Esta semana foi ao ar a entrevista dada nosso head, Gustavo Garrido, para o Arquicast, o podcast mais importante sobre arquitetura no país. Como Presidente da AsBEA-SP (Associação Regional dos Escritórios de Arquitetura de São Paulo) Gustavo fala sobre os desafios de operar um escritório nesta segunda década do século XXI.

O Episódio 224 fala do sonho de muita gente que se forma em arquitetura e urbanismo que é montar seu próprio escritório e fazer seu trabalho autoral. E, mais do que ter projetos, que é o trabalho da grande maioria dos escritórios, é preciso pensar também no negócio. Quem passa ou já passou por essa experiência sabe que os desafios são muitos: em uma pesquisa realizada pelo Sebrae em 2020, 25% das empresas no país fecham suas portas por problemas de gestão.

Como conciliar os anseios profissionais com a gerência do seu negócio? Quais os desafios de uma profissão que tem uma formação técnica num mundo onde hoje o empreendedorismo está na palma de qualquer pessoa com um celular? É sobre esses e outros assuntos que a gente conversa nesse episódio feito em parceria com a Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura de São Paulo, a ASBEA!

Tem sido notório que as mudanças climáticas no planeta estão cada vez mais extremas: temperaturas batendo recordes, enchentes, secas, ciclones onde não havia; enfim, os sinais são muito claros.apron wish lightweight golf shoes schuhe fila imiteret skind nederdel pantuflas hombre neon nylon

Por mais que alguns neguem, esses eventos são consequência direta da ação predatória do ser humano no meio ambiente. E as cidades são o principal palco desse drama vivido na pele atualmente pelas pessoas.

Tudo em seu tempo

Sempre que analisamos essas questões, é importante contextualizarmos os fatos em seus devidos tempos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, temos o problema recorrente das enchentes, causadas pela urbanização predatória das várzeas dos rios.

Contudo, devemos lembrar que essa ocupação ocorreu como forma de conter as epidemias, principalmente de doenças transmitidas por mosquitos, que se reproduzem nas águas paradas das várzeas, sendo a iniciativa mais importante o Plano de Avenidas de Prestes Maia, da década de 1930.

Apenas mais recentemente, com as poderosas ferramentas de análise que dispomos, compreendemos com clareza que a poluição dos rios, causada pelo crescimento exponencial da população, foi o vilão oculto desencadeador das epidemias passadas.

Sem dados e ferramentas adequadas era muito difícil entender esses fatos e transformações estando imerso nos acontecimentos.

O que hoje se pode fazer para mitigar os efeitos das mudanças climáticas no âmbito das cidades?

As cidades que resultaram desse processo histórico se tornaram densamente construídas e impermeabilizadas. Elas, além de representar perigosas ilhas de calor, são verdadeiras potencializadoras de enchentes, na medida em que seguem canalizando ou enterrando seus córregos e rios. A cada verão, quando o regime de chuvas é mais intenso, as águas, além de buscar recuperar seu antigo espaço, não penetram no solo.

Os dados que possuímos hoje nos mostram que políticas de arborização urbana são essenciais, mas insuficientes para contornar a situação.

Na década de 1990, o professor de Harvard, Arquiteto Paisagista e decano da prestigiada Universidade de Pequim, Yu Kungjian idealizou o conceito de “cidades esponjas”, que estabelece que conviver com a água é melhor do que combatê-la.

A tese se baseia em três estratégias: uso intensivo de lagoas, para conter a água na origem; rios naturalizados, com margens vegetadas, para conter a velocidade da água e fomentar o lazer e a vida ao ar livre, e áreas de deságue desocupadas (lagos, rios ou foz junto ao mar), e sem construções.

Atualmente, existem centenas de iniciativas dessas construídas e em construção, em sua maioria na China. A questão que permanece é a viabilidade do conceito em áreas já densamente ocupadas, tendo em vista os custos da reorganização dos espaços urbanos e potenciais desapropriações. Será um assunto que se colocará inevitavelmente perante nós.

E quanto às construções?

No Brasil, ainda nos dias de hoje, persistem métodos de construção arcaicos, ineficientes e pesadamente danosos ao meio ambiente. Dos prédios de moradia popular aos edifícios mais sofisticados, pouca coisa muda essencialmente: bloco sobre bloco, formas de madeira para estrutura (que são descartadas após o uso) além da inexistência de preocupações quanto ao desempenho térmico do edifício.

