com inúmeras particulares, entre elas são:

  • Implementação de plantas sofisticadas e mais resistentes, dando ao local um aspecto mais fresco, mais bonito e elegante, mas sem dificultar o cuidado do proprietário com o ambiente;
  • Modificações estruturais visando um ambiente mais verde e que se adeque ao design do local e necessidades do proprietário;
  • Incrementação de ações sustentáveis para valorizar o local e tornar a rotina do proprietário do ambiente mais funcional e sustentável;
  • Utilização de materiais premium para acrescentar mais luxo, elegância, qualidade e sofisticação ao ambiente. 

Essas são algumas das particularidades que um arquiteto qualificado e especializado em paisagismo de luxo se preocupa ao elaborar um projeto, contudo, há inúmeras outras peculiaridades. 

Dicas na hora de elaborar seu projeto de paisagismo de luxo 

Se você quer ter um paisagismo de luxo, o ideal é sempre procurar um arquiteto, mas que tal já ir pensando em algumas ideias para o seu projeto? Confira algumas dicas.

1. Variedade de plantas

A primeira dica é optar por uma variedade de plantas e, como dissemos anteriormente, escolher plantas sofisticadas e mais resistentes é a melhor opção, pois elas não darão tanto trabalho e ainda darão um toque adicional de elegância no ambiente.

2. Aposte em itens decorativos

Outro elemento essencial para paisagismos de luxo são itens de decoração do ambiente como decks de madeira, caminhos de pedra, bem como um espaço confortável e elegante para descansar, receber visitas, tomar um café e entre outras atividades.

Se seu ambiente tiver um espaço, apostar em um pequeno lago ou mini cascata para deixar o local mais sofisticado e ter ainda mais contato com a natureza.

3. Escolha um profissional

Nossa última dica para realizar seu sonho de ter um paisagismo de luxo é entrar em contato com a Archscape, nosso escritório de Arquitetura especializado em paisagismo e que irá te ajudar a elaborar e construir esse projeto da melhor forma possível.

Projetar uma piscina em uma casa de campo é uma das atribuições de um paisagista. Muitas dúvidas surgem em seguida: como projetar, qual técnica construtiva utilizar, quais materiais, qual sistema de filtragem, qual sistema de aquecimento e quanto custa construir? Nesse texto falarei um pouco sobre cada um desses temas, não necessariamente com respostas simples, pois o assunto é extenso e com muitas variáveis e no final das contas o que vale é a expectativa ser atendida.apron wish lightweight golf shoes schuhe fila imiteret skind nederdel pantuflas hombre neon nylon

Mas afinal de contas, qual a finalidade da piscina?

Esta é primeira pergunta a se fazer. Praticar natação, relaxar com jatos de hidromassagem, contemplar a paisagem ou simplesmente se refrescar, cada uma dessas finalidades demanda uma solução específica de projeto.

Imprescindível neste momento verificar a disponibilidade de terreno. Uma piscina de raia por exemplo necessita de pelo menos 30 m de extensão disponível no terreno.

Uma atenção especial deve ser dedicada à topografia e características geológicas do terreno, a fundação e o movimento de terra necessário pode elevar muito os custos de implantação.

Para essas questões a expertise de um arquiteto paisagista é primordial nas decisões ainda na fase de projeto, levando também em consideração as vistas mais agradáveis, orientação solar, a implantação no terreno e a composição com a vegetação e elementos naturais.

No projeto, estudamos o formato não só para atender a função mas também pensando nesse diálogo com os elementos circundantes : um desnível existente pode abrigar uma queda d’água, uma depressão, uma borda infinita.

Existe uma técnica mais adequada na construção de piscinas?

Não existe, pois depende de vários fatores, mas sobretudo por conta da forma pretendida e da acessibilidade do terreno.

Piscinas moldadas no local, feitas de concreto ou de alvenaria, são totalmente versáteis, tanto na forma quanto no acabamento, apesar de serem potencialmente mais caras.

As de fibra de vidro, apesar de mais baratas, são muitas vezes impraticáveis em terrenos de acesso difícil, além de limitarem em muito a criatividade.

Existem também as piscinas de vinil, que consistem e tanques de alvenaria revestidas com manta vinílica, que possuem estampas se padrões ilimitados e podendo ser consideradas portanto uma variação do primeiro tipo.

Apesar da facilidade na instalação, não necessitando de azulejista, é muito comum aparecerem bolhas devido à variações de temperatura, irregularidades na base ou mesmo problemas de instalação.
O uso excessivo de cloro também pode trazer problemas desbotando a estampa do vinil. Evitar estampas que imitam outros materiais é uma boa dica.

E os materiais recomendados para as áreas de piscinas?