Para suportar melhor as altas temperaturas, existem há décadas as fachadas duplas (ou ventiladas) que amenizam o ganho de calor para o interior dos apartamentos e representam uma grande economia de energia para os futuros proprietários. Só não são utilizadas em edificações residenciais devido ao seu alto custo de execução.

Tecnologias baseadas no reaproveitamento de madeira, como a Madeira Lamelada Colada (MLC), têm aparecido com força nas edificações, mas ainda também com custo mais elevado.

Técnicas tradicionais baseadas no uso da terra como elemento de construção vêm igualmente ganhando espaço, principalmente em residências, e dependem de ser adaptadas para uso em maior escala.

Essas duas últimas técnicas, em especial, apresentam inclusive baixíssima pegada de carbono, acarretando menor impacto ambiental durante a construção.

A lacuna sobre o tema vem sendo preenchida por diversos grupos de pesquisa nas principais universidades do país, com destaque para aqueles conduzidos pelo LABAUT da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

Um projeto consciente faz toda a diferença

Seja no prédio ou na cidade, na arquitetura, no paisagismo ou no urbanismo, o tema das mudanças climáticas deve obrigatoriamente ser incorporado desde o início dos projetos, como fio condutor das ações e estratégias a serem utilizadas.

Estratégias básicas de orientação solar, ventilação cruzada e uso de materiais mais adequados sempre fizeram a diferença. Arquitetos, empreendedores, consumidores e autoridades conscientes certamente farão a diferença para as futuras gerações.

Desde o início do curso de arquitetura , o arquiteto aprende a famosa “formula de Blondel” para calcular uma escada: 2h+p=63, ou 63<2h+p<65, onde “h” é o desnível do degrau e “p” é o comprimento do degrau. Contudo, poucos sabem de onde surgiu a famosa fórmula e muito menos as implicações para os ambientes externos.

Um pouco de história

Nicolas-François Blondel desenvolveu sua famosa fórmula no século XV e verificou em seus estudos que um aumento de 1 cm na altura do degrau necessitava de uma diminuição de 2 cm no piso, para uma passada constante de 63 a 65 cm, e para uma variação de altura entre 16 cm e 18 cm.apron wish lightweight golf shoes schuhe fila imiteret skind nederdel pantuflas hombre neon nylon
Essa fórmula contudo passa a não funcionar adequadamente quando falamos de pequenas alturas ou de espaços externos e áreas de lazer.

A diferença fundamental de uma escada para áreas de lazer

A experiência de Blondel é totalmente válida para vencer uma pequena distância de altura entre dois pisos de uma edificação, ou para um ritmo de subida constante, como em uma caixa de escada de edifícios verticais. Tanto o é que a norma alemã DIN 18065 se chama “Escadas de Edifícios”. Contudo, em espaços livres, não se tem essa meta de vencer andares.
Estudos desenvolvidos pelo Arquiteto Alemão Alwin Seifert sobre essa questão específica, observam que a passada em ambientes livres possui uma variação muito maior do que a observada por Blondel, variando de 62 cm a 76 cm, muito mais relacionada a depender do ritmo da caminhada.

Estabelecendo assim uma variação de altura entre 9 cm e 16 cm para o degrau, chegou a uma fórmula diferente: p=94-4h.

Assim, quando pensamos em um degrau de, por exemplo, 14 cm, chegamos a um piso de 38 cm, diferentemente de Blondel, o qual retorna o valor de 35 cm. Diferentemente de Blondel, a variação de pisada se dá de 4 em 4 cm, ao invés dos 2 cm e traz uma proporção de maior horizontalidade, mais confortável e mais elegante.

Vencendo desníveis ao ritmo de uma caminhada

A utilização da fórmula de Seifert se mostra muito mais adequada, principalmente para degraus mais baixos, 10, 12 cm, altura não recomendada por norma para situações dentro do edifício.

Essas situações de degraus baixos, são muito adequadas em praças e parques, onde muitas vezes se tem pequenos desníveis a vencer, seja em um caminho de passeio, seja em algum acesso específico. Aliás, são especialmente adequados se trabalhar esse tipo de degrau em acessos principais desses espaços e em residências.

Experimente essa dica em suas construções e confira pessoalmente o resultado!

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) acaba de publicar a parte 4 da NBR-16.636, uma norma brasileira que descreve e organiza as atividades técnicas envolvidas no desenvolvimento do projeto de arquitetura paisagística. Esta norma faz parte de uma série que trata da elaboração de projetos arquitetônicos e urbanísticos, agora concentrando-se especificamente no design dos espaços livres em áreas urbanas, sejam eles públicos ou privados.

Começando com os termos frequentemente ambíguos que eram usados e passando por boas práticas e pelo conjunto de conhecimentos necessários, esta norma foi criada para sistematizar as atividades que caracterizam a arquitetura paisagística. Ela aborda conceitos arquitetônicos que muitas vezes são considerados estabelecidos, mas que na prática são inadequados para ambientes externos. Essa publicação serve como uma ferramenta para melhorar a qualidade dos espaços livres, tanto para arquitetos quanto para urbanistas. Alguns aspectos destacados incluem:

1. Diversidade

As medidas anteriormente consideradas “consagradas” agora levam em consideração diferentes faixas etárias e condições de mobilidade.

2. Mobilidade

O dimensionamento de ciclovias agora possui parâmetros práticos e objetivos para o seu planejamento nas malhas cicloviárias das cidades.

3. Especialização

Além da famosa fórmula de Blondel, a norma aborda de maneira mais apropriada o dimensionamento de escadas a serem usadas em áreas externas, levando em consideração as características específicas de uso dos espaços livres.

4. Interdisciplinaridade

Da mesma forma como se molda o formato das construções com intenções estéticas e funcionais, a modelagem do terreno é abordada de maneira similar, oferecendo mais ferramentas para enriquecer o projeto e a comunicação com os serviços de terraplanagem. Além disso, são abordados temas como jardins sobre laje, interfaces com engenharias e redes públicas, e parâmetros de arborização urbana.apron wish lightweight golf shoes schuhe fila imiteret skind nederdel pantuflas hombre neon nylon

5. Adequação

A norma vai além de uma classificação botânica e estabelece parâmetros para a classificação da volumetria da vegetação, o que é fundamental para a elaboração dos projetos e para padronizar as discussões entre especialistas e executores.

A norma está disponível para consulta no site: normas.com.br

Quando se pensa em construir em regiões rurais, regiões de montanhas e áreas com florestas nativas, a questão das construções sustentáveis e a sustentabilidade propriamente, torna-se uma questão fundamental, seja pelo impacto das técnicas construtivas, o impacto nos recursos naturais e os detritos gerados.

As transformações do clima já perceptíveis pela ação humana, com consequências muitas vezes desastrosas, tornam urgente repensarmos a construção, ainda mais se falarmos em regiões mais delicadas do ponto de vista ambiental. Nesse sentido, é fundamental, antes de tudo, termos uma filosofia de pano de fundo que norteie o design e as intervenções que direcionem a técnicas construtivas que estejam alinhadas aos princípios da sustentabilidade. Acreditamos assim que a permacultura pode ajudar muito nesse sentido.

Duas abordagens que se destacam nesse contexto são a Madeira Laminada Colada (MLC) e a Taipa de Pilão. Ambas as técnicas possuem vantagens significativas ao utilizar materiais provenientes de fontes responsáveis e locais, resultando em construções sustentáveis eficientes e harmoniosas com o meio ambiente.

Madeira Laminada Colada: Sustentabilidade e Eficiência Energética

A MLC consiste em peças de madeira coladas, formando elementos estruturais resistentes e duráveis. Ao empregar essa técnica em regiões rurais e montanhas, é possível utilizar madeira proveniente de fazendas específicas, criando uma fonte de matéria-prima sustentável que não subtrai espécies de florestas nativas. A certificação dessas fazendas assegura a gestão responsável e a reposição adequada das árvores colhidas.

A utilização da MLC também se destaca pela eficiência energética, pois a produção e montagem dessas estruturas demandam menos energia quando comparadas a outras opções construtivas. Além disso, a madeira é um material renovável e de baixo impacto ambiental, alinhando-se aos princípios de conservação e redução de resíduos preconizados pela permacultura.

Taipa de Pilão: Construções sustentáveis com a Terra Local

A Taipa de Pilão é uma técnica ancestral que utiliza a terra local para erguer paredes maciças e resistentes. Ao empregar o solo do próprio terreno na construção, reduz-se a necessidade de materiais externos, diminuindo a pegada de carbono da obra e promovendo a harmonia entre a construção e o ambiente natural. Regiões rurais e montanhosas geralmente possuem solo adequado para a taipa, tornando-a uma opção ideal para essas localidades.