As famosas “pedras de piscina”  continuam sempre em alta, pedras como a São Tomé, Goiás, Granitos e Arenitos, em formatos irregulares trazem um ar despojado e sofisticado para a área do solário, podendo ser empregadas também no tanque.

Há também as peças industrializadas, as placas cimentíceas, com características diversas:

formadas por agregados,

de massa única,

os atérmicos, são ideais para quem aprecia maior regularidade na paginação dos pisos.As bordas, independente do material, necessitam de tratamento de forma a suavizar os cantos vivos e de resistência, pois trata-se de uma zona de transição e desnível. Para dentro do tanque há uma grande variedade de cerâmicas especialmente concebidas para o uso imerso.Há também os revestimentos naturais como a famosa pedra Hijau, que confere um aspecto naturalista ao tanque.Para ambas opções é necessário contar com mão de obra especializada para o assentamento, tomando cuidado com as juntas de dilatação e rejuntes.

Como conceber os sistemas de aquecimento e filtragem das piscinas?

Os sistemas de filtragem e recirculação das piscinas são normatizados pela NBR10339, e são compostos por conjunto de bomba, filtro, bocais, ralos e tubulações.

Atenção especial para ralos de fundo , no mínimo dois ralos, para evitar acidentes.

Para a filtragem, além dos filtros de areia existem filtros de borda, os chamados skimmers.

Apesar de serem úteis para a limpeza superficial da água, trazem um inconveniente de baixar muito o nível de água em relação à borda, trazendo uma sensação menos agradável. Nesse sentido, as chamadas bordas prainhas criam um efeito de espelho, já que o nivel d’água fica bem na face inclinada da borda.

Este tipo de borda contudo necessita de um sistema adicional de nível com boia e tanque de compensação, para garantir que o efeito permaneça , mesmo com pessoas utilizando a piscina.

Além desses sistemas, se a piscina contar com um espaço para hidromassagem, é necessário adicionar mais um sistema independente para isso. E quanto mais sistemas e maior a piscina, maior espaço é necessário para a casa de bombas, para a qual é importante pensar sua locação e dimensionamento.

E quanto custa fazer uma piscina?

Com tantas opções de layout, técnicas, sistemas e acabamentos, é uma conta que varia muito e é preciso uma análise de todos os itens envolvidos. Em nossas últimas experiências, o custo aferido variou entre R$ 3.500,00 e R$ 4.000,00 / m3 para o sistema completo.

Embora uma piscina de fibra possa parecer inicialmente mais barata, é preciso contabilizar os custos de escavação, preparação do terreno, transporte e sistemas.

E principalmente avaliar se uma piscina assim atende às necessidades pretendidas, pois se a ideia é ter uma hidromassagem, uma sauna conjugada, o melhor é partir de vez para uma piscina de alvenaria ou concreto.

De qualquer forma, é imprescindível o envolvimento de um arquiteto, desejavelmente com experiência em arquitetura paisagística para conduzir os trabalhos para se ter um resultado que valha o investimento.

Gustavo Garrido é arquiteto paisagista e head da Archscape Escritório de Paisagismo em São Paulo

Muito além do domínio sobre as espécies vegetais, o trabalho do paisagista envolve pensar os elementos construtivos dos espaços de lazer e contemplação.apron wish lightweight golf shoes schuhe fila imiteret skind nederdel pantuflas hombre neon nylon

Já falamos aqui um pouco sobre piscinas, revestimentos, iluminação e um elemento indispensável à segurança que também é de responsabilidade do paisagista trata-se dos elementos de serralheria no paisagismo. São os ítens que compreendem os portões, grades, guarda-corpos, corrimãos e alambrados.

Serralheria em grande estilo no imóvel

Quando se tem a necessidade de se fazer um fechamento para a frente do terreno de uma casa de campo, casa urbana ou sítio, um muro é a opção em geral escolhida quando a decisão é feita pela equipe de obra.

Dentre as diversas decisões importantes que o proprietário precisa tomar no que se refere a sua nova construção ou reforma, a serralheria acaba sendo uma questão secundária mas, pensando de forma lógica, o fechamento frontal é a primeira impressão que se tem da casa e não se deve deixar este elemento em segundo plano.

Seja apenas nos portões de acesso ou no próprio fechamento, um bom desenho e serralheria valoriza o acesso do terreno e diretamente a arquitetura, devendo portanto seguir a mesma linha estética, seja moderna, clássica, art nouveau, industrial.

O desenho pode ser feito com barras simples, horizontais ou verticais, com telas, chapas perfuradas, elementos de serralheria artística, o céu é o limite.

Segurança e funcionalidade da serralheria na estrutura arquitetônica

É preciso dedicar uma atenção especial aos portões. A escolha dos sistemas de abertura também é um passo importante para se verificar a viabilidade do desenho em função do espaço disponível e dos tipos de veículos.