Aderência aos Princípios da Permacultura

Tanto a MLC quanto a Taipa de Pilão estão em total sintonia com os princípios da permacultura. Ao utilizar materiais provenientes de fontes locais e responsáveis, essas técnicas contribuem para a conservação do meio ambiente e para o fortalecimento da economia regional. Além disso, ao demandarem menos energia e recursos externos, promovem a autossuficiência das comunidades locais e estimulam a participação ativa das pessoas no processo construtivo.

Resiliência e Adaptabilidade às Condições Locais

Em regiões rurais, montanhosas e com florestas nativas, a resiliência das construções é de extrema importância devido às condições climáticas e geográficas adversas. Tanto a MLC quanto a Taipa de Pilão oferecem alta resistência e durabilidade, tornando-as ideais para enfrentar os desafios desses ambientes.

Além disso, ambas as técnicas são adaptáveis às particularidades de cada local, permitindo que as construções se integrem harmoniosamente ao entorno, valorizando as características da paisagem e respeitando a biodiversidade existente. Essa capacidade de adaptação e harmonização com o ambiente é um dos pilares da permacultura.

Construindo um Futuro Sustentável

Em um mundo cada vez mais consciente da importância da sustentabilidade, as técnicas da Madeira Laminada Colada e da Taipa de Pilão se destacam como soluções inovadoras para a construção em regiões rurais, montanhas e áreas com florestas nativas. Ao relacioná-las aos princípios da permacultura, é possível criar edificações eficientes, belas e em equilíbrio com o meio ambiente, contribuindo para a construção de um futuro mais sustentável e resiliente para as gerações presentes e futuras.apron wish lightweight golf shoes schuhe fila imiteret skind nederdel pantuflas hombre neon nylon

O projeto Madrid Rio, realizado pelo renomado escritório West 8, é um marco inspirador de desenvolvimento de espaços urbanos que revolucionou a paisagem e as perspectivas da cidade de Madri. Essa iniciativa inovadora consistiu na renovação de uma área degradada ao longo do rio Manzanares, que anteriormente era ocupada por uma congestionada autoestrada. O projeto não só recuperou essa área para uso público, como também criou um novo parque que se tornou um dos principais pontos de encontro e lazer da cidade.

Implantação Estratégica: Transformando Áreas Degradas em Espaços Urbanos Verdes

A implantação do projeto Madrid Rio foi conduzida com maestria, graças às intervenções urbanísticas e paisagísticas meticulosamente planejadas para melhorar a qualidade de vida dos habitantes e transformar a área em um espaço vibrante e convidativo. O destaque dessa transformação foi a remoção da autoestrada elevada, que foi realocada em um túnel subterrâneo, liberando a superfície para a criação do parque.

O escritório West 8 desempenhou um papel fundamental ao trazer soluções inovadoras e integradas para o projeto. Um aspecto notável do Madrid Rio é a forma como ele conecta diferentes áreas da cidade, integrando espaços verdes, infraestrutura e atividades recreativas ao longo do rio. Pontes pedonais e ciclovias foram criadas para facilitar o acesso e incentivar a mobilidade sustentável. Essa abordagem estratégica transformou áreas anteriormente degradadas em um belo e funcional ambiente paisagístico.

A Beleza em Detalhes: Paisagismo e Elementos Naturais

Um dos aspectos mais marcantes do projeto Madrid Rio é um paisagismo excepcionalmente planejado. O projeto soube explorar ao máximo as características naturais da área, incorporando elementos como jardins, áreas de lazer, praças e mirantes. Além disso, o uso de vegetação nativa, com uma ampla variedade de árvores e plantas, contribuiu para a criação de um ambiente mais saudável, agradável e promoveu a biodiversidade local.apron wish lightweight golf shoes schuhe fila imiteret skind nederdel pantuflas hombre neon nylon

Além do aspecto estético e ambiental, o projeto também inclui instalações culturais e esportivas ao longo do parque. O Centro Matadero Madrid, por exemplo, é um complexo cultural que oferece espaços para exposições, teatro e outras atividades artísticas. Áreas destinadas à prática de esportes, como quadras de tênis e campos de futebol, foram incorporadas, contribuindo para a promoção de um estilo de vida ativo e saudável, tudo interligado por uma rede cicloviária, conferindo uma forma mais saudável de se locomover naquela parte da cidade.

Benefícios para São Paulo: A Importância de Iniciativas Semelhantes em Áreas Urbanas

Analisando o sucesso do projeto Madrid Rio, é evidente que a cidade de São Paulo poderia se beneficiar enormemente de uma iniciativa semelhante. A capital paulista enfrenta desafios significativos em termos de desenvolvimento urbano, com uma densidade populacional elevada e uma escassez de áreas verdes de qualidade. A adoção de um projeto inspirado no Madrid Rio poderia transformar áreas subutilizadas em parques urbanos vibrantes, trazendo inúmeros benefícios para a cidade.

Um exemplo promissor seria a renovação de áreas ao longo do Rio Tietê, atualmente afetadas por problemas de poluição e degradação. A criação de um parque linear ao longo das margens do rio, com o enterro parcial de pistas de auto tráfego, com recuperação ambiental e criação de espaços para lazer e recreação, poderia trazer inúmeros benefícios para São Paulo.

Além disso, a conexão entre diferentes partes da cidade por meio de ciclovias e pontes pedonais poderia melhorar a mobilidade e a acessibilidade, incentivando o uso de meios de transporte sustentáveis. A inclusão de instalações culturais e esportivas ao longo do parque também contribuiria para a promoção de atividades culturais e um estilo de vida saudável.

O Projeto Madrid Rio é um exemplo inspirador de como intervenções urbanísticas e paisagísticas estratégicas podem transformar áreas degradadas em espaços públicos vibrantes. São Paulo pode se beneficiar amplamente de uma iniciativa semelhante, utilizando áreas subutilizadas para criar parques urbanos que promovam a qualidade de vida, a mobilidade sustentável e a preservação ambiental. As áreas de paisagismo desempenham um papel fundamental nesse processo, criando ambientes agradáveis e acolhedores para os cidadãos desfrutarem.

Você tem ideia de como a arquitetura paisagística pode promover um impacto extremamente positivo de forma micro e macro? Muito além de uma estética que realmente é atrativa, é uma forma de ajudar o meio ambiente diretamente.apron wish lightweight golf shoes schuhe fila imiteret skind nederdel pantuflas hombre neon nylon

O melhor de tudo isso é que o sustentável se torna mais barato a longo prazo e, além disso, consegue agregar ainda mais valor ao imóvel. O alinhamento com uma política correta e a estética agradável são realmente um combo desejado na atualidade.

Neste artigo você vai compreender como a arquitetura paisagística consegue minimizar os efeitos das mudanças climáticas apenas com algumas mudanças realizadas na elaboração do projeto.

Arquitetura paisagística: elaboração de macrozoneamento dos terrenos

A arquitetura paisagística pode desempenhar um papel importante na minimização dos efeitos das mudanças climáticas, pois é uma disciplina que se preocupa com a integração harmoniosa entre os seres humanos e o meio ambiente, tendo como foco principal o terreno livre de edificações. Alguns artifícios próprios da arquitetura paisagística podem ajudar a minimizar os efeitos das mudanças climáticas, os quais incluem:

  • Curadoria de terraplanagem, aliando funcionalidade de cortes e aterros a uma visão estética e ecológica;
  • Preocupação com o caminho da água ao longo do terreno, prevendo eventuais lagos, espelhos d’água e demais elementos para controlar melhor o fluxo da água e evitando erosão do solo;
  • Enriquecimento de espécies nativas a região, fomentando o ecossistema local;
  • Inclusão de espécies comestíveis (hortas e pomares), minimizando as emissões de gases de efeito estufa associadas ao transporte e à produção de alimentos;
  • Uso de materiais naturais e renováveis, como madeira de reflorestamento, terra do local, bambu, etc.

Através da arquitetura paisagística é possível, por exemplo, desenvolver um macrozoneamento de áreas, identificando áreas com mais declives e protegendo-os, identificar manchas de vegetação invasoras para serem substituídas por nativas, identificar áreas com potencial de erosão, criando recursos para evitá-los, tudo isso visando construir uma paisagem sustentável e rica em biodiversidade.

Morar em uma área assim tratada dentro de um condomínio ou terreno é extremamente agradável e irá garantir, até mesmo nas grandes cidades, um ambiente mais saudável para seus habitantes.

Um dos princípios da arquitetura paisagística é justamente esse, conseguindo promover a minimização dos efeitos climáticos de forma micro através dessas estratégias.

Criação de reservatórios de retenção

O que você faz com a água da chuva? Talvez você simplesmente não faça nada (o que é comum), mas saiba que os recursos próprios de arquitetura paisagística propicia tirar partido de um terreno para criar um lago ou espelho d’água que tem uma função prática e ecológica de um reservatório de retenção, além obviamente compor esteticamente a paisagem, tornando-a conscientemente mais agradável.

Essa água também pode ser tratada ou reaproveitada para molhar outras plantas da região ou usar para lavar áreas externas do terreno ou condomínio.