Um portão de correr necessita de espaços laterais disponíveis para o funcionamento do sistema. Um portão basculante traz limitações de altura de passagem e de vãos. Ao optar por um de abrir, os declives podem afetar sua viabilidade.

Nos portões de pedestres é importante pensar em dispositivos de passa-volumes, correspondências, entrega de mercadorias e como não comprometer a segurança ao se desenhar esses dispositivos.

Além das passagens, os trechos fixos – quando desenhados em serralheria-, conferem “olhos à rua” aumentando a sensação de segurança, fato constatado pala escritora e ativista canadense Jane Jacobs em seu clássico livro : Morte e Vida de Grandes Cidades. Passar por uma rua cercada de muros é uma experiência que traz muita insegurança para a vizinhança e permitindo a permeabilidade visual, contribuímos para o bem estar do bairro.

Desenho e estética da serralheria no paisagismo: uma infinidade de possibilidades

Por ser um elemento vertical e sequencial, os gradis tem um impacto significativo na paisagem e pensar no seu design reforça o partido estético do projeto.

Além dos gradis altos de cercamento da propriedade, as piscinas e os playgrounds necessitam por norma, serem delimitados e os gradis baixos aparecem como elementos imprescindíveis e marcantes.

Utilizar barras de seção circulares, chatas, quadradas ou até com um desenho mais rebuscado, com o uso de ferro forjado, são muitos os efeitos obtidos com um bom desenho de gradis.

Os famosos gradis que o artista Carybé desenhou para o Solar do Unhão, em Salvador, são uma verdadeira obra de arte.

Mesclar materiais, texturas e utilizar cores ajudam a reforçar a personalidade pretendida ao projeto paisagístico.

Atenção às normas técnicas ao escolher as serralherias

Em rampas e escadas externas são necessários desenhos específicos de corrimãos, a passagem da mão pelo tubo não pode ser interrompida por montantes de fixação, de acordo com a NBR 9050. A famosa norma de acessibilidade exige que sejam desenhados com duas alturas e finalizados de forma arredondada, podendo ser usados em uma linha apenas ao centro da escada ou rampa, não necessariamente em ambos os lados, dependendo da situação.

A avaliação do arquiteto paisagista na aferição das serralherias é fundamental neste sentido.

Funcionalidade e proteção em quadras esportivas

Os alambrados cumprem uma função dupla nas quadras: se por um lado protegem o entorno de acidentes com bola, contribuem para manter a dinâmica do jogo, diminuindo o tempo de reposição de bola. Para cada esporte existe uma forma mais adequada de se pensar os alambrados. Usar uma tela galvanizada alta nas extremidades pode ser útil no futsal, mas talvez atrapalhe no voleibol.

Para o tênis ou beach tênis, um cercamento em meia altura nas laterais, com lona, provavelmente ficará mais interessante esteticamente.

Pensar em todos esses elementos como um conjunto estético e funcional unificado certamente trata mais harmonia para seu projeto.

Gustavo Garrido é arquiteto paisagista e head da Archscape, escritório de arquitetura e paisagismo em São Paulo

Responsável por planejar, repaginar e restaurar espaços abertos e de circulação, o paisagismo vem mudando a forma como a população enxerga as cidades no país. Ainda mais num contexto de Mudanças Climáticas (confira nosso artigo sobre o tema), trazer o verde para as cidades é hoje mais necessário de que nunca.apron wish lightweight golf shoes schuhe fila imiteret skind nederdel pantuflas hombre neon nylon

Como exemplo disso, trouxemos algumas regiões já modificadas pela prática.

Com isso, vamos acompanhar as 10 cidades mais verdes do Brasil e como o paisagismo contribui para isso.

1. Goiânia

Atualmente, a capital do Estado de Goiás possui 89,5% de área verde, segundo o IBGE. Com isso, é quase 95 metros quadrados de árvores por habitante na cidade, número impressionante para uma cidade grande.

Grande parte desse número se dá pelo aproveitamento dos espaços livres e públicos da cidade, focados em trazer a natureza para mais perto da população. Na prática, o paisagismo conseguiu transformar vários espaços em verdadeiros jardins ao ar livre.

Com isso, o interesse da população aumenta, já que a aparência chama muita atenção, além de preservar espaços naturais. Graças a prática de paisagismo, Goiânia é hoje a primeira no ranking de cidades mais verdes do Brasil.

2. Campinas

O segundo lugar pode ser chocante para muitas pessoas, mas Campinas, em São Paulo, é a segunda cidade mais verde do país, com cerca de 88,4% de região arborizada. No entanto, tudo isso só foi possível graças a política de investimento em paisagismo dos últimos anos.