Isso irá ajudar na racionalização da água potável, trazendo benefícios de forma micro e macro.

Terraplanagem inteligente

A terraplanagem é necessária para a maioria das construções, afinal, dificilmente um terreno será plano, sem a necessidade de ajustá-lo.

Quando falamos em algo mais sustentável, é possível apostar no equilíbrio corte/aterro. Ou seja, não irá importar terra de outro local, pois toda a terraplanagem será utilizado terra do terreno. Além disso é imprescindível nesses trabalhos orientar a equipe de obra a guardar o solo superficial para aplicação final no terreno, pois se trata da camada naturalmente adubada e rica em nutrientes, o que evita ou minimiza uma adubação posterior.

Comida de dentro da propriedade

Os condomínios, mesmo aqueles que não foram desenvolvidos com uma estratégia sustentável ou paisagística, já estão criando as suas próprias hortinhas.

Nada melhor do que ter um tempero ou uma verdura fresquinha, não é mesmo? O que antes era privilégio para quem morava em casas ou em sítios, está virando realidade para quem mora em apartamentos também.

Uso de plantas nativas

O uso de plantas nativas traz um ambiente agradável por conta das coberturas verdes, mas, além disso, o sombreamento ajuda a minimizar o calor nas edificações.

Além disso, também melhora a umidade causada pelas secas e melhora o ar (principalmente das cidades grandes).

Todas essas ações em conjunto irão reduzir os efeitos das mudanças climáticas, pois a região terá maior área verde, biodiversidade e até mesmo abastecimento de água.

Quer saber mais sobre esses projetos de arquitetura paisagística? Conheça a Archscape e veja na prática como o paisagismo e a arquitetura sustentável têm a agregar no setor civil.

Reformas em condomínios, obviamente, precisam seguir regras. Apesar da obrigatoriedade, muitas das vezes os moradores de determinado lugar, inclusive os síndicos, não sabem dessas normas. O que é preciso saber? Confira neste artigo pontos fundamentais do tema.
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Síndico: o que seguir como recomendação para reformas em condomínios

Reformas precisam de planejamento para que incômodos sejam amenizados, deixando, assim, a convivência de certa forma suportável durante o período de execução dos serviços. Entretanto, em muitos casos ocorrências desagradáveis acontecem, mas que poderiam ser evitadas se as regras fossem cumpridas corretamente. Portanto, reformas em condomínios não é um tema fácil de se lidar.

Nesse cenário, quatro elementos participam diretamente do processo: o próprio inquilino que solicita a reforma, o síndico, os vizinhos e os prestadores de serviços.

Regras internas dos condomínios, fixadas por Convenções ou Regulamentos, precisam ser seguidas e a primeira delas, e uma das mais importantes, é a do horário em que é feita a reforma. Leis ou normativas são estabelecidas também para as regras externas.

Tais regras da Convenção ou Regulamento precisam ser cumpridas, inclusive, pelo síndico, que precisa seguir tudo o que foi determinado em Assembleias. Tal procedimento faz parte do Artigo 1348 da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, que diz:

• Compete ao síndico:
• Cumprir e fazer a convenção, o regimento interno e as determinações da Assembleia.

Não só isso, o síndico também precisa seguir com o cumprimento do direito de vizinhança, que tem sua previsão no artigo 1277 da mesma lei citada e que diz:

• O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que os habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha.

• Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos moradores da vizinhança.

Até mesmo as obras nas dependências condominiais tendem a ter a supervisão do síndico, mediante leis e regras a serem cumpridas, como, por exemplo, o horário de entrada e saída dos prestadores de serviços, recolhimento e limpeza dos entulhos junto a áreas comuns.

Existe ainda a obrigatoriedade de haver um responsável técnico em reformas,, um dos papéis que cabem ao Arquiteto especializado. Isto está previsto pela NBR 16.280.

Os vizinhos e seus direitos com relação às reformas em condomínios

Ainda que a lei tolere as interferências ocasionadas em reformas em condomínios, o vizinho e também o próprio síndico têm o direito de exigir a diminuição ou até a sua eliminação em casos em que prejudiquem o seu sossego, principalmente àqueles que trabalham no formato Home Office.

Em caso de dano iminente, tanto o síndico quanto qualquer vizinho podem exigir do inquilino que está com obras as garantias necessárias contra eventual prejuízo que venha ela lhes causar.

A lei de Contravenções Penais prevê prisão de 15 dias a 3 meses para quem perturbar o trabalho (nesse caso os vizinhos) ou sossego alheio – latidos de cachorros, por exemplo, também estão inclusos nesta lei. Durante a pandemia, vale destacar, os registros policiais mais que dobraram em São Paulo por conta de reclamações sobre perturbação de sossego.

Tudo em prol da boa convivência

A harmonia e o respeito devem sempre permanecer. Leis e regulamentos impõem limites que necessitam serem cumpridos. O papel do síndico, portanto, não é de administrar conflitos, mas apenas de seguir a convenção e normas, inclusive nos casos de reformas em condomínios.

Todas elas, mesmo que preventivas, devem ser comunicadas ao síndico, sempre em prol da preservação da estrutura do condomínio.

O que deve imperar sempre é o bom senso e a tolerância, obviamente quando você conta com o acompanhamento de obras através de um bom arquiteto durante reformas em condomínios, fica implícito que as tarefas requerem uma porção de cuidados adicionais e precisam de acompanhamento de um profissional capaz de lidar com diversas situações intercorrentes.

 

Você já ouviu falar em Streetscape? A tradução para o português significa simplesmente paisagem urbana. Esta é uma nova ferramenta na arquitetura e urbanismo que tem como ponto central o bem estar, o convívio harmonioso e a segurança das pessoas. Prédios, calçadas, arborização, mobiliário fazem parte da área de estudo, que tem o intuito de humanizar as ruas.
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De acordo com o artigo da Universidade de Delaware, dos Estados Unidos, a definição para essa representação é descrita como “o tecido natural e construído de uma via e se refere à qualidade do design desses ambientes e seu efeito visual”.

Todas essas definições impactam na experiência do cidadão. Não só isso, afetam também a sustentabilidade de uma comunidade, por meio das atividades econômicas e o bem-estar, por exemplo. Portanto, o streetscape pensa no desenho das ruas como um todo, diferente de outros projetos de vias dinâmicas que não priorizam as pessoas. Ele reúne técnicas da arquitetura, urbanismo e arquitetura paisagística, focada no ambiente urbano de domínio público.

É uma nova área do conhecimento que tem como prioridade o desenho da paisagem da cidade, tornando-as mais humanizadas colocando, dessa forma, os cidadãos num primeiro plano. Projetar locais de permanência nas ruas é um dos focos principais do Streetscape, espaços como áreas de mesas na calçada para restaurantes, cafeterias, sorveterias. Isso para conferir ambientes potencializadores de encontros, trocas e indiretamente vigilância e zeladoria.

O processo do Streetscape

Ele pode ser utilizado tanto em cidades existentes como em novas comunidades planejadas e dependendo do caso o processo tem pequenas nuances. No primeiro caso é necessário primeiramente se fazer um diagnóstico da área que se pretende transformar e analisar itens como ocorrência de muros ou fachadas cegas, visibilidade e sensação de segurança, fluxo de pedestres e de veículos, sinalização, vegetação, materiais, mobiliários, dentre outros. Para o segundo caso, é necessário se iniciar ainda na elaboração do projeto urbanístico, propondo alterações pontuais que visem a priorização do pedestre.

Um exemplo simples é de uso de pisos intertravados. Do ponto de vista do Streetscape, seu uso é mais adequado aos automóveis, que com ele reduzem a velocidade. Para o cidadão, o seu caminhar torna-se mais difícil com esse tipo de escolha, sendo ideal portanto a escolha de um pavimento mais regular.

A seleção das árvores também é minuciosamente estudada. Tudo vai depender daquilo que se espera da região – como por exemplo mais sombras ou áreas com mais sol.

Na área do mobiliário urbano, a qualidade do produto tem que ser levada em consideração para oferecer uma melhor experiência a todos que transitarem pelo local, seja uma pessoa de mais idade, crianças ou quem tem necessidades especiais – a ideia é de inclusão social é também um fator chave no processo.

Iluminação e sinalizações com placas claras são escolhas fundamentais, tudo de forma a promover a socialização, formação de comunidades e o estreitamento de laços entre as pessoas. Um ambiente assim transformado vai oferecer diversas atividades que possam conectar pessoas, criando lugares realmente especiais.

Conclusão

O uso do Streetscape tem sido uma ferramenta fundamental tanto na requalificação de áreas degradadas como na criação de novas comunidades planejadas, pois além de propiciar a criação de ambientes mais vivos, agradáveis e dinâmicos, fomenta a economia local e reforça os laços entra a comunidade.