A Mata Atlântica localizada na região foi quase que completamente devastada, fazendo com que, em 1994, a cidade implementasse políticas de recuperação. Ao longo dos anos, o investimento em paisagismo foi crescendo e restaurando os pontos mais importantes da cidade, que ainda conta com um grande um estoque de espaços livres existentes que podem num futuro próximo serem qualificados e incrementar mais a posição da cidade neste ranking.

3. Belo Horizonte

Conhecida como uma das cidades mais bonitas do país, Belo Horizonte conta com 83% de área verde, muito bem espalhada pela cidade. Um dos grandes pontos positivos é o fato de se manter com uma política de naturalismo e paisagismo, mesmo sendo uma grande capital. Conta com um sistema de espaços livres composto por parques de caráter metropolitano, tais como o Parque das Mangabeiras e a Lagoa da Pampulha, para citar os mais notáveis.

4. Porto Alegre

Figurando na mesma posição que Belo Horizonte por muito tempo, Porto Alegre traz 82,9% de área verde, índice bem próximo da capital mineira dentre as cidades mais verdes do Brasil. Além disso, a cidade é conhecida por suas belas regiões ao ar livre. Conta com parques tradicionais como o Farroupilha, Chico Mendes, Moinhos de Vento, dentre outros.

Para quem deseja conhecer mais do paisagismo, é sempre uma das opções mais comentadas e apresentadas ao público.

5. Curitiba

Atualmente, muitas pessoas acreditam que Curitiba seria o primeiro lugar na lista de cidades mais verdes do Brasil, mas, no momento, ocupa a quinta colocação com 76,4%. Mas, o que leva a cidade a ser tão conhecida por áreas verdes e ao ar livre?

A resposta é bastante simples, trata-se do investimento que a cidade faz todos os anos no paisagismo urbano e da forte marca que anos planejamento urbano de longo prazo trouxe para a cidade, aliando a qualidade dos espaços públicos à Mobilidade Urbana. Desde espaços tradicionais, como o Passeio Público, até parques mais recentes, como o Parque das Pedreiras, onde se localiza a famosa Ópera de Arame, a cidade está repleta de verde para todos os gostos e idades, que compõe um estruturado sistema de espaços livres. São verdadeiros projetos e planejamentos de áreas verdes por toda a região, evidenciando as belezas e trazendo os moradores para cada vez mais perto.

6. São Paulo

São Paulo, apesar de muito se questionar, também possui uma grande porção de área verde e fugura com louvor dentre as cidades verdes, com seus 75,4% de áreas completamente livres de construções. O grande motivo para a capital paulista estar na lista é o investimento público em paisagismo na região. A cidade multiplicou recentemente seu número de parques, apresentando hoje 113 dessas estruturas de lazer e contemplação, dentre os quais 106 são administrados pela municipalidade, compreendendo inclusive a implantação de Parques Lineares ao longo de cursos d’água.

Muito além desses espaços, a legislação urbana da cidade incentiva cada vez mais a arborização das ruas e novos empreendimentos, o que certamente levará a cidade a avançar no ranking.

7. Fortaleza

Sendo uma das capitais mais conhecidas e visitadas do país, Fortaleza traz 75,2% da sua extensão como área verde. Hoje em dia, é possível perceber que a cidade cresceu muito nos setores de urbanização, o que fez com que sua proporção de área verde diminuísse.

Boa parte disso ocorre por uma ausência de planejamento no paisagismo, fazendo com que as áreas ao ar livre não possam receber muitos habitantes, consequentemente, perdendo a funcionalidade na região.

8. Guarulhos

Mais uma cidade do Estado de São Paulo, Guarulhos possui 72,4% de região arborizada, e é uma das melhores cidades paulistas para se viver. Muito desse título vem de sua região aberta, e dos projetos de preservação de áreas abertas.

9. Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro possui 72,2% de região verde hoje em dia, uma grande diminuição se comparado aos últimos anos. Boa parte dessa permanência no Rio se dá pela cultura natural de paisagismo, de preservação e recriação de áreas livres, como os aterros ao mar.

Essa reconstrução permite que a cidade até hoje seja vista como a cidade mais bonita do Brasil e, quem sabe, do mundo. Afinal, não é atoa o seu apelido de cidade maravilhosa.

10. Recife

Também representando o nordeste dentre as cidades verdes ao lado de Fortaleza, Recife traz 60,8% de área verde e é uma das cidades nordestinas mais conhecidas por sua vegetação aberta. Por lá, um trabalho de anos vem sendo realizado para preservar regiões públicas da cidade.
Mais uma vez, o paisagismo está na frente para tentar resgatar áreas perdidas da cidade em questão.

Se quiser saber mais sobre o paisagismo e como ele modifica regiões por todo país, basta entrar em contato conosco!

Gustavo Garrido é arquiteto paisagista e head da Archscape

Ter uma casa com piscina é o sonho de muitas pessoas, mas como em tudo na vida, para que este sonho não se transforme em pesadelo, além de um bom projeto, o planejamento é essencial. Mas acima de tudo, os cuidados para a boa saúde da piscina e seu entorno, o paisagismo.

A saúde da piscina pode ser resumida em três pilares básicos:

Filtragem

É que impede que a água fique esverdeada ou turva. Os filtros mais usados ( e mais eficientes) são os de areia. E também os de mais fácil manutenção.

Os grandes acabam por ser também os mais econômicos, já que reduzem a frequência das retrolavagens e a quantidade de cloro, e a areia deve ser trocada pelo menos a cada dois anos, através de um processo extremamente simples e rápido. Já os filtros de cartucho, exigem substituição anual;

Circulação

Um ítem mais que essencial porque evita a proliferação de algas e microorganismos entre outros problemas provenientes de água estagnada. Os projetos são pensados para que a circulação funcione de maneira a não deixar que a água, nenhuma parte da piscina ( especialmente o fundo) fique parada. Ralos no fundo do piso e dispositivos de retorno nas paredes são bem eficientes nesse processo. O uso de skimmers portáteis e flutuantes evitam o acúmulo de sujeiras como folhas e insetos, Eventualmente, os limpadores automáticos ( robôs), também funcionam bem para manter a movimentação da água;

Desinfecção

Visa reduzir o aparecimento de bactérias, algas, fungos e outros vírus nocivos à saúde e que podem transmitir doenças através do contato com a água. O uso do cloro é o mais comum e prático nos procedimentos de desinfecção. O produto encontrado em tabletes é o que oferece maior facilidade no manuseio e demanda menor manutenção,que devem caminhar sempre juntos e em total equilíbrio para garantir a qualidade da água, a saúde dos banhistas e a preservação dos equipamentos de manutenção.

Importante

Junto a esses processos, o tratamento químico (controle do PH, controle da alcalinidade e controle do cloro livre), é de suma importância para impedir a proliferação de algas e bactérias e para que a água esteja sempre cristalina.

Os tipos de piscina em projetos paisagísticos

Piscinas aquecidas

Além de propiciar lazer o ano inteiro, as piscinas de água quente são excelente opção quando usadas com finalidade terapêutica, pois alivia dores e melhora a circulação, entre outros benefícios.

Piscinas aquecidas requerem cuidados especiais e sua manutenção deve ser feita regularmente, como em todas as outras, o ano inteiro. Uso de capas térmicas e termostatos, são fundamentais para manutenção e controle da temperatura da água.

Aquecimento solar

Indiscutivelmente o mais econômico e ecologicamente correto, economiza até 70% de energia. Manutenção duas vezes por ano, e a instalação das placas solares saem bem mais em conta com relação aos outros sistemas. Em contrapartida, dependem 100% das condições climáticas e da necessidade de lajes ou cobertura para acomodar as placas.

Aquecedor a gás

Totalmente seguros, com dispositivos de segurança munidos de sensores que cortam o gás. Não ocupam muito espaço e podem ser instalados em áreas de serviço ou outro local bem arejado. Água constantemente aquecida. Embora o custo da instalação seja pequeno, o custo mensal do uso é bem alto.

Bomba de calor

Excelente performance de aquecimento, mesmo em piscinas externas, não gera poluentes, menos dispendioso que o aquecedor a gás. Necessitam de espaço adequado por serem aparelhos de médio porte e jamais devem ser instalados em locais fechados.

Piscinas com raias

Favorita entre amantes do esporte e praticantes de natação, as piscinas com raias vêm sendo encontradas também fora das academias, em pousadas, resorts e residências.

Uma piscina no formato de raia pode ser construída em qualquer método construtivo (concreto armado, alvenaria estrutural ou vinil); ou pré-fabricada, como no das de fibra de vidro, que ainda podem ser encontradas em diversos formatos.

Pontos a ser considerados no planejamento da construção:

Medidas desejadas: vale o desejo do proprietário, se deseja construir uma piscina com medidas oficiais, ou apenas uma área mais extensa para praticar natação (a partir de 10 m de comprimento).

Deve-se observar o espaço disponível no terreno e o local ideal.

A marcação de raia no fundo é essencial para orientar o nadador durante a prática do exercício. Raias flutuantes, havendo espaço, são boa opção para demarcação da piscina e facilitar a atividade.

Tamanhos e medidas da piscina com raia para projetos residenciais

Comprimento: O comprimento mínimo recomendado é de 12,50 m para a prática da natação, pois facilita a contagem das chegadas.
Largura: para projetos residenciais a largura mínima é 1,80 m.
Profundidade: varia entre 1,40 e 2,20 m.