A humanização das vias junto com a ideia do indivíduo em primeiro lugar é essencial para a vida urbana. Ruas e ambientes descontraídos, com encontros de pessoas transmitindo alegria, essa é a via do conceito.

No clássico de Jane Jacobs “Morte e vida das grandes cidades” a autora diz que “se as ruas de uma cidade parecerem interessantes, a cidade parecerá interessante. Se as ruas parecerem monótonas, a cidade parecerá monótona”.

O Streetscape é isso, significa dar vida a um determinado lugar e transmitir isso a quem o frequenta.

As Smart Cities podem ser definidas como sistemas de pessoas que estão interagindo e aplicando serviços e energia no propósito de acelerar o desenvolvimento e qualidade de vida nos centros urbanos.apron wish lightweight golf shoes schuhe fila imiteret skind nederdel pantuflas hombre neon nylon

Não é um conceito novo no mundo, mas tem ganhado destaque nos últimos anos , com a demanda por desenvolvimento sustentável e consumidores e cidadãos mais exigentes, que querem impactar o futuro do planeta.

Smart Cities: o que esperar nos próximos anos?

Muitos centros urbanos, acima de cem mil habitantes, já estão aderindo a iniciativas e investimentos para que possam progredir para serem consideradas de fato como “Smart Cities”. Mas como isso é alcançado na prática?

O conceito engloba alguns pilares que podem direcionar as ações da gestão pública e da população.

• Aspectos Sociais

O acesso à cultura e à educação são essenciais para o progresso de qualquer sociedade. Assim, o número de universidades, museus, ambientes de lazer como parques e atividades abertas para a população fazem parte das Smart Cities.

Sistemas de saúde eficientes, segurança e qualidade de vida devem se tornar mais acessíveis a todos. E essa é uma das premissas dos aspectos sociais das smart cities.
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A coexistência de indivíduos com rendas, idade e contextos diferentes permite a troca de experiência e a capacidade de se colocar no lugar do outro.

• Desenvolvimento econômico

As cidades inteligentes precisam fomentar o desenvolvimento econômico. Planejamento e incentivos para a indústria local, inovação tecnológica e empreendedorismo movimentam a economia e trazem mais oportunidades para a população.

O intuito é que ocorra a desburocratização destes processos para pequenos a médios empreendedores e quanto mais fácil for abrir um negócio, mas eficiente será o ambiente.

• Meio Ambiente

O desenvolvimento urbano não pode deixar de lado o meio ambiente. É preciso suprir as necessidades da população existente sem prejudicar as gerações futuras. Para isso é essencial um planejamento urbano adequado.

O planejamento urbano deve englobar ações que previnam a poluição, permita o acesso à água potável, promova o saneamento básico igualitário e garanta a expansão dos grandes centros respeitando a natureza.

• Mobilidade

A mobilidade é essencial nas Smart Cities, pois considera que a cidade tem como função promover qualidade de vida aos seus habitantes e eles devem ter a capacidade de se locomover e transitar entre os espaços que ela oferece.

Além disso, a mobilidade é essencial para o dia a dia da população e o investimento em transporte público e alternativas de locomoção sustentáveis é imprescindível. O foco é permitir a locomoção de maneira segura, eficiente, rápida e acessível.

Assim, é cada vez mais comum que as cidades inteligentes tenham investimentos em cobertura de metrô, compartilhamento de bicicleta e outros meios que permitam a qualquer classe social se locomover rapidamente.

• Referência Global

Para as Smart Cities o impacto precisa ir além dos seus cidadãos. Embora o foco seja realmente a maior qualidade de vida para seus habitantes, a cidade precisa alcançar metas de sucesso que passam por planos estratégicos de turismo, número de aeroportos, congressos e conferências na cidade.

Desafios das Smart Cities no Brasil

Apesar do Brasil já contar com diversas metrópoles categorizadas como Smart Cities, como São Paulo, Florianópolis e Curitiba, ainda há muitos desafios para se alcançar o que é esperado.

A Smart City não se trata apenas de recursos tecnológicos, ela é um ambiente agradável e que tem o dever de ser diversa, aberta e sobretudo inclusiva. Neste último aspecto especialmente, o desafio é enorme.

O Brasil é um país que ainda tem muita desigualdade e trazer estas pessoas para que sejam parte da cidade e possam estar integradas é uma barreira a ser transpassada pelas Smart Cities nos próximos anos. Se você gostou desse texto e quer saber mais, acesse outros posts no nosso blog.

Gustavo Garrido é arquiteto paisagista  e Head da Archscape