Deck Molhado ou prainha

Considerado como tendência do momento, o deck molhado consiste numa plataforma elevada e rasa dentro da piscina, entre 10 a 30 cm de profundidade. Muito usado por famílias com crianças pequenas ou como espaço para adultos que desejam relaxar se bronzear.

É comum também o uso de cadeiras e espreguiçadeiras e até mesinhas para drinques nessa área.
Os decks molhados podem ser feitos nos mesmos materiais utilizados para a construção de piscinas.

Borda infinita

Ideal para terrenos em aclive e com muita natureza no entorno. O objetivo deste tipo de construção é fazer com que as bordas “desapareçam” no horizonte, favorecendo a contemplação da paisagem. O custo é elevado, devido ao seu mecanismo complexo, porém existem alternativas.
Numa versão mais simplificada, o transbordamento da água ocorre apenas quando houver movimentação na superfície. O efeito é o mesmo da versão tradicional, porém com um custo muito mais em conta, e se o nível da água baixar demais, é só encher a piscina novamente, como nas piscinas comuns.

Na versão tradicional, um motor faz todo o movimento levando a água para um reservatório, e devolvendo por meio de tubulações, o que encarece o projeto em cerca de 10%

Mas em qualquer das modalidades, um ítem que não pode faltar são os dispositivos de segurança, sejam eles capas cercas, portões ou coberturas, todos valem para evitar acidentes, especialmente com crianças, idosos e animais.

O que colocar em volta da piscina?

Plantas tropicais são sempre boas apostas, mas alguns cuidados devem ser tomados , principalmente em áreas de grande circulação, como plantas com espinhos, raízes agressivas e salientes e evitar plantas próximo à estruturas que fiquem “escondidas” e causem acidentes.

Desde Glaziou, que popularizou no Brasil a linguagem da interação entre arquitetura urbana e botânica, a integração dos projetos arquitetônicos, da arquitetura paisagística à condição nativa do espaço vem se tornando fator preponderante e ao mesmo tempo desafiador para designers, arquitetos e demais profissionais da área.

O número crescente de pessoas com interesse específico em contato direto com a natureza vem contribuindo com o surgimento de hotéis, condomínios, espaços públicos e pontos turísticos.

Resorts com preocupação ambiental, como os eco resorts voltados para esta temática, cada vez em maior quantidade.

Mas ao elaborar um projeto paisagístico, seja ele residencial, ou para espaços voltados para o turismo e áreas públicas, o designer deve se cercar de preocupações, sendo a principal delas, a viabilidade da execução fiel do que foi planejado. Mesmo para quem almeja passar alguns momentos em contato com a natureza, afastado dos grandes centros, itens como conforto e segurança são prioridade.

Tudo deve ser pensado e planejado visando em primeiro lugar às demandas de quem desfrutará desses espaços: atentando especialmente para acessibilidade em interiores, terrenos acidentados, aclives, etc. E é neste momento em que se apresenta um verdadeiro exercício de imaginação, criatividade e praticidade para arquitetos e designers.

Áreas verdes planejadas em hotéis e áreas de lazer

Num momento de intenso stress planetário, a procura por refúgios e a busca pela reconexão à natureza se mostra como tendência crescente entre pessoas que residem e trabalham nos grandes centros urbanos e o menor resquício de vida natural passa a ser alvo de desejo, como um santuário.

É notório o poder do impacto da conexão com áreas verdes na saúde física, e, especialmente na saúde mental. O simples contato com elementos que remetam à natureza ou o uso de peças de mobiliário ou decoração alternativas, com apelo voltado para sustentabilidade, já trazem ao cliente sensação de conforto, relaxamento e bem estar.

A escolha de plantas nativas do local onde será implementado o projeto é de extrema relevância, por já serem naturalmente adaptadas às condições climáticas e de solo, facilitando o cultivo e manutenção, além de da preservação e proteção das espécies e respectivos ecossistemas, pois favorecem o aparecimento de pássaros e pequenos animais silvestres, o que acaba por se tornar uma atração a mais.

Áreas verdes internas e externas inseridas em projetos paisagísticos também cumprem a função sustentável, de regular a temperatura do ambiente, a qualidade do ar, proporcionando conforto térmico e filtrando a iluminação de maneira natural, o que colabora com economia do consumo energia.

Aproveitar a topografia local

Pensar um projeto sustentável, muito mais que tecnologias, começa desde a implantação das construções no terreno, minimizando bota-fora e tirando partido dos desníveis como forma de enriquecer o espaço. E quando falamos em construção, não se trata apenas das edificações, mas principalmente do programa de lazer dos espaços externos. Dependendo da topografia local, um campo de futebol provavelmente demandará muito mais movimentação de terra do que o edifício hoteleiro. E aproveitando ao máximo o terreno natural pode-se criar espaços ricos em experiências sensoriais, em conjunto com os maciços de vegetação.

Assim, além do ponto de vista estético, que enriquece e valoriza tornando o espaço funcional, o planejamento de áreas verdes pensadas e posicionadas com o intuito de amenizar os impactos de implantação e o desconforto e a agressividade do caos urbano, promovem igualmente qualidade de vida e ambiental.

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Até mais,

Gustavo Garrido 

Até antes da pandemia, a demanda por paisagismo (projeto e execução) estava restrito a empreendimentos imobiliários e residências de alto padrão, com preços no paisagismo pouco ocilando. Quando iniciou a quarentena, nos primeiros dois meses as empresas ficaram sem movimento, uns pararam de produzir e muitos faliram. O confinamento contudo trouxe um novo olhar para a casa e o jardim e criou uma demanda sem precedentes por plantas, em especial folhagens. Foi a situação perfeita para um aumento desenfreado de preços das plantas.

Muito embora as condições sanitárias tenham melhorado hoje em dia, outras variáveis não colaboraram para o equilíbrio dos preços, seja a alta dos fertilizantes e principalmente dos combustíveis, que cria uma reação em cadeia afetando todas as etapas do processo. Projetos nossos orçados em 2020 hoje quase dobraram de preço, inviabilizando muitos projetos. Então, o que o arquiteto paisagista pode fazer para mitigar essa situação a conseguir viabilizar seus projetos, sem perder a exuberância?

1-Analise de orçamentos dos preços no paisagismo por meio da curva ABC.

Consiste em uma metodologia de classificação baseada na teoria de Pareto, que diz que 80% dos restados provém de 20% das causas. Assim, no orçamento classificamos os 20% dos totais das espécies mais caras, que serão objeto de análise, seja para exclusão ou substituição.

2-Verificação de portes de árvores e palmeiras.

O porte influencia diretamente no custo de implantação do projeto, pois plantas arbóreas mais desenvolvidas envolvem a utilização de maior número de trabalhadores e mesmo o uso de maquinário pesado, como muncks e gruas, cujo custo de mobilização precisa ser agregado ao preço no paisagismo e na execução. Uma boa alternativa é verificar o maior porte possível que não necessite de maquinário, as plantas de qualquer forma vão crescer e em pouco tempo atingirão os portes inicialmente imaginados.

3-Maior espaçamento entre espécies.

A estratégia funciona para arbustos mas tem seu efeito mais efetivo na redução do custo das forrações e herbáceas de pequeno porte. Uma grama amendoim por exemplo, geralmente plantada com densidade de 100 mudas/ m2 (espaçamento de 10 cm) pode tranquilamente ser espaçada em 15 cm, obtendo uma economia de 55% no custo! É importante contudo que o arquiteto paisagista tenha familiaridade e conheça profundamente cada planta para não exagerar no espaçamento e perder o efeito pretendido.

4-Gramado por semeadura ao invés de placas

Um gramado que custava cerca de R$15/m2 antes da pandemia hoje chega a mais de 40. Com essa situação é necessário pensar em alternativas mais viáveis para o caso de grandes extensões. Nesse sentido o plantio por semeadura torna-se uma excelente alternativa para redução de custos, necessitando apenas de cuidados especiais na preparação das camadas de solo e de contar com sistema de irrigação bem pensado para garantir seu crescimento de maneira uniforme.

5-Busca de plantas com efeitos semelhantes.

Algumas espécies de plantas que apresentam um custo elevado podem ser facilmente substituídas no projeto por outras muito semelhantes em termos de efeito. Uma Raphis pode tranquilamente entrar no lugar de uma Pleomele verde, se o critério for volume e cor, por exemplo.

6-Aproveitamento da terra local

Quando se vai proceder com trabalhos de terraplanagem em um terreno, é importante que a camada superficial do solo seja separada e armazenada para posterior utilização no plantio, já que se trata da camada que contém os nutrientes necessários para o desenvolvimento da vegetação e minimiza a onerosa importação de terra marrom. Isso nem sempre é fácil de se fazer pois afeta a dinâmica da etapa de serviços civis e nem sempre se dispõe de espaço adequado para estocagem. Uma alternativa é enriquecer o solo proveniente das covas escavadas para as árvores e palmeiras.

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Conheça os maiores projetos de paisagismo do mundo

Conceber os espaços externos, para garantir qualidade de vida, contato com a natureza e bem-estar é o objetivo da Arquitetura Paisagística. Trata-se de uma profissão que exige domínio conjunto de várias áreas de conhecimento envolvendo terraplanagem, engenharia de estrutura, sistemas acessibilidade, iluminação, arquitetura e obviamente, botânica.

De acordo com a OMS, é recomendado que um centro urbano tenha no mínimo uma área verde de 12m2 por habitante.
Mas isso ainda está longe do ideal.

Além do visual bonito, as áreas verdes têm diversos benefícios como reduzir efeitos da poluição e de ruídos, e também influenciam na redução da temperatura e pureza do ar que respiramos.
Levando em consideração essas vantagens, grandes projetos de paisagismos fazem parte de diversas cidades do mundo.

Confira conosco a lista de projetos de paisagismo:

1. Instituto Inhotim (Brasil)

projetos de paisagismoConsiderado como uma das maiores expressões de paisagismo do país, fica localizado entre os biomas da Mata Atlântica e o Cerrado, em Brumadinho-MG. É um museu de arte contemporânea e jardim botânico, conhecido também por ser um dos maiores museus a céu aberto do mundo.

Para o sonho do empresário Bernardo Paz-idealizador inicial do espaço-, se tornar realidade, foi necessária a colaboração de diversos profissionais, Incluindo Roberto Burle Marx, Pedro Nehring e Luís Carlos Orsini.

2. Jardins de Versailles (França)

projetos de paisagismo versaillesCriado para atender os gostos do rei Luís XIV, foi projetado para aproveitar melhor a luz do sol. O paisagista e jardineiro responsável foi André Le Nôtre, e o local recebe milhões de turistas todo ano. O jardim ocupa aproximadamente oitocentos hectares de terra e foi considerado parte do patrimônio mundial pela Unesco em 1979.

Para que as fontes jorrassem água em um lugar que não a possuía, os engenheiros conceberam uma espetacular rede hidráulica. Encontrar águas para Versailles demandava ir tão longe que até mesmo novas lunetas de observação foram aperfeiçoadas por astrônomos e os cálculos tiveram que considerar a refração atmosférica e a circunferência terrestre, isso em pleno século XIV é um feito sem precedente em matéria de evolução arquitetônica.

3. Kew Gardens (Inglaterra)

projetos de paisagismo kew gardensLocalizado no bairro de Richmond upon Thames em Londres, esse jardim conta com mais de 30 mil tipos diferentes de plantas. É considerado como um dos Patrimônios Mundiais da Unesco e é ideal para quem se interessa por flora mundial.
São também conhecidos como Jordins botânicos reais e não chegaram neste nível magnífico da noite pro dia, sendo aperfeiçoados ao longo de quase dois séculos. É considerado patrimônio mundial pela Unesco desde 2003.

O acervo de plantas é dos maiores do mundo.São mais de 27 mil espécies dentre elas, 14 mil árvores. O Jardim Botânico tem também uma coleção de orquídeas que já celebrou 200 anos, em jardins e estufas que reproduzem vários habitats do mundo.

4. Keukenhof (Holanda)

É considerado o maior do mundo quando se fala em folhes. São aproximadamente sete milhões de bulbos plantados no espaço, que garante um visual florido e lindo na primavera. O espaço fica aberto para visitação em algumas épocas do ano, e é o maior parque de tulipas do mundo. Keukenhof abre todos os anos apenas por oito semanas, durante a primavera.

5. Giverny (França)

Conhecida por suas belezas naturais, essa cidade rendeu inspirações ao pintor Claude Monet e quem a visita pode conhecer a casa onde o pintor morou por 43 anos, onde atualmente funciona a Fundação Claude Monet. Os jardins da residência do pintor são o maior destaque da cidade, e é possível encontrar um lago, flores e um espelho d ‘água chamado de Jardin d´Eau.

6. Madri Rio (Espanha)

A cidade de Madrid construiu 43 quilômetros de túneis que demandaram a reprogramação de 6 kilômetros de saídas e avenidas ao longo do rio Manzanares. O plano diretor para as margens do rio recuperadas e a nova área urbana de Madrid RIO foi projetado e criado por Burgos & Garrido, Porras La Casta, Rubio & A-Sala e West 8.

É um projeto suntuoso e premiado que levou de 2007 até 2011 para a conclusão de todas as etapas que compreende 3 movimentos distintos: Avenida de Portugal, Huerta de la Partida e puentes cascara.

7. Alhambra Granada (Espanha)

projetos de paisagismo alhambraOs jardins andaluzes são os mais antigos da Europa, Alhambra, Generalife e o Alcazar de Cordoba.

Alhambra é um dos símbolos da presença árabe na região, a união perfeita da arquitetura, vegetação e paisagem permeados por muita água, são as características formais dos jardins andaluzes, os canais de irrigação se transformando em ornamentais, lúdicos, relaxantes, frescos e naturalmente refrigerados. São jardins exóticos e sugestivos, carregados de histórias de conquistas. Salas e pátios ao ar livre refinados que dão a sensação de que o tempo não passou.. A arte impressa nas construções se funde aos jardins, dando um prazer extraordinário a quem os visita.

Quando se trata de projetos de paisagismo históricos, Alhambra certamente figura entre os principais.